Os tentáculos da pseudociência nas universidades
segunda-feira, 09 de dezembro de 2013
Ateísmo e Agnosticismo, Bibliografias,Ceticismo, Ciência, Comportamento, Cultura, Exploração espacial, Filosofia,Idiocracia, Mídia, Mitos Desmascarados, Pérolas Religiosas, Política, Pseudociência,Religião, Tecnologia 3 Comentários
Há um texto clássico do Widson Porto Reis, dono do finado blog Dragão da
Garagem em que ele questiona como era endêmica a presença da Pseudociência nas
universidades. A princípio, particulares, mas isso é um show à parte e eu sei
como é que funciona lá, já que fui professor de uma (não me orgulho disso, por
isso que ralei peito). E como estão nas universidades públicas? Sim, porque o
bando de manés adora encher a boca para falar que estuda(ou) numa federal. Isso
significa algo? Como anda a ciência no Brasil?

Está tudo uma sonora vergonha. Lembram quando eu falei que muitas pesquisas da UFPE foram pro ralo por
causa de um freezer que queimou e ninguém tinha consertado?
Imagino que alegaram falta de verba. Onde estava a verba? Nos cursos de
extensão sobre Reiki[1].
Sabem o que é Reiki? Reiki é a terapia onde o charlatão, digo, terapeuta coloca
as mãos sobre você e evoca energias do espaço, poderes místicos ou os antigos
espíritos do mal. Querem saber de algo mais engraçado, uma menina de dez anos
desmistificou bobagem parecida. Seu nome é Emily Rosa.
Na UFES tem um Núcleo de Estudos em Ciência e Espiritualidade (Nece). Eu
falei sobre isso AQUI., além de sabermos
que a UFRJ tem um programa de cursos sobre terapias florais[2].
Eu até pensei que esta seria a única tosqueira, mas a Universidade Federal do
Rio de Janeiro também tem um curso de Fisiologia Chinesa e Práticas Energéticas[3].
O Hospital Escola São Francisco de Assis — HESFA divulgou cursos de extensão
que promoverá dois cursos de extensão no HESFA. São eles o II Curso Básico de
Cromoterapia e o Curso Básico de Terapia Floral, destinados a estudantes e
profissionais da área de saúde[4].
Vocês estarão sendo tratados com corzinha e extrato de planta. Podia ser
pior? Que tal usar tratamento homeopático de água pura[5]?
Detalhe: conheço
gente no Instituto de Química da UFRJ e você será apedrejado, cortado,
estuprado, enforcado, atropelado, retalhado e picotado (não necessariamente
nessa mesma ordem) se mencionar homeopatia pra eles. Não há nada que um químico
odeie mais que um homeopata. Talvez porque eles nunca conseguem explicar como
sua água diluída com água cura alguém.
Claro, isso não é só na UFRJ. A (c)USP(e) também tem um departamento de
Homeopatia[6]. E por que
não teria, se Homeopatia é especialidade médica reconhecida no Brasil[7]?
Existe até homeopatia para vacas[8].
É tão generalizado que apresentam até teses de doutorado com o tema Práticas
alternativas em gestão de pessoas: astrologia, feng shui, grafologia,
numerologia, radiestesia, shiatsu; metafísica ou novas abordagens em
administração?[9]
Nisso, a Subsecretaria de Comunicação Social do governo do estado do Rio
de Janeiro lança um press release falando da maravilhosa
técnica de se usar cobertorzinho de led para "ajudar" pacientes[10]. Na
verdade, isso é cromoterapia, e a UFSC tem o Projeto Amanhecer, que traz
diversas terapias alternativas, e Cromoterapia está listada[11]. A UFPE não fica atrás.
Deve ser porque seu freezer quebrou. O pessoal partiu para aromoterapia[12]. Aliás, o Centro de
Artes e Comunicação da UFPE recebeu 10º Fórum Holístico de PE[13]. Pernambucano adora uma
pseudociência, né?
Não podemos esquecer que a UNB é figurinha fácil na pseudociência. Eles
até caçam UFOs[14]. Aliado a isso tinha o
já extinto núcleo de estudos sobre paranormalidade, mas os toscos cientistas
pediram seu fechamento[15]. Bando de cientistas
que só se apegam a fatos. Bah! Pode-se provar qualquer coisa com eles! (apesar
disso, ele ainda está listado entre os núcleos[16]).
Espiritualidade é algo presente no meio acadêmico, seja em artigos[17], em Psiquiatria Clínica[18], Simpósios sobre
tratamento de dependentes químicos[19] e em núcleos
interdisciplinares na UFRS[20]. A espiritualidade é
tão forte no Brasil, que ridículas cartas tidas como "psicografadas"
são aceitas em tribunais no Brasil[21] [22] [23] [24] [25]
Ainda as colunas de astrologia são as mais lidas nos jornais. E por que
não seriam, se astrologia é profissão[26]? Isso é muito errado!
Qual a diferença
destas práticas de ficar com um graveto remexendo em cocô para saber se amanhã
dará bom tempo? Onde ficam os cientistas? Expulsos de seus ambientes de
trabalho, achacados, ameaçados, humilhados, diminuídos e tratados como párias.
O brasileiro odeia ciência e ainda faríamos sacrifícios tribais, se bem que os
índios fazem e ninguém diz um "Ah". As religiões podem tudo.
Pseudocientistas fazem de tudo. Médicos, engenheiros, químicos, físicos e
biólogos são vistos com desconfiança. Chegará um dia que quem tiver um livro
será considerado fora-da-lei, num reino de terror bárbaro, governado por
fanáticos de todas as espécies e todos eles brigarão entre si.
Ver o que astros
dizem pro seu signo não é insignificante, é jogar 2000 anos de pesquisa
científica no esgoto. "Se não fizer bem, mal não faz" ao tomar
gotinhas de florais de Bach é vilipendiar de nossa ciência médica e
ridicularizar quem passa anos e mais anos para saber como o corpo funciona e
qual remédio receitar, para que uma tia analfabeta, com galhinho de arruda nas
zoreia, vaticinar que médico não sabe de nada.
Este mundo que
criaram e dão prosseguimento é aterrorizante!
Texto do Widson falando sobre
isso. 8 anos e não se
mudou nada!!
A Pseudociência nas Universidades Brasileiras
Por Widson Porto Reis
INTRODUÇÃO
A pseudociência chegou à última fronteira do pensamento crítico. Depois
que os mapasastrológicos se espalharam pelas revistas femininas e o feng-shui e
a radiestesia fincaram pénas revistas de decoração; depois que a
homeopatia tornou-se prática médica reconhecida ea memória da água virou
citação comum nas revistas de ciência; depois que as correntes dee-mail
convenceram os legisladores de um estado brasileiro que o uso de celulares
deveriaser proibido nos postos de gasolina e enquanto o criacionismo se
avizinha das aulas deciência das escolas públicas de outro estado... agora
a pseudociência e o pensamentomágico travestido de ciência chegaram à
universidade.
O PROBLEMA
O fato não é realmente novo mas nunca antes se viu tantas atividades
vindas de dentro dauniversidade destinadas a difundir e legitimar a
pseudociência. A cada dia surgem naimprensa notícias de novos cursos de
extensão, pós graduação e até mesmo graduação,pesquisas científicas,
palestras e seminários promovendo as pseudociências.A universidade privada
já é terra arrasada há tempos. Com um estrito compromisso com olucro, a
universidade particular oferece ao cliente o que ele quiser. Assim pode-se
encontrarcursos de pós-graduação e de extensão em praticamente qualquer
pseudociência que seimagine: “Astrologia Clínica” na respeitada
Pontifícia Universidade Católica
(PUC) de SãoPaulo e "Astrologia Aplicada na Gestão de Pessoas"
na
UBC
; “Terapias Naturais e Holísticas”na
Universidade Castelo Branco
; “Feng-Shui” na
Universidade Veiga de Almeida
; “I-Ching”na
Faculdade Cândido Mendes
; “Florais de Bach” na
Faculdade Helio Afonso
(FACHA) e na
Estácio de Sá
(UNESA); Reflexologia na
UNISUL
... só para citar uma minúscula fração doscursos oferecidos.Mas é quando
a pseudociência passa a ser difundida com o dinheiro público que a situaçãose
agrava. A
Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), por exemplo, ministraregularmente cursos de extensão em Reiki –
técnica oriental de cura com as mãos –Aromaterapia e Mandalas. Os cursos sãooferecidospelo CCSA, Centro de
Ciências SociaisAplicadas. Já a
Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), certamente uma das maisconceituadas universidades do país,
é a instituição pública brasileira com amaior ofertadecursos de extensão
para a formação de profissionais esotéricos: “Terapia Floral”,
“FisiologiaChinesa e Práticas Energéticas”, “Astrologia, Corpo e Saúde“,
“Cromoterapia” eespecialmente o “Ecologia da Mente”, guarda chuva místico sob
o qual seabrigam Radiestesia, I-Ching, Feng-Shui e Tarô. Para ser honesto, nenhum
dos cursos citados causariaestranheza no triste cenário atual não fosse o fato
de estarem catalogados na área de“Ciências da Saúde” e
serem oferecidos pela Divisão de Ensino, Pesquisa e Extensão
doHospital Escola São Francisco de Assis. De fato,um dos projetosem andamento
nestehospital universitário é a implantação destas técnicas no tratamento dos
pacientes, buscandoa “
redução de custos hospitalares e melhoria da qualidade de vida e saúde
(...)aprofundando e construindo o conhecimento das terapias naturais numa
perspectivamultidisciplinar
”.




Depois de ganhar os cursos de extensão, a pseudociência chegou a
graduação. Já seespalham pelo país os cursos superiores em
naturologia
. A princípio a proposta pareceinatacável. Afinal, seria muito bem vindo
um profissional que pudesse prescrevertratamentos naturais reconhecidamente
eficazes, separando-os de inócuos, e às vezesperigosos, curandeirismos.
Mas como todo cético escaldado sabe, o rótulo de
terapiasnaturais
geralmente é uma fachada para as velhas esotéricas técnicas
“milenares”.Realmente, uma análise mais cuidadosa doprogramadesses cursos revela
o que se espera:
radiestesia, florais de Bach, cromoterapia e reflexoterapia
são algumas das disciplinas queum bom naturólogo terá em seu
currículo.Além das terapias naturais e artes divinatórias, também a
religião vem ganhando espaço nauniversidade, o que não seria problema
nenhum desde que a ocupação não se desse noterritório das ciências. Uma
destas iniciativas está na
Universidade Federal do Rio Grandedo Sul
, UFRGS, que criou em 2001 oNIETE- Núcleo Interdisciplinar
de EstudosTransdisciplinares Sobre Espiritualidade, atualmente coordenado
pela a professora Malvinado Amaral Dorneles. Uma das atividades recentes do
NIETE foi estabelecer uma parceriacom a Sociedade Brasileira de Apometria
para a formação de um grupo de estudos emapometria (GEPEA) a fim de “
contribuir para a promoção da saúde da população de nossacomunidade
(...) inserindo-se nas discussões contemporâneas da Organização Mundial daSaúde
”. Bem, para quem não conhece, a apometria é uma técnica espírita,
controversamesmo entre os adeptos desta religião, queconsisteem aplicar “
pulsos magnéticosconcentrados e progressivos no corpo astral
do paciente
”.Cursos de apometriaincluemtécnicas de
desobssessão
(exorcismo) e defesa contra vampirismo e espíritos
parasitas. Outrofilhote do NIETE é o Grupo Psi-Alfa-Ômega, coordenado pelo
professor da UFGRS, CíceroMarcos Teixeira. Um das principais linhas de pesquisa
do grupo é a TranscomunicaçãoInstrumental (TI), a arte de receber mensagens
do além através de ondas de rádio outelevisão. Quem pratica, jura que pode
captar mensagens dos mortos nos ruídos de velhosrádios valvulados ou ver
espíritos em difusas imagens de televisão; um
update
do velho mitodas mensagens subliminares em discos de rock. "
Queremos contribuir em termosacadêmicos para a compreensão do
ser humano, uma vez que ele não vive somente no plano físico
",dizCícero, que também é autor do livro “Internautas do Além”. Já na
UNIFESP, o biólogo Ricardo Monezzi defendeu sua dissertação de mestrado:“
Avaliação de efeitos da prática do Reiki sobre o sistema
imunológico de camundongosmachos
”. No estudo, um terço do grupo de ratos recebia tratamento por
impostação demãos, outro terço tinha uma luva colocada sobre as gaiolas (para
simular a impostação) e orestante não recebia nenhum tipo de tratamento.
Ao final do experimento, Monezzi detectouum aumento do número de
linfócitos e monócitos dos ratos submetidos ao tratamento. Otrabalho já seria
controverso o bastante sem a afirmação
non sense
com que foi divulgadopor Monezzi naimprensa: “
O corpo humano é um emissor de energias que ainda não foramqualificadas,
mas exames como o eletrocardiograma e eletroencefalograma mostram queexistem
”. O estudo de Monezzi, mesmo sem ter sido replicado por nenhum
outropesquisador, é utilizado peloGenteComSaude
, Grupo de Meditação e TécnicasComplementares em Saúde, da UNIFESP, na
promoção do curso de extensão do Centro deAperfeiçoamento em Saúde: “
Gerenciamento das doenças através do REIKI/impostação dasmãos
”, do qual, aliás, Monezzi é professor.








O caso UnB
Neste quadro, a Universidade de Brasília certamente representa o caso
mais grave. Estaprestigiada instituição, sediada na capital do País, criou em
1989 o Núcleo de Estudos deFenômenos Paranormais (NEFP), ligado ao CEAM -
Centro de Estudos AvançadosMultidisciplinares. O que parecia uma
interessante iniciativa acabou se revelando umverdadeiro cavalo de tróia, com o
qual astrólogos, radiestesistas, ufólogos, médiuns,entortadores de colheres e
outros tantos vêm invadindo a academia, utilizando-a paradifundir suas crenças
pessoais.O coordenador do NEFP é o engenheiro civil e astrólogo, Paulo Celso
dos Reis Gomes.Paulo Celso é autor do trabalho “
Verificação dos efeitos das posições dos astros na eclípticacom respeito
à formação do homem e seu cotidiano
”. Na pesquisa, os astrólogos (ospróprios autores) confeccionaram o mapa
astral de 100 voluntários conhecendo apenas asdatas e locais de nascimento
de cada um. Depois de receber seu perfil astrológico, osvoluntários
preencheram um questionário onde pontuaram, numa escala de 1 a 5, o grau
deacerto ou relevância de cada uma das características levantadas. Somente
40 dos 100questionários foram analisados; destes, os pesquisadores verificaram
o impressionante índicede 95% de acertos.É
evidente que a única coisa que o estudo de Paulo Celso mediu foi a capacidade
que aspessoas têm de se identificar com perfis vagos, especialmente os
positivos e lisonjeiros, sobresi mesmas – o velho conhecido
Efeito
Forer
. Esta falha grosseira de metodologia, contudo,não ficou no caminho do
NEFP, que assim mesmo divulgou o trabalho nos maiores meios decomunicação do
país. O astrólogo Francisco Seabra, também membro do NEFP, chegou adeclararà revista ISTOÉ,
segunda maior revista de notícias do país: “
A universidade faz umarevolução ao reconhecer que a astrologia é
uma ciência
”. A bisonha afirmação só revela odesconhecimento de Seabra sobre o que
é ciência.Um dosobjetivos confessosdo NEFP é trabalhar para a “
sistematização da Astrologia e suainclusão no rol das ciências
oficiais
”. Neste esforço já se encontra em sua quarta edição oCurso de Astrologia
para Pesquisadores
, promovido pela UnB e coordenado por HiroshiMasuda, outro membro
do NEFP. O curso tem uma missão bem definida: “
formar astrólogos pesquisadores que venham a comprovar, de forma
racional, os fundamentos da astrologia
”.Firme em sua missão, recentemente o NEFP conseguiu aprovar a
realização do “
1
o
EncontroNacional de Astrologia
”, ocorrido em agosto deste ano. O tema central do encontro foi
acapciosa pergunta “
Até que ponto a astrologia deve ser entendida como ciência?
”. FranciscoSeabra declarou a imprensa meses antes: “
Vamos debater pesquisas que têm contribuído para aproximar o
conceito astrológico do conceito científico
”. Como se vê, à rigor não teriasido um debate muito amplo...O vice
coordenador do NEFP é físico PhD Álvaro Luis Tronconi.Pródigoem alegações
quedesafiam o bom senso, Tronconi já entregou à imprensa pérolas como: “
Queremos saber por que a força do pensamento desorganiza a
configuração dos átomos dos metais e se ela podeser identificada e calculada
como se faz com a energia elétrica, que não conhecemos por inteiro,
mas todos acreditam que existe e a usam
”, e “
Se podemos melhorar nossa oratória,também podemos dominar a bioenergia
e usá-la para nos teletransportar ou curar doenças
”.O objeto de estudo de Tronconi é o famoso paranormal brasileiro Luiz
Carlos Amorim que,assim como o paranormal ícone dos anos 70, Uri Geller,
exercita seus poderes em talheres eganha a vida como oráculo de políticos,
atores e qualquer um que possa pagar seus gordos





cachês. Na verdade Tronconi e os demais pesquisadores do NEFP
parecem considerar ashabilidades paranormais de Amorim suficientemente
demonstradas, já que o convidaram em2003 a apresentar seus poderes durante uma
palestra na UnB. Segundo aassessoria deimprensada UnB, a demonstração foi um fiasco.
A platéia, constituída em sua maioria pelosestudantes da universidade,
compareceu decidida a desmascarar o paranormal econseguiram fazê-lo perder a
compostura (e aparentemente os poderes) em mais de umaocasião - um
interessante caso em que os alunos demonstraram mais senso crítico que
seusprofessores. Como seria de se esperar, também este pequeno obstáculo de
credibilidade nãoficou no caminho do NEFP, que manteveagendadoo curso “Despertando
o Eu Paranormal”que Amorim ministraria na universidade. (O valor de
aproximadamente 100 dólares que ointeressado deveria desembolsar pelo curso
pode ser visto como um grande investimento, jáque aumentar a sorte em bingos e
loterias é uma das artes que Amorim ensina em seuscursos.)A relação de
Luiz Carlos Amorim com o NEFP vem de longa data. O ex-coordenador doNúcleo,
o psicólogo Joston Miguel Silva, estudou durante oito anos 13 pessoas que
diziampossuir alguma habilidade paranormal, entre eles Amorim e Thomas Green
Morton, outroparanormal brasileiro badalado entre os famosos. Dos 13, o
pesquisador da UnBconfirmou as habilidades de cinco. Outros cinco tiveram seus poderes
parcialmente comprovados esobre os três restantes não houve nenhuma conclusão.
Atécnica de Jostonpara validar osparanormais? a kirliangrafia, em que se usa uma Máquina
Kirlian para fotografar a aura dosujeito.O interesse do vice-coordenador do
NEFP, pelo estudo da paranormalidade nasceu de umamarcante experiência
pessoal. Tronconi atribui a cura de uma hérnia-de-disco ao podermental da
enfermeira que o tratou utilizando passes de mão. Arrebatado
pela experiência,Tronconi hoje é coordenador e professor do curso de
extensão “
Ensaios Parapsíquicos
”,promovido pela UnB. Oprogramado curso é um
pout pouri
esotérico envolvendo viagemastral, regressão a vidas passadas,
kirliangrafia, chacras, interpretação de sonhos,retrocognição e outros
assuntos que nos fazem imaginar como são as aulas de física queTronconi leciona
na universidade.
Onde está o limite?
Criticar qualquer tipo de pesquisa na universidade é caminhar em uma
linha muito tênue.Uma escorregadela e se atravessa para o lado do preconceito e
do patrulhamento daliberdade acadêmica. Por isso é importante
responder muito claramente: por quê a presençada pseudociência na
universidade é tão nociva?Como ponto de partida é preciso deixar claro que
nenhum tema jamais deve ser consideradotabu na universidade. Muito pelo
contrário. As pesquisas acadêmicas sobre aspseudociências são o necessário
ferramental para o cético que promove a razão e opensamento crítico. Afinal não
se deve esperar que as alegações da astrologia e outras artesdivinatórias, de
diversas terapias alternativas e de inúmeros fenômenos paranormais
sejamdescartadas somente por desafiar o senso comum. Pesquisar é preciso.O que
torna o quadro atual preocupante é que o que se está fazendo em
grande parte dentroda universidade não é
somente
pseudociência, é
ciência ruim;
ciência ruim em nome da
legitimização
da pseudociência. Os astrólogos, ufólogos, terapeutas alternativos e
religiososque vêm utilizando o nome da universidade em suas pesquisas não
estão em busca da






verdade, mas apenas da validação, custe o que custar, de suas crenças
pessoais. Estespesquisadores invertem o caminho que devem trilhar as novas
idéias e levam suascontroversas pesquisas aos meios de comunicação leigos
antes de fazê-las chegar aosperiódicos científicos, onde poderiam
ser avaliados por seus pares. Na verdade, bem poucosdestes trabalhos
chegam a ver a luz de um revista
peer-review
. Trabalhos com resultadosextraordinários, que se verdadeiros fossem
obrigariam a ciência a rever seus conceitos maisbásicos e introduzir novas
entidades, forças e “energias”, são divulgados entusiasticamentesem a
devida análise crítica dos resultados e sem que as potenciais fontes de erros
sejamapontadas. Citações bibliográficas são seletivas e simplesmente ignoram
toda a massa dedados, geralmente abundante nestes casos, que se opõem à visão
dos autores. Acima detudo não há replicação dos trabalhos; um único resultado
favorável é considerado suficientepara confirmar as hipóteses do ansioso
autor – muito pouco para quem está dirigindo nacontra-mão do conhecimento
estabelecido. O que estes pesquisadores estão fazendo é o queRichard Feynman chamava de “
ciência de culto a carga
”: algo que usa a linguagemcientífica, que segue os preceitos
básicos do método científico e que até mesmo parececiência – pelo menos tanto
quanto um boneco parece um homem – mas no qual falta umelemento fundamental:
integridade científica
.Mas a universidade também contribui para a legitimização do
pensamento mágico quandoserve de fórum para debate com a pseudociência.
Tome-se como exemplo a recente palestrasobre “criacionismo científico” (uma
contradição a partir do título) ocorrida na
UniversidadeFederal do Estado de São Paulo
(UNIFESP) sob
(tímidos) protestos da comunidade científica.Sabe-se que para o criacionismo
não interessa o resultado do debate, mas apenas serdebatido; o simples
fato de ocupar o palanque em uma grande universidade e ser ouvidopela
elite intelectual do país já empresta ao movimento criacionista a imagem
decientificismo que ele tanto busca para se colocar como alternativa ao ensino
da evolução.Novamente não se trata de impor nenhum tipo de censura ou de
“inquisição sem fogueiras”- como rapidamente protestam os que se
consideram censurados ou perseguidos. Maspermitir que tudo seja dito
em nome da ciência e esperar que as evidências falem por simesmas,
decididamente não funciona em um país onde grassa a ignorância científica
e ondea mídia, vilã e vítima, noticia apenas a parte sensacional da
notícia. Além disso, mesmo omais ferrenho defensor da liberdade irrestrita de
expressão concordará com o cético maisradical que há uma linha em algum lugar
entre, por exemplo, a quiromancia e aapuncultura. Onde está a
linha descobre-se checando-se as evidências e não emprestando opúlpito à
primeira cigana interessada. E evidentemente ninguém está mais apto a
investigarevidências do que a universidade.Por fim é preciso lembrar que
a crença em certas pseudociências traz um ônus para asociedade. Este ônus
pode não ser óbvio enquanto a astrologia fica restrita aos inocenteshoróscopos
das páginas dos jornais e o feng-shui às revistas de decoração. Mas
e quandomapas astrológicos estiverem sendo usados em entrevistas de
emprego ou nas salas dostribunais? Alguém gostaria de perder um emprego ou uma
causa judicial por causa da horaem que foi retirado da barriga de sua mãe? E
quando pêndulos estiverem auxiliando osdiagnósticos médicos e a imposição de
mãos for prática comum nos hospitais públicos, nolugar dos tratamentos
convencionais? E quando tudo isso estiver acontecendo porque auniversidade
deu a astrólogos e radiestesistas a mesma credibilidade profissional
deengenheiros e médicos? Quanto tempo ainda temos até que cirurgias
espirituais,devidamente abalizadas pelas pesquisas “científicas” da academia,
sejam cobertas pelosplanos de saúde? É bom lembrar que no Brasil, a
homeopatia já chegou lá.
A CAUSA
O Brasil tem um quadro desanimador no que diz respeito ao combate à
pseudociência. Omovimento cético no país é um fenômeno relativamente
recente, 100% amador e que nãosurgiu dentro da universidade e sim na internet
em torno de grupos de discussão e unspoucos sites. Sendo um grupo formado em
sua maioria por jovens ainda sem credenciaiscientíficas, o Movimento Cético
Brasileiro, se podemos chamá-lo assim, sofre por falta decredibilidade, o
que até agora tem lhe permitido atingir apenas de raspão a mídia. Já
acomunidade científica nacional está muito mais ocupada em concorrer pelos
minguadosrecursos oficiais e lutar contra as dificuldades diárias de
infra-estrutura, sucateamento delaboratórios, cargas horárias excessivas e toda
a sorte de problemas, do que em combatervoluntariamente a penetração da
pseudociência em seu quintal.Mas não faltam apenas as pessoas para combater o
pensamento mágico, faltam os meios dedivulgação. Dizer que as revistas de
ciência no Brasil são tolerantes com as pseudociências édizer pouco. Dizer
muito seria chamar de “revistas de ciência”, revistas que já
produziramsuplementos especiais sobre astrologia e feng-shui. Sobre este tema
Allan Novaes em seuartigo“
Ciência em crise, jornalismo em queda?
” mostra que de 2000 a 2004, 75% das capasda revista
Superinteressante
, maior revista de seu gênero no Brasil, foram sobre
ciênciassociais ou humanas e 42% foram de temas religiosos, místicos ou
pseudocientíficos. Aqui, acrise do jornalismo científico se confunde a
tal ponto com a questão da infiltração dapseudociência nas universidades
que fica difícil distinguir causa e efeito.Há outros motivos por que
pseudociências e misticismos encontraram um terreno
fértil nasuniversidades. O Brasil é um país que
respira religiosidade, e onde existe uma mistura,talvez única no mundo, de
religiões, cultos e seitas. Projetos de pesquisa e extensão como osque a
UnB, UFRJ e UFRGS vêm realizando são populares porque mostram uma
aproximaçãoentre ciência e espiritualidade que muitos acreditam ser saudável. A
idéia de que a ciênciadeveria dar as mãos à religião em uma espécie de “retorno
às origens”, e que destecasamento forçado entre o materialismo e o
espiritualismo nasceria o melhor dos doismundos é muito promovida pelas
ciências humanas e bastante apreciada pelo público leigo.Condenar esta
promiscuidade científico-místico-religisosa, modernamente camuflada porpalavras
como “
interdisciplinaridade
” e “
multidisciplinaridade
”, tem soado cada vez maispoliticamente incorreto, e os cientistas não
raro o evitam. Some-se a este quadro a naturezado povo brasileiro, hábil
em conciliar o inconciliável – por exemplo, no sincretismoreligioso que mescla
os cultos africanos com o cristianismo – e sua aversão a qualquer tipode
confrontamento que possa ser levemente confundido com
intolerância religiosa.O que nos leva a maior de todas as causas para
disseminação da pseudociência nasuniversidades: o Relativismo. O Relativismo é
a idéia de que todos os saberes são apenasquestão de opinião, fruto do seu
contexto histórico e social. O relativista acredita que todosos pontos de
vista são
igualmente
válidos e vê a ciência apenas como mais uma maneira derepresentar o
mundo, em pé de igualdade com a não-ciência. A verdade científica, nestaonda
relativista, é vista apenas como um produto social, uma questão democrática,
deconsenso da maioria. Desta maneira as teorias mais exóticas tornam-se irrepreensíveis
epassam a ser escudadas por bordões como: “
Você tem a sua opinião, eu tenho a minha
” ou“
tudo é relativo
”. Novamente torna-se uma imperdoável intolerância criticar qualquer
saber,por mais primitivo e desligado da realidade que seja. Francamente
impulsionado pelasciências humanas e sociais, esse relativismo paralisante
não reconhece como final nenhumconhecimento científico (o que
rigorosamente falando não é mesmo), mas tampouco

descarta nenhuma alegação extraordinária; tudo pode ser, como pode não
ser. Se a ciênciaainda não comprovou a eficácia daquela “técnica
milenar”, o problema é da ciência; dê-lhemais alguns milênios e ela
chegará lá.
CONCLUSÃO (temporária)
Não se propõe com este trabalho nenhum tipo de censura à produção
universitária, mesmoem se tratando de fenômenos supostamente paranormais,
místicos ou esotéricos; pelocontrário este trabalho propõe o acirramento da
discussão sobre estes fenômenos, masdefinindo o escopo e o valor da Ciência,
que parece ter se esmaecido em algum lugar dopassado.Acima de tudo este
trabalho propõe o estabelecimento de políticas vindas de dentro doscomitês
universitários, que restringam o impacto de pesquisas levianas, sejam
elas naquiloque hoje se considera
pseudociência
ou não. Este trabalho propõe que núcleos de pesquisade borda, como
o NEFP e o NIETE, sejam julgados periodicamente por sua
produçãocientífica, publicada em revistas indexadas e que isso determine seu
subsidiamento pelauniversidade pública; isto sempre foi sinônimo de pesquisa de
qualidade em qualquer área ea pesquisa em fenômenos paranormais não deve
ser exceção. E finalmente este trabalhosugere que cursos de extensão
e pós graduação em terapias médicas alternativas promovidaspelas ciências
da saúde, sejam julgados e aprovados por comitês multidisciplinares
(similaresaos comitês de ética normalmente requeridos para aprovar estudos que
trabalham compopulações) que possam atestar a cientifidade e segurança das
técnicas ensinadas. Nomínimo isso servirá para mover estas terapias
alternativas para fora do escopo da ciência.
Widson Porto Reis
é Engenheiro
Metalúrgico, mestre em Ciências dos Materiais e ex- professor do
Instituto Militar de Engenharia

Scicast #28: Ceticismo e
Pseudociências
Sim meus amigos e
minhas amigas, ACREDITEM ou não, o tema desta semana será Pseudociências e
Ceticismo. Vamos abordar todos os fatos (ou falácias) que cercam este terreno
pantanoso habitado por mentirosos e charlatães.
Mas como não ser
ludibriado por uma sedutora Pseudociência? Você acredita em tudo o que vê? Qual
foi a coisa mais absurda que tentaram te convencer que era Ciência?
E como host desta
bagun… DISCUSSÃO, contamos mais uma vez com nosso confiável Silmar e sua crível equipe de
cientistas: André, Estrela e Ronaldo, assessorados pelos
factíveis Gilmar Lopes e Carlos Cardoso(mais flexível que nunca).
Não perca tempo, ligue djá o seu smartphone e comece a baixar, em doses
homeopáticas, esse sensacional episódio.
Comentado neste
episódio:
·
Ceticismo: historiografia
e filosofia do Ceticismo
·
Ceticismo
Científico (em inglês)
·
Um Sábado
Qualquer – Cético x Supersticioso: excelente tirinha sobre as
diferenças de pensamento de cada um.
·
Desafio
sobrenatural de Um Milhão de Dólares: patrocinado
por James Randi, é oferecido um prêmio de US$ 1 milhão aos candidatos que
conseguirem demonstrar qualquer evidencia paranormal ou sobrenatural em testes
científicos que seja de acordo com ambas as partes. Desde os anos 60 ninguém
foi premiado.
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Pseudociência nas Universidades Brasileiras
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Texto do André
Carvalho (quem?!)
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Cartas tidas como “psicografadas” são aceitas em
tribunais no Brasil
Vídeo
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Série BullShit,
de Penn & Teller: os dois mágicos profissionais criticam de
maneira mordaz, satírica e muito pouco educada, temas que vão desde o Ground
Zero até criptozoologia, passando pela Bíblia, UFOs, prostituição, médiuns etc.
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Operação Bola de Cristal:
um ator é treinado por mágicos e ilusionistas profissionais que o ensinam as
mumunhas de como enganar as pessoas, fazendo com que elas falem de si mesmas e
achem que o “Paranormal” sabe de suas vidas. Mesmo dizendo depois que era uma
farsa, as pessoas não aceitaram.
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James Randi desmascara ao vivo
paranormal charlatão (legendado)
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James Randi desmascara pastor ladrão (legendado)
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James Randi testando os cristais (legendado)
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James Randi testa o leitor de
pensamento (legendado)
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James Randi explica a Homeopatia –
Parte 1 (legendado)
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James Randi explica a Homeopatia –
Parte 2 (legendado)
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O Fenômeno Thomaz Green Morton:
reportagem do Fantástico sobre Morton, com direito a depoimentos de
famosos(parte 1, parte 2 e parte 3)
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Randi Chamando Thomaz Green Morton
pro tatame: infelizmente, Thomaz Green Morton não pôde aceitar o
desafio. Que pena…
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A Raiz de Todos
os Males: Richard Dawkins examina o impacto da religião na vida
das pessoas. Como suas influencias políticas e sociais tem feito mais mal do
que bem, desde o fanatismo islâmico até o Bibble Belt, nos EUA,
onde livres pensadores tem que se reunir às escondidas com medo de
represálias.
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Inimigos da
Razão: documentário onde Richard Dawkins estuda alegações de
curas, investiga o que está por trás dos milagres, médiuns, médicos homeopatas
etc. Com uma visão cética, ele coloca à prova todas as alegações. Os
proponentes passam?
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Série Arquivo X: os
agentes do FBI, Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson)
são investigadores de arquivos-x: casos não solucionados envolvendo fenômenos
paranormais. Mulder acredita na existência de extraterrestres e em
paranormalidade, enquanto Scully, uma médica cética, é designada para fazer
análises científicas das descobertas de Mulder.
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Nerdologia: Toque da Morte: episódio
do programa Nerdologia, apresentado por Átila Iamarino, onde ele vai explicar
se o “five-point-heart-exploding-techinique” realmente pode funcionar.
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Plantão Médico Homeopático:
citado diversas vezes no #SciCast, mas sempre nos divertimos ao assistir.
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Dia do Julgamento: Design
Inteligente (Criacionismo) Na Corte: documentário da PBS (a rede
educativa norte-americana) sobre o Julgamento de Dover, quando se questionou a
intervenção de criacionistas em tentar banir o ensino da Evolução nos colégios
daquela cidade, em que a junta de professores findou levando o caso para a
Justiça, indo parar na Corte Federal, acusando a assembleia escolar de violar a
separação constitucional entre a Igreja e o Estado.
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Palestra sobre Saúde Quântica:
assistam ao filme, leiam a análise publicada no Ceticismo.net,
e tentem não sofrer uma síncope.
Literatura
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O Mundo
Assombrado pelos Demônios: (Carl Sagan): nesta obra, Carl
Sagan, preocupado com as explicações pseudocientíficas e místicas que ocupam os
espaços dos meios de comunicação, reafirma o poder positivo e benéfico da
ciência e da tecnologia para tentar iluminar os dias e recuperar os valores da
racionalidade. O autor aborda à falsa ciência, às concepções excêntricas e os
irracionalismos que são acompanhados por lembranças de sua infância.
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O Relojoeiro
Cego – A teoria da evolução contra o desígnio divino (Richard
Dawkins, 1986): empenhado em conquistar novos adeptos para o evolucionismo e
para o pensamento científico, Richard Dawkins faz aqui uma defesa vigorosa da
visão darwinista e põe a nu as falácias polêmicas do criacionismo. Dawkins
descobre exemplos criativos para explicar que, ao contrário do que tantas vezes
se imagina, a seleção natural não ocorre por meio de combinações aleatórias: a
sobrevivência é um jogo árduo, de regras estritas e definidas.
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Por Que as
Pessoas Acreditam em Coisas Estranhas – Pseudociência,
Superstição e Outras Confusões dos Nossos Tempos (Michael Shermer,
2011): acreditando que a racionalidade é a melhor arma para promover a verdade,
Michael Shermer, fundador da revista Skeptic e da Skeptics Society, uma das
mais importantes organizações de céticos do mundo, escreveu este livro para
desmistificar diversas superstições que afetam cotidianamente as decisões e o
comportamento de várias pessoas.
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The Truth About
Uri Geller (James Randi, 1982): Randi acusou Geller de ser um
charlatão que usava truques comuns de mágica e ilusionismo para conseguir os
alegados feitos sobrenaturais, e apresentou as suas críticas no livro. Para
sustentar sua tese, Randi repetiu várias vezes os experimentos de Geller, obtendo
os mesmos resultados surpreendentes, mas sempre afirmando ter usado apenas
truques e ilusionismo.
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O Livro dos
Milagres – a Ciência Por Trás Das Curas Pela Fé, Das
Relíquias Sagradas e Dos Exorcismos (Carlos Orsi, 2011): o objetivo
deste livro é facilitar o acesso do público às conclusões científicas acerca de
eventos tidos como milagrosos, com explicações, contextualização, fontes e,
sempre que possível, um pouco do ambiente histórico que cercou cada caso, para
ajudar na compreensão.
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Pura Picaretagem (Carlos
Orsi, Daniel Bezerra, 2013): com as surpreendentes descobertas da Física
Quântica, muitos”picaretas” passaram a afirmar que ela justificaria diversos
pressupostos esotéricos ou religiosos. Inúmeros livros começaram a circular com
títulos como cura quântica, ativismo quântico, metafísica quântica ou coisas do
tipo. Em Pura picaretagem (Leya Brasil), o físico Daniel Bezerra e o jornalista
Carlos Orsi procuram mostrar as razões pelas quais a espiritualidade quântica
não passa de pseudociência. NOTA: Carlos Orsi deu uma entrevista no Fronteiras da Ciência, em
Set/2013, Episódio 29 da 4ª Temporada.
Games
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Peter Paranormal:
jogo simples e divertido, no qual você é o Peter e coisas paranormais estão
acontecendo em sua casa. Atire em todas as assombrações para fazê-las
desaparecer.
Saiba Mais
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A perniciosa
apropriação do termo “quântico” (em pdf): utilizando a Natureza
da Ciência para desmistificar a visão pseudocientífica da mecânica quântica.
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Decreto-lei
2848/1940 – Artigos 275, 283 e 284: legisla sobre o Curandeirismo,
Charlatanismo e Propaganda Enganosa em rótulos de produtos terapêuticos ou
alimentícios.
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