A filosofia de
Bach: um convite ao protagonismo
O legado deixado pelo Dr. Bach vai muito além das 38 essências
descobertas por ele. A base teórica de seu trabalho, simples e ao mesmo tempo
profunda, é o alicerce das transformações que nos levam a uma vida mais
saudável.
Uma mala de
sapatos e uma ideia na cabeça: dizem que quando o Dr. Bach abandonou seu trabalho em
Londres, na década de 1930, levou consigo uma mala que acreditava ser de
instrumentos que utilizava em seu laboratório. Quando chegou ao seu novo
destino, descobriu que havia pego a mala errada e carregava, na verdade,
sapatos. No fim, eles eram mais necessários naquele momento: sapatos para
explorar os campos ingleses e buscar as plantas para o seu novo sistema de
cuidados. Os instrumentos não seriam necessário, pois ele criaria novos métodos
de preparo das essências.
O Dr. Bach não estava muito certo do que
iria encontrar. Isso fica claro quando lemos a sua jornada de descobertas. O livro Coletânea de Escritos de Edward Bach reúne
os textos, livros, cartas e palestras de Bach. O conteúdo da obra mostra como
ele foi construindo o conhecimento e que o processo não foi linear, ou seja,
algumas vezes, ele abandona conceitos, refaz um pensamento…
Mas uma coisa é certa: ele buscava uma
maneira de aliviar o sofrimento humano e fazia isso por amor. Palavras como
compaixão, amor, bondade, confiança, alegria, coragem estão muito presentes nos
seus textos.
Olha que inspirador:
Se nós desenvolvermos suficientemente a qualidade
de nos entregarmos ao amor e ao cuidado direcionados àqueles que estão ao nosso
redor, alegrando-nos com a gloriosa aventura de alcançar o conhecimento e
ajudar aos outros, nossas tristezas e sofrimentos pessoais logo cessarão. Este
é o grande objetivo final: a perda de nossos próprios interesses no serviço da
humanidade.
Além dessa postura amorosa em seus
escritos, há ideias que permeiam todo o seu material. Veja aqui algumas que
selecionamos para que você possa refletir a respeito:
- Para ele, é necessário tratar a pessoa e não a
doença (ideia herdada da homeopatia):
Mais uma vez, que fique claro, esteja a pessoa não
muito bem ou tentando evitar uma doença, seja esta de curta ou longa duração, o
princípio é sempre o mesmo: trate o paciente; trate-o de acordo com seu estado
de espírito, com sua personalidade, sua individualidade, e você não errará.
- A doença, como a conhecemos, é o último
estágio de algo mais profundo, que iniciou muito antes de se manifestar no
corpo.
A doença do corpo, como a conhecemos, é o
resultado, o produto final, o último estágio de algo muito mais profundo. A
doença se origina acima do plano físico, mais próximo do mental. É o resultado
de um conflito entre o nosso Eu espiritual e nosso Eu mortal. Então, enquanto
estes dois Eus estiverem em harmonia, teremos perfeita saúde; porém, uma vez
que há discórdia, ocorre o que conhecemos como doença.
- Transformar falhas como medo, apatia, raiva,
orgulho, crueldade… (que para ele eram as verdadeiras doenças), em
virtudes era o caminho para uma vida mais saudável.
As doenças principais do homem são falhas como o
orgulho, a crueldade, o ódio, o egoísmo, a ignorância, a instabilidade e a
ambição. E se considerarmos cada uma delas, veremos que são contrárias à
Unidade.
E mais adiante ele completa:
A prevenção e a cura da doença podem ser
encontradas por meio da descoberta do que está errado dentro de nós mesmos e
pela erradicação desta falha através do sincero desenvolvimento da virtude que
a destruirá; não pelo combate ao erro, mas por trazer à tona esta virtude em
quantidade tal que elimine o erro de nossas naturezas.
Para Bach, muitas das doenças podem ser
curadas com remédios que estão dentro e não fora de nós. Olha a dica:
Na verdade, o ódio pode ser dominado por um ódio
ainda maior, mas apenas pode ser curado pelo amor; a crueldade pode ser evitada
por meio de uma crueldade ainda maior, mas só será eliminada quando a compaixão
e a pena forem desenvolvidas; um medo pode ser esquecido na presença de um medo
ainda maior, mas a verdadeira cura de todos os medos é a coragem perfeita.
- Seguir os ditames da alma e estar alinhado ao
propósito de vida é uma condição fundamental para a saúde. Essa é uma
ideia muito importante para Bach e aparece com frequência. Confira algumas
citações dele a esse respeito:
Quando permitimos a interferência de outras
pessoas, deixamos de ouvir os ditames de nossa alma, o que traz desarmonia e
doença.
Se apenas ouvirmos e obedecermos aos nossos
desejos, sem sermos influenciados por qualquer outra personalidade, seremos
sempre levados corretamente; nós sempre seremos guiados, não apenas ao longo do
caminho que nos levará ao nosso próprio progresso e perfeição, mas também
tornando nossas vidas mais úteis aos outros.
Nossas almas nos guiarão, se lhes dermos ouvidos,
em todas as circunstâncias, todas as dificuldades; e a mente e o corpo assim
guiados passarão pela vida irradiando felicidade e perfeita saúde, livres de
todas as preocupações e responsabilidades, como uma criança confiante.
São ideias interessantes, especialmente
se pensarmos que foram escritas há quase cem anos atrás, não é?
O Dr. Bach sempre acreditou na capacidade
que temos de amar e atuar no mundo com nossas qualidades e sabia que esse era o
caminho para a saúde:
Todo sorriso doce, todo pensamento gentil, toda
ação feita com amor, simpatia ou compaixão pelos outros provam que existe algo
maior dentro de nós, que não podemos enxergar: que todos carregamos dentro de
nós uma Chama do Divino; que dentro de nós reside um Princípio Vital e Imortal.
E ainda…
…chegamos aqui com nossa obra particular já
realizada; com o privilégio de saber que todas as nossas batalhas estão ganhas
antes de lutarmos; que a vitória, antes mesmo de testá-la, é absolutamente
certa, porque sabemos que somos filhos do Criador e, como tais, somos Divinos,
inconquistáveis e invencíveis.
É um super incentivo, não é?
E para arrematar…
Por fim, não tenhamos medo de mergulhar na vida. Estamos aqui para adquirir experiência e conhecimento, e aprenderemos pouco se não enfrentarmos a realidade e não dermos o máximo de nós mesmos. Esta experiência pode ser adquirida em qualquer lugar, e as verdades da natureza e da humanidade podem ser efetivamente conquistadas em uma pequena casa de campo ou em meio ao ruído à agitação de uma cidade grande.
Livro: Cura-te
a Ti Mesmo
E se a saúde começasse pelo equilíbrio das emoções?
Essa foi a proposta do Dr. Edward Bach, o médico inglês que descobriu na década de 1930 os 38 florais de Bach, base teórica da terapia floral.
Em sua prática clínica, ele percebeu uma forte relação entre fatores emocionais em desequilíbrio e o surgimento de doenças físicas.
E esse é o grande achado do Dr. Edward Bach, que como médico chegou a essa associação por meio da observação, da pesquisa e de um profundo amor pela humanidade.
Cura-te a Ti Mesmo significa que eu tenho o controle da minha vida e da saúde do meu corpo, da minha mente e do meu espírito.
Sem esse conhecimento e essa postura, o legado de Bach perde seu principal objetivo: aquele de transformar cada indivíduo no protagonista do seu processo de saúde, compreendida aqui em seu aspecto mais amplo.
A saúde e a
doença para o Dr. Bach
Será que sentimentos como tristeza, medo, raiva podem afetar
nossa saúde? Vamos ver como o Dr. Bach, que descobriu os florais, pensava a
esse respeito?
Até 1978 acreditava-se que a saúde era ausência de doenças. A partir da conferência de Alma-Ata, na antiga União Soviética, organizada pela Organização Mundial da Saúde, esse conceito mudou e ganhou novas dimensões que condicionam a saúde a aspectos físicos, mentais e sociais. Nesse artigo, vamos mostrar que na década de 1930, o Dr. Edward Bach, já abordava a saúde num aspecto mais amplo.
Você já ficou doente depois de passar por uma situação difícil e estressante? Pergunte a pessoas próximas e veja se elas têm respostas semelhantes. Talvez fique claro que isso é mais comum do que a gente imagina.
O Dr. Bach, o médico inglês que descobriu os florais, percebeu que existia uma relação entre os desequilíbrios emocionais e o adoecimento.
Olha o que ele fala a este respeito:
“A doença do corpo, como a conhecemos, é o resultado, o produto final, o último estágio de algo muito mais profundo. A doença se origina acima do plano físico, mais próximo do mental. É o resultado de um conflito entre o nosso Eu espiritual e nosso Eu mortal. Então, enquanto estes dois Eus estiverem em harmonia, teremos perfeita saúde; porém, uma vez que há discórdia, ocorre o que conhecemos como doença.”
É claro que existem outras condições que podem desencadear as doenças: fatores genéticos, uma alimentação ruim, o estresse, mas ainda assim, percebemos que muitas vezes ela começa bem antes de a sentirmos no corpo.
Em seus escritos, o Dr. Bach fala sobre esse assunto e reforça a necessidade de usarmos remédios para fortalecer o corpo físico, quando a doença chegou a esse estágio. Ao mesmo tempo, ele questiona aqueles momentos em que há uma epidemia de gripe e nem todos ficam doentes. O que há por trás disso? Será que essas pessoas que não adoecem nessas situações estão mais fortes, não apenas física, mais emocionalmente também? Pode ser…
Então, da próxima vez que cair doente, faça uma reflexão e veja se descobre o que pode ter provocado a sua doença. Tente entender quando foi que aquela doença começou. Esse é um exercício que nos faz conhecer mais sobre nós mesmos. E é o primeiro passo para transformar nossas emoções, e, assim, viver com mais harmonia e saúde.
Vale o desafio, não vale?
Por Luciana Chammas
Fonte:https://healing.com.br/2020/03/01/a-saude-e-a-doenca-para-o-dr-bach/
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