Os 12
Curadores: qual a sua lição de alma?
O primeiro grupo de essências descobertas pelo Dr. Bach recebeu
o nome de 12 Curadores. São essências que trabalham temperamentos inatos. Você
tem alguma ideia de qual seria o seu, segundo os florais de Bach?
Em seu processo de descobertas, o Dr. Bach chegou a descobrir e escrever
sobre florais que depois descartaria: há
registros de essências com o nome de Cotyledon e Cupressos num dos livros
publicados por ele.
Quando saiu de Londres e se mudou para
o interior da Inglaterra, sua bússola apontava para uma ideia que lhe ocorreu
durante um jantar em que ele observou que era possível agrupar as pessoas por
tipos de temperamentos e que, independente da doença que essas pessoas do mesmo
grupo tivessem, elas reagiriam da mesma forma.
Por exemplo: pessoas que têm uma
tendência a se sentir carentes (no caso Chicory), quando doentes iriam apresentar
posturas semelhantes, não importando se uma estivesse gripada e a outra com dor
de estômago. Ou, pessoas com um temperamento mais impaciente (Impatiens), ficariam irritadas e aflitas para
que aquele mal estar passasse rápido, não importando se uma estivesse com dor
de cabeça e a outra apresentasse problemas na coluna.
Faz sentido?
E assim, ele foi em busca dessas essências e encontrou 12 florais, entre 1928 e
1932. Ele deu a esse grupo o nome de Doze Curadores.
Em seu livro Remédios Florais de Bach – Forma e Função,
Julian Barnard faz a seguinte análise:
A imagem geral desses estados emocionais recebeu um
enfoque mais específico quando Bach descreveu como cada pessoa vem para esta
vida com uma lição particular a ser aprendida: uma lição de alma que oferece a
oportunidade de transcender as limitações daquele estado emocional preciso e
desenvolver a virtude positiva a ele associada.
E mais à frente ele acrescenta:
Não importa como a roda do destino lide conosco,
chegamos à vida com um tema predeterminante a ser trabalhado. Conforme observou
Bach, é como um tipo astrológico — a qualidade essencial da vida. Não define
tudo; é mais que tudo um ponto de partida, a condição básica de onde começamos
a aprender a respeito de nós mesmos.
Quando optamos por usar os florais,
esse pode ser o ponto de partida: qual a minha lição de alma? O que eu devo
aprender a partir da minha experiência de vida?
Abaixo, colocamos uma breve descrição
de cada um dos doze curadores. Elas foram retiradas do livro Coletânea de Escritos de Edward Bach. Leia com
atenção e veja se consegue se identificar com algum deles. O Dr. Bach deixou
uma dica importante:
“Se você tiver qualquer dificuldade em escolher seu
próprio remédio, pergunte-se quais as virtudes que mais admira em outras
pessoas, ou quais as falhas que nelas mais lhe causam aversão, pois as falhas
que você mais odeia nas outras pessoas são as mesmas que, a despeito da sua
luta para corrigi-las, ainda estão vivas em sua mente.
Esse é o modo pelo qual nos encorajamos a eliminar essas falhas em nós mesmos.”
Então, veja abaixo as essências que
abordam as lições de alma encontradas pelo Dr. Bach e descubra qual a sua.
Impatiens (Impatiens glandulifera)
Para aqueles que são rápidos de raciocínio e de atitudes e que desejam que tudo
seja feito sem hesitação ou demora. Quando doentes, ficam ansiosos por uma
rápida recuperação. Têm muita dificuldade em lidar com pessoas lentas, pois
acham que esse tipo de comportamento é errado, uma perda de tempo, e não medem
esforços para torná-las mais rápidas, não importa como. Com frequência,
preferem trabalhar e pensar sozinhos, para que possam fazer tudo de acordo com
seu próprio ritmo.
Clematis (Clematis vitalba)
Para aqueles que são sonhadores, que vivem nas nuvens, sem grande interesse
pela vida. São pessoas calmas, mas que não são felizes com as circunstâncias em
que se encontram, vivendo mais no futuro do que no presente, com esperanças de
tempos melhores, quando seus ideais poderão vir a se realizar. Quando doentes,
fazem pouco ou nenhum esforço para melhorar, e alguns podem até desejar a
morte, na esperança de tempos melhores ou talvez de encontrar um ente querido
que tenham perdido.
Mimulus (Mimulus guttatus)
Para o medo de coisas terrenas; doenças, dor, acidentes, pobreza, escuro,
solidão, infortúnios. Para os temores da vida cotidiana. É para as pessoas que,
silenciosa e secretamente, carregam seu fardo não falando de seus medos com
ninguém.
Agrimony (Agrimonia eupatoria)
Para aqueles que são joviais, animados e bem-humorados, que não gostam de
brigas ou discussões. Embora tenham problemas e sejam atormentadas, inquietas e
preocupadas, mental ou fisicamente, camuflam suas preocupações com o seu bom
humor e suas brincadeiras, sendo consideradas ótimas amigas. Às vezes, exageram
no álcool ou nas drogas, em busca de estímulo e de ânimo para poderem continuar
suportando o fardo que a vida lhes impôs.
Chicory (Chicorium intybus)
Para aqueles que se preocupam em excesso com as necessidades dos outros, tendendo
a cuidar em demasia dos filhos, parentes, amigos, sempre encontrando algo que
deva ser corrigido. Estão sempre corrigindo aquilo que acreditam ser errado, e
o fazem com prazer. Desejam que todos aqueles a quem querem bem estejam por
perto.
Vervain (Verbena officinalis)
Para as pessoas que têm ideias fixas e princípios os quais consideram corretos
e dificilmente os alteram. Essas pessoas têm uma grande vontade de converter
todos os que estão ao seu redor ao seu próprio modo de encarar a vida. Quando
doentes, continuam a lutar, ultrapassando aquele ponto em que muitos já teriam
desistido.
Centaury (Centaurium erythraea)
Para as pessoas dóceis, tranquilas e meigas, que estão sempre ansiosas para
servir aos outros. Elas não medem esforços quando querem agradar. Seu desejo de
ajudar torna-se tão grande que elas se transformam mais em escravos do que em
auxiliares dispostos a cooperar. Sua natureza submissa as leva a fazer mais do
que deviam e, em decorrência disso, elas podem negligenciar sua própria missão
nesta vida.
Cerato (Ceratostigma willmottiana)
Para aqueles que são inseguros para tomar suas próprias decisões. Sempre pedem
conselhos aos outros, por isso são enganados com frequência.
Scleranthus (Scleranthus annuus)
Para aqueles que sofrem muito, incapazes que são de decidir entre uma coisa e
outra, inclinando-se ora para uma, ora para outra. Em geral, são pessoas
tranquilas, que lidam sozinhas com seus problemas, pois não gostam de
discuti-los com os outros.
Water Violet (Hottonia palustris)
Para aqueles que gostam de ficar sozinhos, na saúde ou na doença. São pessoas
reservadas, que se movem sem ruídos, falam pouco e suavemente. São
independentes, capazes e autoconfiantes. Não se deixam influenciar pela opinião
dos outros. São indiferentes, deixam as pessoas sozinhas e seguem seu próprio
rumo. Quase sempre são inteligentes e talentosas. Sua paz e tranquilidade são
uma bênção para aqueles ao seu redor.
Gentian (Gentiana amarella)
Para aqueles que se desencorajam facilmente. Podem progredir bem quanto às
doenças ou questões da vida cotidiana, mas qualquer imprevisto ou obstáculo
enche-os de dúvidas terríveis e leva-os à depressão.
Rock Rose (Helianthemum nummularium)
O remédio da salvação. O remédio de emergência para situações em que parece não
haver esperança: em casos de acidentes ou de doenças repentinas, quando o
paciente estiver muito assustado ou apavorado, ou quando a condição for grave o
suficiente para causar grande medo naqueles que estão ao redor. Se o paciente
estiver inconsciente, os lábios devem ser umedecidos com este remédio. Outros
podem ser acrescentados ao tratamento. Por exemplo, se o paciente estiver
inconsciente, que é um estado de sono profundo, Clematis; se atormentado, Agrimony etc.
Conseguiu se identificar com algum
desses temperamentos?
É claro que todos nós podemos passar por situações de medo, mesmo não sendo de
um temperamento Mimulus. A ideia é encontrar um temperamento
que prevalece.
Veja abaixo mais algumas dicas que
separamos para te ajudar nessa identificação. Elas foram retiradas do material
da formação internacional Aprenda a Usar Florais de Bach Healingherbs:
1. Nossas reações quando estamos doentes
Quando estamos doentes, usualmente nos comportamos de modo próximo ao de nosso
temperamento verdadeiro, já que não temos a energia para representar um
personagem.
2. Como você era quando criança?
Um jeito de nos ajudar a identificar nosso temperamento básico é pensar como
éramos quando criança, pois as experiências de vida nos levam a esconder nosso
temperamento básico dos outros e de nós mesmos.
Lembre-se de olhar para as virtudes e
as falhas, ou seja, se você era uma criança tímida e com medo de escuro, ao
mesmo tempo tinha coragem de fazer coisas que outras crianças não fariam.
Esse é um exercício de
autoconhecimento. Saber mais sobre você mesmo é um passo importante para estar
mais presente no mundo, atuando de maneira plena e feliz.
Os florais podem te ajudar nesse
sentido.
Vamos?
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