SINTOMAS PSICOSSOMÁTICOS: QUANDO O CORPO CHORA AS DORES DA ALMA


Sintomas psicossomáticos: quando o corpo chora as dores da alma


O termo psicossomático foi utilizado pela primeira vez em meados do século XIX, do grego psico (mente) e soma (alma/corpo), criado pelo físico alemão Heinroth. Nesse sentido, a “doença psicossomática” tem origem na “alma”, mas com manifestação no corpo. São várias causas, entre elas:
Ansiedade e depressão;
Traumas de infância;
Situações de violência (física ou psicológica);
Trabalho em excesso;
Autocobrança exagerada;
Estresse pós-traumático.
Na verdade, toda doença humana é psicossomática, já que incide num ser que tem corpo e mente inseparáveis anatômica e funcionalmente. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que foi realizado em 15 cidades, apontou que cerca de 20% dos pacientes apresentavam no mínimo seis sintomas que não podiam ser explicados de forma clínica. Os sintomas aparecem, especialmente, em indivíduos com altos níveis de estresse e ansiedade. Funciona como um alerta do próprio organismo para avisar que algo está errado.
Conversei com o médico psiquiatra Bruno Brandão sobre o assunto. Confira:
Quais as doenças consideradas psicossomáticas pela ciência?
Não podemos falar em doenças consideradas psicossomáticas. Devemos falar em sintomas psicossomáticos que podem ser os mais variados: dores, desconforto abdominal, falta de ar, prurido na pele, queimação no estômago, etc.
Antigamente, a doença psicossomática só podia ser diagnosticada na ausência de alguma condição física que explicasse os sintomas. Por exemplo: se uma pessoa apresentasse uma dor em alguma articulação e fosse diagnosticada uma condição ortopédica, o diagnóstico de doença psicossomática não poderia ser considerado. Entretanto, no conceito atual, essa queixa deve ser considerada pelo médico. A pessoa tem uma doença identificável, mas não explica o “tamanho” da dor, por exemplo.
O tratamento de uma origem psicossomática necessita de um acompanhamento diferenciado?
Certamente sim! Esses pacientes de uma forma geral são mais sensíveis aos medicamentos. A base para o tratamento é a psicoterapia. Entretanto, esses pacientes relutam em acreditar que os sintomas apresentados tenham origem emocional. Nesse contexto, os clínicos e outros especialistas, com avaliações regulares, ganham importância transmitindo ao paciente a segurança necessária para seguir o tratamento.
Como identificar uma doença com características emocionais?
O diagnóstico é feito quando o paciente tem sintomas físicos na ausência de uma doença física que explique esses sintomas ou a intensidade desses sintomas.
Como explicar para o paciente que a doença tem origem emocional, já que muitos procuram a cura imediata?
Esse é um grande problema. Esses pacientes não costumam aceitar facilmente que seus sintomas são de origem emocional. Na grande maioria das vezes, buscam clínicos e outros especialistas. Exames físicos regulares, sempre tranquilizando os pacientes de que eles estão em dia com as avaliações. Nesses casos, uma boa relação médico-paciente é fundamental.
Considerações finais
Embora seja difícil entender e compreender esses sintomas que são vistos por muitos como “frescura”, de uma forma lógica, é importante ter em mente que o sofrimento é real. Respeitar a dor do sujeito e não subestimá-la é fundamental para um sucesso no Tratamento.


Entenda como uma doença psicossomática atua no corpo


Você já sentiu dores ou sintomas que médicos não conseguiram identificar? Saiba que a mente pode fazer com que o corpo adoeça


Você já sentiu dores ou sintomas que os médicos não conseguiam identificar? Ficou sem saber a causa orgânica ou biológica do problema? Talvez tenha sido uma doença psicossomática. Entenda como elas se manifestam e qual é o tratamento mais indicado.

Tratamento envolve terapia e mudança de hábitos
Tratamento envolve terapia e mudança de hábitos
Foto: iStock, Getty Images


Na Antiguidade, o adoecimento era tido como manifestação de forças sobrenaturais. Por isso mesmo, o processo de cura passava muito por rituais religiosos. A literatura médica está cheia de relatos do gênero.
Aos poucos, outras visões foram dando conta da necessidade de um equilíbrio e também de tratar a alma. No campo da psicologia, o estudo das doenças psicossomáticas passou a ter bastante importância.
É comum, no entanto, parecer que algumas situações são minimizadas quando ouvimos frases como “isso é psicológico” ou que é “apenas algo da sua cabeça". Mas não é justamente na cabeça que reside o cérebro, responsável pelas funções do corpo?
Os pesquisadores descobriram que é possível somatizar o estresse - o que começou como um conflito emocional pode virar doença ou sintoma. É o caso de problemas de estômago ou dores de cabeça que resultam de ansiedade. Há, ainda, casos de perda de cabelos.
Nesses casos, é preciso identificar a causa do problema, pois apenas a medicação não resolve, já que o fator que desencadeou a doença psicossomática continuará acontecendo. Isso se dá graças à ação do hipotálamo.
Essa glândula produz hormônios que controlam funções orgânicas. Quando alteradas pelas emoções e pelos sentimentos, elas acabam reagindo e acarretando doenças, entre elas problemas respiratórios, gastrointestinais, de pele ou mesmo circulatórios. É por isso que, muitas vezes, as pessoas tremem, têm dores de barriga ou rangem os dentes.
Como tratar doenças psicossomáticas
Uma doença psicossomática pode não se manifestar se a pessoa estiver bem e reaparecer quando o paciente estiver com outros problemas associados. São exemplos disso diarreia, herpes, resfriados, psoríase, entre outras.
Os principais sintomas são estresse, dores de cabeça ou de barriga, palpitações, tremores, boca seca, enjoo, náusea, perda de desejo sexual e baixa autoestima. Todos esses sinais misturam emoções. Também pode haver aumento da irritabilidade.
O diagnóstico muitas vezes é complicado, devido à dificuldade de admitir que o problema pode não ser físico. Para prevenir uma doença psicossomática, autoconhecimento e vida saudável ajudam.
Ao identificar algum dos sintomas citados ou qualquer situação de estresse acima do normal, o ideal é procurar ajuda de um psicólogo ou um psiquiatra para o tratamento começar logo. Em geral, a terapia é associada a hábitos que devem ser seguidos pela vida toda, tais como afastar-se ou mudar a postura em relação ao que desencadeia o problema.

DOENÇA PSICOSSOMÁTICA: O QUE É, QUAIS OS TIPOS, SINTOMAS E TRATAMENTO?


Você já ouviu falar em doença psicossomática? Provavelmente sim, mas talvez nunca tenha se dado conta do que realmente isso representa, quais são os tipos, sintomas e tratamentos.
As somatizações e doenças psicossomáticas apontam para a estreita relação entre corpo e mente e sinalizam a importante tarefa de olharmos para nós mesmos como um todo, considerando tanto os aspectos físicos e emocionais. Por isso, com tantas referências, vamos aprofundar nos detalhes.

O QUE É DOENÇA PSICOSSOMÁTICA?

Vamos começar entendendo o origem desse termo “psicossomático” para desenhar nosso entendimento sobre essa doença.
Psicossomático vem da junção de duas palavras de origem grega, psique, que significa alma, e soma, que significa corpo, ou seja, uma doença psicossomática é aquela que tem origem na alma e no psicológico, gerando consequências também físicas no corpo.
Então, quando você apresenta algum desequilíbrio no seu estado emocional, de sentimentos e pensamentos, independente da origem ou do tipo de trauma ocorrido, e esse acúmulo de fatores interfere causando dores e problemas físicos, muito provavelmente você está sofrendo de uma doença psicossomática.
A mente e o corpo formam um sistema único e muitos mecanismos inconscientes estão presentes nesta ligação.

COMO CONFIRMAR SE ESTOU TENDO UMA DOENÇA PSICOSSOMÁTICA?

Nas doenças psicossomáticas você irá apresentar sintomas físicos e após investigação médica profunda alguma doença orgânica se revelará. Nessas doenças as situações de estresse e pressão emocional estão muitas vezes relacionadas com a intensificação dos sintomas.
A mente e o corpo formam um sistema único e muitos mecanismos inconscientes estão presentes nesta ligação.

QUAL A CAUSA DE UMA DOENÇA PSICOSSOMÁTICA?

Não há uma regra que prevaleça, mas sim uma predisposição pessoal orgânica de como seu corpo e o seu psicológico estão respondendo e reagindo às suas condições de vida e saúde.
Em geral, mudanças significativas que passamos em nossa vidas, podem ser fatores fundamentais para análise:
·         Problemas profissionais: seja por excesso de trabalho ou pela falta dele, em situações de desemprego, o lado profissional mexe muito com o psicológico de todos nós. Além disso, a transição de carreira ou insatisfação com a carreira ou o emprego, também são fatores comuns nesses casos;
·         Traumas e eventos marcantes: conflitos familiares e traumas de infância, costumam nos deixar mais angustiados, ansiosos e desmotivados com a vida;
·         Violência psicológica: abuso e conflitos nos amorosos, bullying na escola e violência doméstica, também são fatores a serem considerados;
·         Ansiedade e tristeza: muitas pessoas não controlam esses sentimentos e, geralmente, buscam se isolar e deixam de tentar superar esses problemas.

QUAIS OS SINTOMAS PSICOSSOMÁTICOS?

Os principais sintomas psicológicos e físicos são:

Sintomas Psicológicos

·         Estresse;
·         Ansiedade;
·         Impaciência;
·         Problemas de concentração.

Sintomas Físicos:

·         Taquicardia;
·         Dores de cabeça frequente;
·         Redução das defesas imunológicas;
·         Queda de cabelo;
·         Insônia;
·         Tensão muscular;

LISTA DE DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS

Há diversos tipos de doenças psicossomáticas e suas manifestações e distúrbios físicos variam de pessoa para pessoa. O mais importante é entender que essas doenças podem afetar a qualquer pessoa, tudo depende do momento psicológico que ela esteja passando.
Na verdade, na lista abaixo, você poderá reconhecer doenças físicas que surgem a partir de um problema psicológico ou que já existem e se agravam por conta disso:
·         Sistema nervoso: como enxaqueca, dores na vista, dormência, formigamentos e simulação de doenças neurológicas;
·         Pele: irritações, coceira e problemas dermatológicos provocados pelo sistema nervoso;
·         Músculo e articulação: dores, tensão e contraturas;
·         Dor de garganta: inflamação nas amígdalas e sensação de nó, como se a garganta ficasse fechada;
·         Sistema Circulatório: dor no peito, palpitações, pressão arterial alta e sintomas parecidos com os do infarto;
·         Sistema Respiratório: falta de ar e sufocamento;
·         Estômago: dor, queimação, náuseas, gastrites e úlceras gástricas;
·         Intestino: prisão de ventre ou diarréias;
·         Sistema urinário: dor e dificuldade para urinar e doenças urológicas;
·         Dificuldades sexuais: diminuição do desejo sexual, alterações no ciclo menstrual, impotência e dificuldade para engravidar.

O QUE É SOMATIZAÇÃO? QUAL A DIFERENÇA?

Na somatização a pessoa apresenta sintomas físicos, mas após vasta investigação não há uma doença orgânica, apontando como causa desse sintoma a emocional. Um bom exemplo seria a síndrome do pânico, na qual a pessoa relata um grande mal-estar físico, como taquicardia, dores no peito, náuseas, desconforto abdominal, tontura, falta de ar, entre outros, e o médico não encontra nenhuma patologia.

DESAFIOS DA DOENÇA PSICOSSOMÁTICA

O problema de se fazer o diagnóstico de uma doença psicossomática é que a pessoa não possui consciência de que a doença está sendo causada pelos seus próprios sentimentos. Além disso, não se encontra uma explicação física e/ou biológica para os sintomas.

As consequências da falta de diagnóstico são: 
·         Diminuição da capacidade de produção;
·         Execução de atividades com menor precisão;
·         Absenteísmo;
·         Falta de motivação.

COMO SE PROTEGER DOS DISTÚRBIOS PSICOSSOMÁTICOS?

Há algumas dicas para você se proteger emocionalmente e evitar as doenças e dores psicossomáticas.
·         Pratique o autoconhecimento: reconheça as suas fraquezas e as suas fortalezas para se munir de habilidades e tratar problemas;
·         Inteligência emocional: trabalhar a inteligência emocional vai te dar mais segurança de compreender como você reage diante das mais diversas situações, sem, necessariamente, as absorver e transformá-las em um grande problema;
·         Reavalie sua história: seus pais lhe transmitiram muitas informações a vida toda, algumas boas e outras ruins, mas você precisa entender que a medida que o tempo passa, mais capaz você fica de absorver o que foi bom e eliminar aquilo que não lhe vale;
·         Relacione a sua doença a algo que aconteceu: por exemplo, uma dor na garganta pode ser sintoma de algo que você não disse a alguém e que ficou entalado;
·         Priorize cuidar de você: é comum cuidarmos mais dos outros do que de nós mesmos, isso não tem problema desde que você nunca se esqueça de que você merece também toda essa atenção;
·         Aprenda a perdoar: perdoe a si mesmo e os outros. Carregar no dia a dia rancor ou mágoa só trarão prejuízos a você;
·         Busque ajuda de um especialista: entre tantas dicas é normal ainda não encontrarmos as respostas para lidar sozinho. Então porque não buscar ajuda de um psicólogo ou psiquiatra para reavaliar a sua saúde emocional?
Acredite, o caminho da psicoterapia é importante e pode transformar a sua saúde física em muito mais saudável.


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