
Floral: alternativa ao remédio para dormir (Foto: Divulgação)
Terapia
Floral
Origem
A terapia floral tem origem na Inglaterra, em 1936, através da
descoberta das essências florais pelo médico inglês Dr. Edward Bach.
Histórico
O Dr. Edward Bach (1886-1936) nasceu em Moseley, na Inglaterra,
formou-se médico pela Faculdade de Medicina de Birmingham e especializou-se em
bacteriologia, imunologia e saúde pública.
Exercendo sua profissão de médico percebeu que a melhoria do estado de saúde,
bem como a cura de seus pacientes, dependia mais da personalidade, do
temperamento e da índole dos mesmos, do que do efeito do medicamento utilizado.
O Dr. Bach foi um pioneiro que descobriu a ligação entre o estresse e as
doenças, muito antes que a maioria dos médicos contemporâneos começasse a se
dedicar a essa questão (GERBER, 2002). Ele percebeu que para a saúde ser
gerada, os nossos aspectos emocionais e espirituais precisam ser
tratados. A má saúde ocorre quando nos falta uma percepção consciente da
nossa identidade como alma-espírito, e quando nos alienamos dos outros ou
perdemos a conexão com nosso propósito de vida (KAMINSKI, 1997).
A filosofia do Dr. Bach é baseada na simplicidade, e isso foi refletido em seu
estilo de vida e em seu trabalho. Acreditava que a doença era o resultado do
conflito entre a alma e a mente, e que só seria erradicada por meio de esforços
mentais e espirituais. Acreditava também que a atitude mental tinha um papel
vital na manutenção e recuperação da saúde (PARONI, 2003).
Problemas de saúde freqüentemente têm suas origens nas emoções, e sentimentos
que foram persistentemente reprimidos irão emergir, primeiro, como conflitos
mentais e, depois, como doença física (BACH, 1996).
Segundo Dr. Bach, não podemos cuidar apenas da doença em seu estagio final
esquecendo que ela é resultado de uma causa fundamental que também deverá ser
suprimida. Todos aqueles que sofrem devem buscar dentro de si mesmos a
verdadeira origem de seus males.
Como ele acreditava que o tratamento eficaz deveria atingir a causa das
doenças, definiu sete áreas de conflito como possíveis causas que interferem em
nossa saúde: medo, incerteza, falta de interesse nas circunstâncias presentes,
solidão, hipersensibilidade a influências e idéias, desespero ou desânimo e
excesso de preocupação pelo bem estar dos demais. Definiu também os estágios de
cura da doença: paz, esperança, alegria, fé, certeza, sabedoria, amor.
Em seus estudos o Dr. Edward Bach constatou que a energia sutil da flor, que
constitui seu campo vibracional, se assemelhava ao campo vibracional de algumas
pessoas que apresentavam determinados desequilíbrios e estabeleceu a relação
entre as essências e os problemas.
Em seis anos de pesquisas (entre 1930 e 1936) descobriu os 38 remédios florais,
conhecidos como “Florais de Bach”, que suavemente aliviam as aflições e ajudam
a prevenir doenças, e escreveu os fundamentos de sua nova medicina.
Faleceu em 27 de novembro de 1936 poucas semanas após ter falado aos seus
colaboradores que sua missão neste mundo havia terminado.
Depois dos Florais de Bach, outros pesquisadores descobriram novos sistemas de
florais. Citaremos alguns: Essências Florais da Califórnia – Richard Katz e
Patricia Kaminskii; Essências Florais do Bush Australiano – Ian White;
Essências Florais do Alaska – Steve Johnson e Jane Bel; Essências Florais
do Pacifico – Sabina Pettitt; Essências da Holanda – Bram Zaalberg;
Essências da Mata Atlântica – Sandra Epstein; Essências Florais Filhas de
Gaia – Maria Grillo; Florais de Saint Germain – Neide Margonari;
Essências Florais de Minas – Dr. Breno Marques da Silva e Ednamara Batista
Vasconcelos e Marques –
Conceito
As essências florais são extratos líquidos sutis de natureza
vibracional, por incorporarem os padrões energéticos de cada flor. Atuam nos
vários campos de energia do ser humano, influenciando no bem-estar mental,
emocional e físico (GIMENES, 1999).
Dr. Bach escreveu que devido às suas vibrações elevadas, certas flores, arvores
e arbustos silvestres tem o poder de elevar nossas vibrações humanas e abrir os
canais para ouvirmos as mensagens do nosso Eu Espiritual, inundar nossa
natureza com a virtude específica de que precisamos e remover de nós a falha
que está causando o sofrimento. Elas curam, não atacando a doença, mas
inundando o nosso corpo com as mais belas vibrações do nosso Eu Superior, em
cuja presença a enfermidade se dissolve como neve ao sol (SCHEFFER, 2003).
A terapia floral correlaciona um “arquétipo” ou “mensagem” de uma planta com
uma qualidade específica da alma ou psique humana (KAMINSKI, 1997).
A energia vital que anima o corpo físico se dá pela relação que este estabelece
com os demais níveis energéticos que compõem o ser vivo. O equilíbrio entre
planos energéticos, no ser humano, pode ser favorecido pela intervenção
vibracional das essências florais, constituindo-se aí a base da terapia floral
(GIMENES, 1999).
O objetivo da terapia floral é aliviar a dor e o sofrimento do homem
equilibrando suas emoções e auxiliando-o na busca da consciência, do
auto-conhecimento e da cura pessoal. Ela nos leva a reconhecer nossos
conflitos, e limites e nos propicia alcançar as virtudes latentes de nossa
fonte criadora..
Formas
de Atuação
Para entendermos como funcionam os florais primeiramente é importante
considerar a energia como uma força vital de que todas as coisas na Natureza
fazem parte, e a que todos pertencemos. A propriedade de cura dentro de uma
flor pode, portanto, ser considerada como sendo o escoadouro da Força Vital
dessa planta; de fato a alma ou o espírito da planta (HOWARD, 1992)
As essências florais utilizam as propriedades de armazenamento de energia da
água para transferir ao paciente um quantum de energia sutil de freqüência
específica a fim de efetuar a cura nos vários níveis da função humana (GERBER,
2002).
A terapia floral é um tratamento da medicina vibracional que atua por
ressonância, de forma positiva, sobre os campos energéticos que nos envolvem.
Quando as essências florais são ingeridas as energias nelas contidas são
potencializadas e assimiladas com o auxilio de um extraordinário sistema de
energia biocristalina existente no interior do corpo físico. Esse sistema
cristalino apresenta determinadas propriedades semelhantes às do quartzo, as
quais tornam possível a transferência ressonante das energias do remédio floral
para o corpo físico, a fim de que elas possam alcançar os corpos sutis (GERBER,
2002).
De forma simples, a ressonância ocorre quando um sistema de vibração é
estimulado por uma força externa que combine com sua freqüência natural de
vibração (KAMINSKI, 2000).
Benefícios
Pessoas de qualquer idade podem se beneficiar com o uso das essências
florais, porque devido à sua natureza vibracional, não causam impacto direto
sobre a bioquímica ou sobre as funções fisiológicas do corpo, tal como as
drogas farmacêuticas e psicoativas (KAMINSKI, 1997).
A terapia floral faz com que prestemos atenção a nossos males e aprendamos com
eles, para que continuemos a nos transformar e a evoluir. Quando as essências
florais são escolhidas e usadas com sucesso, deveríamos ser capazes de
discernir que nossa vida esta diferente, que alguma coisa mudou em nosso
coração, mente e corpo (KAMINSKI, 2000).
Portanto, o principal objetivo das essências é ajudar as pessoas a contatarem
seu Eu Superior, ou seja, seu próprio centro intuitivo que conhece seu
propósito de vida. É chegada a hora das pessoas aprenderem, defenderem e
seguirem aquilo que realmente querem e precisam fazer (WHITE, 2001).
O princípio dos florais é o da transformação das disposições mentais negativas,
que são nossos sofrimentos físicos ou mentais, em disposições mentais
positivas, que são as qualidades que queremos adquirir em nossa vida (MONARI,
2001).
Os florais capacitam dominar suas emoções, inspiram confiança e esperança.
Auxiliam o corpo físico a revigorar forças e proporcionam serenidade a mente.
Previnem o aparecimento de enfermidades e colaboram para o alcance de um
estado harmônico, capaz de promover o bem estar geral.
Os florais também podem ser utilizados em animais, avaliando-se as
características próprias de cada animal, e desenvolvendo-se a compaixão e a
sensibilidade para entender o que o animal está realmente dizendo com seu
comportamento (KAMINSKI, 2000).
Os resultados alcançados com crianças pequenas e animais descartam a
possibilidade de que os benefícios ao tomar as essências florais são devido a
um efeito placebo. (WHITE, 1993).
As plantas também podem ser tratadas com florais como, por exemplo, em casos de
serem transplantadas, para serem revigoradas ou para infestação de pragas.
Contra-indicações
Os florais não causam efeitos colaterais ou reações nocivas que sejam
prejudiciais, não criam dependência psicológica ou orgânica, sendo inclusive
reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde (LAMBERT, 2003).
Não existem contra indicações para o uso das essências florais, porém elas
devem ser preparadas levando-se em conta as características do usuário.
Como
são usadas as essências florais:
O mais comum é tomar as essências florais por via oral, a partir de um
frasco com conta gotas sob a língua, ou então num copo com um pouco de água.
Além do uso oral as essências florais são muito eficazes quando absorvidas pela
pele em banhos ou aplicações tópicas como em cremes ou sprays (KAMINSKI, 1997).
O preparo de uma essência floral para bebês deve ser realizado com maior
diluição ou diluído apenas em água ou suco. A mãe que amamenta pode tomar ela
mesma a essência floral cujo efeito será transmitido ao bebê através do leite.
(HOWARD, 1992).
Ref.
Bibliográficas:
BACH, E. Os Remédios Florais de Dr. Bach. São Paulo, Manole, 1996.
GERBER, R. Medicina Vibracional. São Paulo, Pensamento, 2002.
GIMENES, O. et al. Florais – uma alternativa saudável. São Paulo, Gente, 1999.
HOWARD, J. Os Remédios Florais do Dr. Bach Passo a Passo. 5ª. ed. São Paulo,
Pensamento, 1992.
KAMINSK, P. et al. Repertório das Essências Florais. 3ª. ed. São Paulo, Triom,
1997.
KAMINSK, P. Flores que curam. São Paulo, Triom, 2000
LAMBERT, E. Manual de Terapia Floral de Bach e da Austrália. São Paulo,
Cultrix, 2003.
MONARI, C. O despertar da Alma com os Florais de Bach. São Paulo, Roca, 2001.
PARONI, M. et al. Aprenda a ser feliz com os florais de Bach. São Paulo, 2003.
SCHEFFER, M. A Terapia Original com as Essências Florais de Bach.
São Paulo, Pensamento- Cultrix, 2003.
WHITE, I. Essências Florais Australianas. São Paulo, Triom, 1993.
Autor: Suely Ramos Bello
Graduada em Naturologia pela Universidade Anhembi Morumbi e Pós Graduada em
Psicossomática pela FACIS
Fonte:http://apanat.org.br/terapia-floral/
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