HOMEOPATIA APLICADA À PRÁTICA AGRÍCULA : AGROHOMEOPATIA,UMA NOVA FERRAMENTA AO ALCANCE DO AGRICULTOR



AGROHOMEOPATIA, UMA NOVA FERRAMENTA AO ALCANCE DO AGRICULTOR
 

Eng. Agr. Emi Rainildes Lorenzetti (
elorenzetti@gmail.com)


1 - O CONTEXTO QUE SE INSERE A HOMEOPATIA APLICADA A PRÁTICA AGRÍCOLA

Apesar de ser conhecida a mais de dez mil anos a prática agrícola, a cada dia, conta com inovações que buscam melhorar aspectos produtivos tanto no sentido de aumentar a produção quantitativamente quanto aprimorar aspectos qualitativos relacionados ao processo de produção.

Anteriormente as práticas agrícolas eram diversificadas e exploravam dezenas de espécies diferentes de vegetais. Com o desenvolvimento humano, aos poucos, novas espécies antes selvagens eram modificadas para que pudessem ser cultivadas atendendo aos anseios do homem.

Ao passo que o homem desenvolvia a escrita paralelamente já havia sido desenvolvida a notável capacidade agrícola que lhes permitia a sedentarização estabelecendo relações sociais complexas, formando as antigas civilizações conhecidas na história da humanidade como os persas, egípcios, romanos e gregos (Khatounian, 2001).

Notadamente, em agricultura uma das antigas civilizações mais desenvolvidas foi a civilização egípcia, civilização essa que desenvolveu um notável sistema de canais de irrigação e cultivos que se baseavam nas cheias e vazantes do Rio Nilo, cultivando em solo fertilizado durante as cheias.

Com o avanço das ciências, principalmente da química, novas formas de produção foram estabelecendo-se no ambiente rural. Uma das práticas mais utilizadas até então, para a fertilização dos solos era o pousio, uma prática que impunha que apenas uma fração de terra disponível seria cultivada a cada ano. Com o estabelecimento de fertilizantes minerais que com poucos quilos resolviam rapidamente o problema dos solos esgotados quimicamente, inseria-se na agricultura a utilização de produtos altamente solúveis de utilização imediata, mas que não eram sustentáveis perante o processo produtivo. Com o aumento de pragas e doenças surgem novos produtos que combatiam prontamente os problemas que levavam a redução das colheitas. A década de 1970 completa o pacote de insumos químicos, tornando a agricultura dependente da indústria química e transformando profissionais e agricultores em seguidores de modelos pré-definidos (Khatounian, 2001).

Em contraposição ao emergente modelo químico surgiam movimentos de agricultura que retomavam práticas agrícolas utilizadas no princípio das práticas agrícolas. Diferentes movimentos com práticas próprias a cada filosofia desenvolvida. Mudanças graduais, discretas e emergentes que a cada dia inserem-se no contexto agrícola e mesmo urbano.

Além disso, novos conceitos passam a serem empregados para designar-se as práticas ditas de uma forma geral como orgânicas. Dentre os conceitos empregados cita-se a agroecologia. De forma geral, a agroecologia refere-se a uma orientação cujas pretensões e contribuições vão mais além de aspectos meramente tecnológicos ou agronômicos da produção agropecuária, incorporando dimensões maiores e complexas, que incluem tanto variáveis econômicas, sociais e ecológicas, como variáveis culturais, políticas e éticas (Caporal e Costabeber, 2002). Segundo Altieri (sem data) a agroecologia pode ser resumida pela figura 01, uma união de diversos ramos da ciência com elementos sociais, humanos, respeitando o conhecimento tradicional.
 


A produção agroecológica cresce a cada ano no contexto mundial e o Brasil é o segundo país em área manejada organicamente da América Latina (Darolt, 2002). Através de incentivos governamentais estabelecidos nos últimos anos, principalmente a partir da Instrução Normativa nº 007, do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, publicada no Diário Oficial da União em 19/05/1999 (BRASIL, 1999), motivada pela organização do setor produtivo, a produção orgânica cresceu em importância no cenário nacional.

Recentemente, a discussão para a aprovação da lei de orgânicos envolve diversos setores interessados, produtores, consumidores, certificadoras, órgãos públicos e privados.

Crescendo em importância a agroecologia pode apoiar-se cada vez mais em novas técnicas e insumos que podem ser utilizados com baixo impacto ao ambiente. Ao contrário do que muitos acreditam e pregam para produzir de forma orgânica o conhecimento deve ser muito mais aprimorado que para a produção convencional. No atual contexto que se estabelece para produção agrícola através do emprego de agroquímicos (herbicidas, fungicidas, adubos solúveis) a prática agrícola agroecológica torna-se um desafio para técnicos que possuem uma formação tipicamente voltada à agricultura convencional.

De forma semelhante ao que ocorre na agricultura convencional a tecnologia deve ser empregada à agricultura orgânica. Novas ferramentas que possam auxiliar no cultivo agroecológico são necessárias, mesmo considerando-se que pesquisas nessa área ainda são incipientes.

Objetivando reduzir o impacto dos efeitos promovidos pelos pesticidas e aumentando a produção de alimentos que apresentem melhor qualidade, visando uma agricultura sustentável, buscam-se novas formas de proteção de plantas, sendo uma delas o emprego de extratos e óleos essenciais (Stangarlin, 2007). Trabalhos empregando estas formas alternativas de controle de doenças e mesmo de pragas estão cada vez mais presentes dentro da prática agroecológica.

Neste sentido, como insumo para a agroecologia, pode-se ainda empregar a homeopatia. A homeopatia vem sendo testada no Brasil e no exterior, na agricultura, como forma de controle de pragas e doenças bem como indutor de resistência e promotor de crescimento para diversas espécies. Segundo a Instrução Normativa nº007, a homeopatia vegetal, pode ser empregada como insumo permitido na prática orgânica.

2 - HOMEOPATIA DAS ORIGENS A UTILIZAÇÃO EM VEGETAIS

Inicialmente a homeopatia relacionava-se ao tratamento de enfermidades que acometiam o homem, exclusivamente, entretanto, empregando aspectos diferenciados da medicina tradicional. Nas décadas mais recentes passou-se a empregar a homeopatia em tratamentos direcionados a animais e mesmo plantas.

O interesse pela homeopatia é crescente de uma forma geral, nas diversas áreas, entre outros fatores por propiciar uma prática segura, barata e que se propõe a entender o binômio doente-doença segundo uma abordagem global e integrativa, valorizando diversos aspectos individuais inerentes ao enfermo. (Teixeira, 2006). Desde Hipócrates (460 a.C.), considerado pai da medicina, naturalista por natureza, já empregava-se a lei dos semelhantes (Similia similibus curantur - Semelhante cura semelhante), base da Homeopatia. Esta era uma das formas de cura segundo Hipócrates.

Esta lei é uma aplicação natural da Lei da causa e efeito ou da Ação e Reação, sendo comprovada e afirmada por grandes personalidades médicas da época de Hipócrates como Paracelso, Sthal e Trosseau. (Bonato, 2007).

As outras formas de cura, segundo Hipócrates, eram: “contraria contariis curantur” (sejam os contrários curados pelos contrários) - base da Alopatia e “vis medicatrix naturae” – força de cura natural, a defesa do organismo. (Barbosa Neto, 2006).

Após Hipócrates o maior nome da medicina é Galeno, médico grego (131 a 201a.C.) que difunde a idéia da cura pelos contrários, sendo esta empregada na prática médica atual. (Bonato, 2007).

Envolvida nestes conceitos de cura surge a Homeopatia, obra de Cristiano Frederico Samuel Hahnemann, médico alemão, conhecido como o pai da homeopatia. No decorrer de sua vida, Hahnemann, realiza diversas experiências na área da saúde. Indignando-se com a forma de cura da época que pregava a iatrogenia (sofrimento causado pela prática médica), com o uso de métodos como a sangria, abandona a profissão de médico (Barbosa Neto, 2006).

Contudo, além de médico era um conhecedor de diferentes línguas, ao receber o Tratado de Matéria Médica, escrito por William Cullen, para traduzir, passa a trabalhar com a planta denominada quina, citada com poder curativo para a malária. Observando que a quina administrada em pessoas sadias produzia os mesmos sintomas que malária e relembrando o princípio de Hipócrates de cura pelo semelhante descreve pela primeira vez a conhecida homeopatia. Segundo seus conceitos uma substância ao ser ministrada a um homem sadio provocando determinados sintomas pode promover a cura em doentes que apresentem os mesmos sintomas, após ser diluída (Lobão, 2007).

Em 1796 os estudos de Hahnemann são compilados e publicados por ele mesmo no primeiro registro da ciência homeopática, Homeopatia, em alemão: homoopathie, do grego: homoios- semelhante + pathos- sofrimento (Barbosa Neto, 2006).

Desde então decorrem-se novas publicações que culminam em 1810 na publicação do Organon da Medicina Racional, a mais importante publicação da homeopatia. Posteriormente, é publicada a Matéria Médica Homeopática em 1821, publicação esta que compila sintomas com as respectivas prescrições (Lobão, 2007). Um ponto que ainda reestringe o emprego da homeopatia em vegetais é a não existência de uma publicação semelhante a esta, em que sejam compilados sintomas e características das plantas perante o tratamento com medicamentos homeopáticos (Toledo, 2003).

Segundo sua origem o médico homeopata estabelece uma interação íntima com o paciente que está tratando. Diferentemente da medicina tradicional o homeopata quebra a parede da objetividade não sendo apenas um observador passivo, torna-se um participante da vida do paciente, envolvendo-se em cada um de seus aspectos de vida. Cabe ao paciente relatar de forma mais fiel possível tudo que envolve os aspectos considerados como doença (Vithoulkas, 1980). Reside neste fato outro desafio ao agrohomeopata. Ao trabalhar com um organismo vegetal, que não apresenta reação compreensível como os animais, torna-se uma grande barreira compreender o contexto em que se encontra cada planta, para que esta possa ter o tratamento mais adequado para os “sintomas” que manifesta.

2.1 – O Organon de Hahnemann

O livro ORGANON DEL HEILKUNST (Organon da arte de curar) foi publicado na Alemanha em 1810 e é referência obrigatória para os interessados em Homeopatia.

Foram seis edições nas quais Hahnemann foi aperfeiçoando seus ensinamentos. Não é o livro que inaugura a Homeopatia, mas o Organon é o livro mais importante, por conter todos os fundamentos teóricos da Homeopatia (Lobão, 2007). O nome “Organon” vem do grego e significa “instrumento”. É também o nome dado por Aristóteles ao seu conjunto de tratados sobre lógica. Deve ser ressaltado que Hahnemann não batiza seu livro de Organon da Homeopatia, mas sim de “Organon da Medicina” (arte de curar). Na verdade, os resultados incrivelmente superiores da Homeopatia, em contraposição com as práticas iatrogênicas do século XVIII, obrigaram Hahnemann a reconhecer como única à nova medicina que ele havia desenvolvido. (Barbosa Neto, 2006).

2.2 – Princípios da homeopatia

Partindo de sua origem, a homeopatia baseia-se em quatro princípios fundamentais. São eles a cura pelo semelhante, experimentação em seres sadios, doses mínimas e dinamizadas e medicamento único.

A cura pelo semelhante refere-se a sintomas induzidos em um organismo sadio (patogenesia) por determinada substância, sendo que tal substância é capaz de curar os sintomas quando manifestados em um organismo doente. Uma analogia pode ser feita para a aplicação em plantas através do diagrama a seguir, que demonstra a atuação do medicamento homeopático na planta sadia e perante um determinado fator que promova injúria biótica ou abiótica.




A experimentação em seres sadios refere-se a proposta de Hahnemann em investigar as propriedades curativas de uma determinada substância em organismos sadios, relatando os sintomas que determinada substância causava. (Teixeira, 2006).

Inicialmente, as doses mínimas referiam-se a tentativa de reduzir a toxidade de determinadas substâncias que eram empregadas como curativas. Eram ainda dinamizadas para transformar a substância - física em substância – energia, através da inserção do componente cinético dado por força mecânica (Bonato, 2003).

Este princípio é o mais questionado devido a característica de um preparado em diluições seqüenciais mais altas apresentar menos moléculas da solução mãe até quando é ultrapassado o número de Avogrado (na décima segunda diluição) que a solução passa a ser não molecular. A partir daí o efeito não é mais químico e sim físico, resultante das dinamizações, interferindo no princípio vital que mantém o organismo em funcionamento. (Duarte, 2007). O que importa na fabricação do medicamento homeopático não é a molécula presente no produto final, mas sim a informação que é passada pelo veículo utilizado, a água. (Lisboa, 2006).

É complexo apoiar tal explicação em experimentação científica convencional, na qual é possível observar a substância com o princípio ativo que se aplica, como no caso de um extrato de uma planta medicinal aplicado em uma planta para uma infecção fúngica. O último princípio cita o medicamento único, este principio baseia-se no emprego de determinada preparação, apenas uma preparação, para eliminar um determinado sintoma. Este princípio refere-se a técnica de experimentação de determinado preparado homeopático, quando se planeja um experimento deve-se conhecer individualmente a atuação de cada fator no sistema para que se obtenha resultados confiáveis (Lisboa, 2006). Para este último princípio devem-se considerar as correntes de Homeopatia que surgiram no decorrer do desenvolvimento desta ciência. São duas as correntes, a unicista, empregando o medicamento único que mais se assemelhe a determinado sintoma e a pluralista. Esta segunda corrente, apesar de contradizer a prática criada por Hahnemann, é seguida por alguns cientistas, ela prediz a utilização de vários medicamentos homeopáticos denominados complexos homeopáticos. Uma das fortes críticas que se faz a corrente pluralista é o não conhecimento das interações que podem existir entre os produtos empregados. (Barbosa Neto, 2006).

Para a agrohomeopatia alguns produtores vêm utilizando de vários nosódios aplicados juntos para controlar ou repelir doenças ou pragas. Ainda não há estudos sobre o emprego destes produtos misturados e seu efeito nas plantas. Na prática considera-se o método eficiente, contudo, é papel dos pesquisadores confirmarem ou não a eficiência desta prática.

2.3 – Homeopatia para animais e vegetais

Após ser empregada na medicina, a homeopatia passa a ser conhecida para diferentes áreas no decorrer do desenvolvimento das ciências. Ainda na área de saúde é utilizada na odontologia. Apesar de ser conhecida na área das agrárias há mais de 200 anos (Andrade, 2007), as pesquisas envolvendo plantas são escassas e muitas vezes de difícil acesso (Betti et.al., 2007).

Com a busca de novas alternativas de manejo menos agressivo aos ambientes rurais a homeopatia passa a ser ferramenta para a resolução de vários problemas no campo, entre eles o controle de pragas, doenças e mesmo na desintoxicação de plantas. No campo da veterinária as pesquisas são mais representativas. Segundo Cruz et.al. (2006) o interesse pela homeopatia é crescente pelas restrições impostas ao uso de substâncias farmacologicamente ativas que podem afetar o consumo humano. Em trabalho realizado com caprinos foi comprovada a eficiência da utilização do produto homeopático comercial Fator Verme, Arenales no controle de helmintos gastrintestinais. Em outro trabalho, as medicações homeopáticas Ferrum phosphoricum e Arsenicum album, usadas de forma alternada por sete dias, foram eficazes em 92,9% para o controle da hemoncose em cabras leiteiras (Zacharias et al., 2003).

Segundo Arenales (2002) a Homeopatia não tem por tradição o controle de insetos, porém esta viabilidade surgiu através do estudo dos nosódios. Esta combinação resultou em um medicamento que não provoca danos aos animais, aos consumidores dos produtos de origem animal e nem ao meio ambiente, por ser uma formulação inócua, decorrente da utilização da técnica da Farmacopéia Homeopática. Não determina odor ou sabor, e nem resíduos químicos em todos produtos de origem animal. A mesma autora relata neste trabalho o emprego de preparados homeopáticos no controle de Haematobia irritans e Boophilus sp. em bovinos de corte.

Na agricultura, apesar de haverem relatos isolados da utilização de compostos homeopáticos, apenas no século XX existem relatos científicos de seu emprego na área vegetal.

Entretanto, em uma outra visão para a agricultura, a utilização de princípios de homeopatia pode ser atribuída pela primeira vez a Rudolf Steiner, idealizador da agricultura biodinâmica. De forma semelhante à homeopatia a agricultura biodinâmica emprega-se de preparações dinamizadas que trabalham questões energéticas.

As bases da homeopatia são coerentes com as bases da agricultura orgânica onde as diversidades, processo e leis naturais são respeitados. A homeopatia é coerente com a agricultura orgânica em buscar a compreensão dos processos vitais com objetivo de estabelecer o equilíbrio vivo. (Casali et al., 2001).

Apesar do número de trabalhos dessa ciência aplicada ao meio agrícola ser incipiente, sabe-se que os medicamentos homeopáticos têm um potencial amplo, harmonizando o meio ambiente e as plantas nele inseridas, possibilitando a produção de alimentos saudáveis em um sistema de cultivo mais equilibrado (Rossi, 2004).

A denominação recentemente empregada para a homeopatia vegetal é agrohomeopatia. Uma área que começou com pouca relevância, hoje se expande por diversas instituições de pesquisa, ensino e extensão de todos os lugares do país. Os trabalhos, antes tímidos, passam a ocupar espaço nos congressos de diferentes áreas das ciências agrárias.

Neste sentido o número de núcleos de pesquisa em homeopatia vegetal vem crescendo. São encontrados em diversos países importantes grupos que realizam trabalhos em homeopatia. Países que apresentam grupos que se destacam são a Índia, França, Alemanha, Itália e México. A Itália destaca-se em pesquisas nesta área.

Na Universidade de Bologna existem pesquisas coordenadas pela pesquisadora Lucietta Betti realizadas tanto em laboratório como em campo com bons resultados principalmente com hortaliças. No Brasil, destacam-se os núcleos da Universidade Federal de Viçosa, coordenado pelo Prof. Dr. Vicente Wagner Dias Casali e o da Universidade Estadual de Maringá, coordenado pelo Prof. Dr. Carlos Moacir Bonato.

3 - ALGUNS MODELOS QUE BUSCAM EXPLICAR A HOMEOPATIA


Segundo uma das teorias mais aceitas quanto a questão físico-química refere-se a pesquisa efetuada na Universidade de Milão que trabalha com a teoria da memória da água.
A teoria cita que a organização da água é um processo dinâmico e coerente, associado a interações eletromagnéticas, de longo alcance e baixíssima intensidade. O meio é capaz de selecionar e catalisar as reações moleculares de acordo com os diferentes campos eletromagnéticos. Estudos com um aparelho especial demonstram que o campo eletromagnético do soluto induz a formação de regiões de coerência estável no solvente, de estrutura e vibração específicas, induzindo a formação de aglomerados ou “clusters” de tamanho e geometria próprios. Cada conformação dos “clusters” possuindo um campo específico promoveria diferentes propriedades para cada substância (Teixeira, 2006). Segundo pesquisas realizadas na Unicamp por Porto (1998) o emprego de campos eletromagnéticos a água deionizada promove efeitos semelhantes ao de determinados fármacos ou cosméticos.

Um modelo biológico famoso é o de Davenas et. al. (1988) usando ultradiluições de um tipo de anticorpo na degranulação de basófilos. Este estudo polêmico na área de saúde é sempre citado quando se fala em homeopatia. Tal trabalho foi posteriormente confirmado pela equipe de Benveniste em trabalho publicado na revista Nature (Teixeira, 2006).

Segundo Eizayaga (1981) citado por Barbosa Neto (2006), são quatro as teorias que tentam explicar como ocorreria o processo de cura homeopática:

1. Substituição mórbida: segundo Hahnemann, não coexistem duas enfermidades semelhantes no mesmo organismo, a mais forte substitui (cura) a mais fraca. O remédio homeopático promoveria uma enfermidade semelhante à do doente, só que mais forte.

2. Princípio de ação-reação: a toda ação de determinada intensidade, o organismo opõe uma reação de igual intensidade e sentido contrário. Com o remédio homeopático atuando no mesmo sentido da ação da doença, o organismo precisa opor uma força curativa (reação) maior. Haverá cura se a reação natural do organismo.

3. Poder patogênico / imunológico: as enfermidades possuem um poder patogênico e despertam uma resposta imunológica do organismo. O remédio homeopático provocaria uma enfermidade artificial dinâmica pouco patogênica, mas com elevada resposta imunológica.

4. Teoria vibratória: todo ser vivo e substâncias emitem energia vibratória, ondas eletromagnéticas. Quanto mais a vibração do remédio for semelhante à vibração do doente, mais perto se chegará da cura. Haverá ressonância. Como se uma onda (do remédio) com determinada freqüência e amplitude interferisse em outra onda (do doente) semelhante. É certo que a prática homeopática conta com inúmeros resultados positivos nos anos que é utilizada pelos ramos da ciência. Como qualquer outra forma de tratamento que possua elementos diferentes do considerado “convencional”, ou seja alguma prática que é rotineiramente usada, pressupõe descrédito. Este descrédito, com o avanço da ciência, aos poucos vem sendo desfeito. A existência de modelos diferentes explicando a homeopatia é um dos passos, que juntamente com as pesquisas aplicadas, visa fortalecer esta ciência ainda obscura.

4 - FONTES DOS MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS

Para a homeopatia há determinados medicamentos anteriormente testados por Hahnemann citados em sua Matéria Médica. Neste livro são descritos os sintomas e decorrências de determinado medicamento ministrado. Como citado anteriormente não há ainda nenhum tipo de referência como essa para as plantas.

Há três interpretações usadas pelos pesquisadores em agrohomeopatia para a prescrição de um medicamento homeopático. A primeira refere-se ao emprego de analogias entre os sintomas físicos apresentados na matéria médica e os vegetais (acognosia). A segunda na utilização de preparados ultradiluídos dos agentes causadores de injúria (nosódios ou isoterápicos). E a terceira interpretação busca usar o próprio elemento faltante como medicamento, contudo, em soluções ultradiluídas. Esta última opção pode trazer diversas informações que auxiliem na elaboração da matéria homeopática vegetal (Bonato e Peres, 2007).

De uma forma geral os medicamentos homeopáticos mesmo com essas ressalvas podem ser oriundos de animais (Lachesis – cobra, Apis mellifica- abelha), vegetais (Belladona, Arnica Montana, Ruta graveolens) ou minerais (Phosporus, Sulphur, Cuprum, Arsenicum) (Bonato, 2006).

Como citado para a utilização na agricultura podem ser empregados os nosódios. Nosódios são homeopatias realizadas a partir do agente causador do desequilíbrio apresentado, como fungos, insetos e vírus. Esta nomenclatura existe apenas no Brasil e torna-se importante por propiciar ao produtor orgânico independência (Rezende, 2007).

De uma forma geral, uma substância originalmente líquida já é sua própria tintura-mãe, assim também as substâncias solúveis em água e álcool. Já certas substâncias insolúveis como minerais, animais etc. precisam ser triturados com lactose para tornarem-se solúveis. (Barbosa Neto, 2006).

Para as substâncias existentes e já relatadas na Matéria Médica de Hahnemann as soluções matrizes podem ser obtidas em farmácias homeopáticas. Estas soluções matrizes para uma melhor conservação devem ser elaboradas com o emprego de álcool 85% ou 70%. A partir destas soluções matrizes pode-se elaborar as dinamizações para aplicação respeitando a proporção de 1:100.

Para a elaboração dos nosódios há diferentes procedimentos utilizados pelos pesquisadores em agrohomeopatia. Segundo Casali (2007) e Bonato (2006) para a elaboração de uma tintura mãe de uma planta a fim de se preparar uma dinamização para ser empregada na cultura deve-se proceder coletando a planta, pegando uma parte da planta limpa e fresca em um frasco escuro, acrescentando 9 partes de álcool de cereal 70% (7 partes de álcool mais 3 partes de água), mantém-se o frasco por 15 dias em repouso, agitando o frasco uma vez por dia, após este período filtra-se o preparado obtendo-se assim a tintura-mãe. Aguarda-se 48 horas e essa tintura pode ser dinamizada. De forma semelhante pode ser feito com animais como formigas ou besouros, contudo emprega-se 1 medida de insetos vivos para 4 medidas ou de álcool 70% ou uma solução de glicerina:álcool:água (1:1:1) e aguarda-se 20 dias antes de usas a tintura –mãe para dinamização. A figura 3 demonstra de forma ilustrada a preparação de uma tintura-mãe de matéria vegetal.

O prazo de validade para essa tintura-mãe, indicado pelos mesmos autores, é de 2 anos para a tintura oriunda de tecido vegetal e um ano para a tintura de animais. Fonte: Bonato, 2006.



5 - PREPARO DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO

A partir de uma determinada solução matriz, oriunda de uma fonte qualquer, realiza-se o processo de sucussão ou diluição para que seja elaborado o medicamento a ser empregado.

A diluição ou sucussão pode ser executada manualmente ou com o auxílio de máquinas. A utilização de máquinas torna o processo mais rápido e eficiente. Contudo, alguns medicamentos em determinadas diluições, mais altas podem levar até três meses para ficarem prontos. O processo utilizando máquinas deve ser controlado cuidadosamente, sendo observados aspectos como o número de sucussões a serem realizadas bem como a força a ser empregada. Força esta que deve ser equivalente ou maior que a força do braço de um homem ao bater o peso do frasco em uma superfície firme (Vithoulkas, 1980).

No Brasil as preparações homeopáticas seguem as regulamentações apresentadas pela Farmacopéia Homeopática Brasileira, oficializada pelo Decreto 78.841 de 1976, com modificações feitas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2002 (Lisboa, 2006).

A dinamização trata-se do ato de triturar ou diluir e sucussionar um medicamento homeopático. Transforma-se a matéria pelo aumento da sua energia. O medicamento-substância transforma-se em medicamento-informação, traduzindo os poderes dinâmicos, latentes das substâncias que até então não eram percebidos (Bonato, 2006). Segundo o avanço da prática homeopática podem ser descritos três métodos diferentes de se realizar a Dinamização:

1- O Método Hahnemaniano (BARBOSA NETO, 2006) é também chamado de método dos frascos múltiplos, pois para cada nova diluição e sucussão utiliza-se um novo recipiente. Trata-se do método original, criado por Hahnemann. É identificado pela letra “H”. A proporção entre substância (soluto) e a solução de água e álcool (solvente) é chamada “escala”. Para o método hahnemaniano usam-se habitualmente três escalas:

- CENTESIMAL HAHNEMANIANA (CH), na qual dilui-se uma parte da tintura-mãe em 99 partes de solução água/álcool, agita-se cem vezes a mistura, obtendo-se a primeira dinamização na centesimal hahnemaniana ou CH 1. Dilui-se uma parte desta CH 1 em outro frasco contendo 99 partes de água/álcool, sucussiona-se cem vezes e obtém-se a 2ª potência centesimal hahnemaniana ou CH 2. Dilui-se sempre na proporção 1:100;

- CINQÜENTA MILESIMAL (LM), junta-se 1 parte da tintura-mãe com 99 partes de lactose e tritura-se. Repete-se esse procedimento até a terceira trituração na proporção 1:100. Toma-se 0,06 gramas da terceira trituração e dilui-se em 500 gotas de solução água/álcool. Sucussiona-se 100 vezes. Uma gota dessa mistura é diluída em 100 gotas de álcool.

Realiza-se mais 100 sucussões. Obtém-se assim a 1ª potência na escala cinqüenta milesimal do método Hahnemaniano, ou LM 1. LM 1 corresponde a uma diluição de 1: 50 000. LM 2 corresponde a uma diluição de 1: 50 000 x 1: 50 000 .

- ESCALA DECIMAL (D), escala não usual. A diluição é feita na proporção 1: 10 seguidas das mesmas 100 sucussões para cada potência. Por exemplo: Pulsatila D4, corresponde a 4 diluições da tintura-mãe da planta Pulsatila na escala 1:10 em frascos diferentes com 100 sucussões entre cada potência.

2- O método de KorsaKov (Barbosa Neto, 2006) é também chamado de método do frasco único. Korsakov era um nobre do exército russo e viveu na época de Hahnemann.

Interessou-se pela Homeopatia, mas percebeu dificuldades em utilizar os incontáveis frascos necessários para a dinamização do método hahnemaniano. Inventou, então, um novo método: dilui-se uma parte da tintura mãe em 99 partes de água/álcool, sucussiona-se cem vezes. Essa é a 1ª potência. Despreza-se, então, todo o conteúdo. O mesmo frasco é novamente enchido com solução água/álcool e sucussionado. Obtém-se assim a 2ª potência. Novamente despreza-se todo o conteúdo e enche-se o mesmo frasco com solução água/álcool, repetindo-se o processo até a potência desejada. Admite-se que o resíduo que fica no frasco quando se despreza o conteúdo é suficiente para a próxima dinamização.

3- Fluxo Contínuo (Barbosa Neto, 2006) é um método para o preparo de altas potências. Só é possível sua realização com aparelhagem própria. Uma corrente ininterrupta do solvente dilui e agita o medicamento ao mesmo tempo. Não é um método perfeito do ponto de vista Hahnemaniano, mas na prática clínica demonstra resultado. A figura 04 demonstra o processo de dinamização de um produto homeopático pelo método Hahnemaniano a partir de uma tintura-mãe.
Fonte: Bonato, 2006

Figura 04



Uma das formas de aplicação do medicamento homeopático nas plantas é descrita por BONATO, 2006. O preparado homeopático é diluído em álcool de cereais e agitado. Dessa solução são retirados 100 mL da homeopatia para cada 20L de água para pulverização direta. A figura 05 resume a forma de aplicação das homeopatias para utilização em campo.
Fonte: Bonato, 2006


6 - PESQUISAS EM AGROHOMEOPATIA

As pesquisas pioneiras na homeopatia aplicada as plantas foram em 1926 por Kolisko e Kolisko (Bonato e Peres, 2007). Contudo, cita-se Rudolf Steiner, idealizador da filosofia da agricultura biodinâmica, como um dos precursores da prática em homeopatia (Marques, 2007). Betti et. al. (2007) segundo uma revisão publicada por Scofield,1984 divide os trabalhos aplicados a homeopatia em plantas em três grupos, modelos de germinação e crescimento, modelos fitopatológicos e ensaios de campo. Vários trabalhos internacionais na área foram compilados pelas mesmas autoras sendo apresentados em uma palestra proferida no XL Congresso de Fitopatologia.

O grupo de Lucietta Betti da Universidade de Bologna, na Itália, é responsável por inúmeras pesquisas com ultradiluições empregadas ao controle do vírus do mosaico do fumo (VMP) e na germinação de sementes de trigo previamente estressadas.

Outras pesquisas importantes foram realizadas na Índia. Em um trabalho houve o controle da podridão de frutos por Fusarium roseum com o emprego da homeopatia Kali iodatum C149 e Thuya occidentalis C87. Em outra pesquisa o controle do VMP foi possível com as homeopatias Lachesis e Chimaphila (C200) (Bonato, 2007).
Algumas homeopatias obtidas em farmácias homeopáticas podem ser recomendadas para sintomas gerais que surgem nas plantas. Segundo Bonato (2006), a Arnica (CH6) é recomendada para plantas que sofreram algum tipo de estresse como uma poda, transplantio ou calor excessivo; Sulphur (CH4) pode ser empregado para fortalecer as defesas da planta, de forma preventiva, sendo indicado ainda para melhorar a absorção de elementos minerais; Nux vomica (CH4) para desintoxicação de plantas de agroquímicos, podendo ser empregada em lavouras em conversão agroecológica; Natrum muriaticum (CH6) melhora a aclimatação de plantas em não apropriados para seu crescimento; Phosphorus (CH4) pode ser empregado em solos com deficiência de fósforo, principalmente em solos em que o fósforo encontra-se adsorvido; Thuya (CH5) para controle de verrugose, ou excrescências nas folhas, frutos e caule; Carbo vegetalis (CH5) fortalecimento das plantas, para prevenir doenças; Calcarea carbônica (CH4) melhora a utilização de cálcio na planta; Staphysagria (CH5) para plantas suscetíveis a doenças e pragas devido ao melhoramento genético, pode ser utilizado para o controle de pragas como mosca-das-frutas.

Uma prática citada por Rezende et.al (2007) refere-se a desintoxicação do solo com o emprego de um nosódio do próprio solo da área a ser plantada. Esse nosódio é dinamizado do CH6 ao CH12 cabendo ao produtor adequar a dinamização ao melhor efeito. Pode ser empregado ainda os preparados Alumina e Calcarea carbonica nas dinamizações CH6.

Em trabalho com rabanete e a aplicação da homeopatia Sulphur, Bonato et. al. (2003), comprovou a utilização desta homeopatia, nas dinamizações CH5, CH12, CH 30 e MCH 1, como alternativa para o aumento da produtividade e melhoria das características das plantas com redução de insumos.

Uma ferramenta que vem sendo empregada para a comprovação da homeopatia é a fotografia Kirlian, hoje denominada bioeletrografia. A bioeletrografia capta o reflexo que as ondas de alta freqüência causam quando incidem sobre qualquer forma de vida. Quando da utilização de preparados homeopáticos a o campo eletromagnético anteriormente fotografado cresce em extensão e muda de coloração rapidamente, comprovando que o organismo foi acrescido de energia diferente da sua própria. (Bruno, 2007) O autor em trabalho com arruda (Ruta graveolens) comprovou a modificação da bioletrografia com o emprego das homeopatias Camphora e Arnica, nas dinamizações CH 5, 12 e 30.

Armond (2007) trabalhando com jambu (Acmella oleracea), capim limão (Cymbopogon citratus) e fortuna (Bryophyllum pinnatum) e oito homeopatias em dinamizações diferentes demonstrou que o efeito das homeopatias nestas plantas manifesta-se em picos, sendo necessárias mais pesquisas para que se estabeleçam as melhores dinamizações que favoreçam o desenvolvimento da planta. Neste trabalho pode ser constatada que a mesma homeopatia em diferentes dinamizações pode causar efeitos até mesmo opostos e a bioeletrografia também foi apropriada para comprovar os efeitos das homeopatias.

Rossi (2005) demonstrou a utilização de diferentes preparados homeopáticos em diferentes dinamizações em alface e morango. Entre outros resultados a utilização de Carbo vegetalis favoreceu o desenvolvimento vegetativo de mudas de morango.

Duarte(2007) trabalhando com duas espécies de eucalipto visando o incremento do teor de óleo essencial obteve bons resultados quando utilizou a homeopatia Phosphorus CH12, tanto em variáveis de crescimento quanto em plantas estressadas. Silva (2006) empregando as homeopatias Appis mellifica, Carbo vegetalis, Camphora, Aconitum, opium e Suplhur em diferentes tempos de exposição, em Sphagneticola trilobata, observou diferenças nas variáveis fotossintéticas. Appis mellifica incrementou a assimilação de CO2 conforme aumentaram-se as dinamizações. Marques (2007) trabalhando com milho e testes de vigor em sementes testou o emprego das homeopatias Antimonium crudum e Arsenicum álbum. A primeira homeopatia nas dinamizações CH10 e CH15 desenvolveram mais plantas normais que o controle e a segunda em algumas dinamizações (CH 12 e CH14) promoveram o aumento da massa fresca revertendo o processo de envelhecimento promovido pelo tratamento empregado Em experimentos com Justicia pectoralis foi observada a alteração do metabolismo primário, secundário e o campo eletromagnético da planta medicinal por utilização dos preparados homeopáticos. O teor de cumarina aumentou em aproximadamente 77% quando se aplicou, a própria planta, o Phosphorus, a Arnica montana, o Sulphur e o Ácido húmico. Esta alteração foi acompanhada pela modificação no padrão eletromagnético da planta medicinal (Andrade, 2000).

Carvalho et. al. (2005) observou a redução de partenolídeo em Tanacetum parthenium com a utilização da homeopatia Arnica montana nas dinamizações CH3 e CH5, apesar da altura e massa fresca não terem sido alteradas.

Baumgartner et. al. (2004) em trabalho com ervilha (Pisum sativum) utilizando-se de diferentes soluções homeopáticas de substâncias de crescimento comprovou o emprego destas substâncias para o desenvolvimento de plantas desta espécie. Os autores relatam ainda a necessidade de pesquisas nesta área para que se aprimorem os conhecimentos com a utilização da homeopatia.

Giesel (2007) utilizando preparados homeopáticos para o controle de formigas cortadeiras (Acromyrmex) obteve bons resultados quando empregou os preparados triturado e macerado de formiga.

Andrade (2000) empregando as homeopatias Arnica montana, Sulphur, e Phosporus, além das preparações homeopáticas de cumarina, guaco e ácido húmico buscou avaliar as respostas ao crescimento e a produção de cumarina em Justicia pectoralis, planta comumente conhecida como chambá. O crescimento das plantas não foi influenciado pelas homeopatias, porém o conteúdo de cumarina aumentou nas plantas que receberam os preparados homeopáticos quando comparando-se com a testemunha.


7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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Dossiê Técnico
Agrohomeopatia
DUTRA, Verano Costa
Rede de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro - REDETEC 28/6/2012
Resumo
A agrohomeopatia pode ser definida como a aplicação da ciência homeopática na agricultura e tem como objetivo de tratar de forma não agressiva, sem aplicação de agrotóxicos as plantas. Assim, este dossiê tem como objetivo de oferecer informações sobre como preparar tinturas-mãe, formas de aplicação dos medicamentos homeopáticos nas plantas, medicamentos homeopáticos incompatíveis, antídotos e complementares em relação aos policrestos, legislações pertinentes e fornecedores de insumos homeopáticos e tinturas.
Assunto
SERVIÇO DE PULVERIZAÇÃO E CONTROLE DE PRAGAS AGRÍCOLAS
Palavras-chave
Agricultura orgânica; agricultura; agroecologia; alimento orgânico; doença de planta; homeopatia; manejo orgânico
Salvo

1 INTRODUÇÃO
A agrohomeopatia é a aplicação da homeopatia na agricultura, com intuito de tratar de forma não agressiva pragas e enfermidades nos cultivos e criações, evitando o uso de agrotóxicos e medicamentos alopáticos (GRISA et al., 2007; ROSSI, 2009; TICHAVSKY, 2007).
Na homeopatia são utilizados medicamentos que são fabricados a partir do princípio da similitude, que vem do termo similia similibus curantur, que significa semelhante cura semelhante. Andrade (2000 apud ALMEIDA et al., 2003) esclarece que “a homeopatia é considerada a ciência das altas diluições, aplicável a todos os seres vivos”.
Figura 1 – Algumas apresentações do medicamento homeopático
Fonte: (CASBRITO, 2010)
Os medicamentos homeopáticos podem apresentar diversas origens, como animal, vegetal e mineral (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA), 2011; HOMEOPATIA, 2004). Na homeopatia e consequentemente na agrohomeopatia, as preparações e os medicamentos utilizados são preparados a partir de doses ultradiluídas de substâncias que geram a mesma enfermidade em um ser saudável em concentrações maiores, para que assim o próprio organismo doente seja estimulado e promova a cura.
Figura 2 – Fatores que afetam nas plantas e a ação do medicamento homeopático
Fonte: (BONATO; PERES, 2007 apud LORENZETTI, [200-?])
No Brasil, o uso da homeopatia na agricultura está autorizado pela Instrução Normativa nº 64, de 18 de dezembro de 2008, que aprova o Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção Animal e Vegetal (BRASIL, 2008; BONATO; PROENÇA; REIS,

A Instrução Normativa nº 64 revela que os preparados homeopáticos são permitidos na prevenção e tratamento de enfermidades dos animais orgânicos, bem como o manejo e controle de pragas e doenças nos vegetais em sistemas orgânicos de produção, nos anexos III e VIII, respectivamente (AZEVEDO, [200-?]; BRASIL, 2008).
2 TINTURA-MÃE (TM)
Segundo a Farmacopeia Homeopática Brasileira, tintura-mãe é uma preparação líquida, resultante da ação dissolvente e/ou extrativa de um insumo inerte adequado sobre uma determinada droga, podendo ser preparada com vegetais ou animais (ANVISA, 2011). A tintura-mãe é uma forma farmacêutica que origina diversas formas e diluições de medicamentos homeopáticos.

Figura 3 – Tintura-mãe
Fonte: (BOAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS, 2009)
2.1 Tintura-mãe de origem vegetal
O preparo de tintura-mãe de origem vegetal pode ser realizado com o vegetal fresco ou dessecado, utilizando vegetal inteiro, parte ou secreção (ANVISA, 2011). O etanol em diferentes graduações é utilizado como o insumo inerte no preparo da TM (ANVISA, 2011).
Utiliza-se a graduação alcoólica determinada pela monografia da planta ou pela Farmacopeias. A Farmacopeia Homeopática Brasileira 3ª edição, revela que se não houver detalhes em relação ao teor alcoólico na monografia, usa-se 60% (v/v) início da extração e 55% (v/v) a 65% (v/v) ao final da extração, obedecendo a orientação apresentada na Tabela 1 (ANVISA, 2011).
Tabela 1 – Farmac. Homeopática Brasileira 3ª edição – Graduação de etanol – 2011
CONCENTRAÇÃO DE RESÍDUO SÓLIDO
GRADUAÇÃO DE ETANOL UTILIZADO
Até 29%
90% (p/p)
< 20%
20% (p/p)
Entre 30% - 39%
80% (p/p)
≥ 40%
70% (p/p)
Fonte: (ANVISA, 2011)
Para a determinação do resíduo sólido de vegetal fresco, a Farmacopeia Homeopática Brasileira indica os seguintes procedimentos:
Tomar uma amostra de peso definido de vegetal fresco, fracioná-la em fragmentos suficientemente reduzidos, deixando-a em estufa à temperatura entre 100°C e 105, até peso constante, salvo quando houver outra especificação na monografia. Calcular a porcentagem do resíduo sólido na amostra. Calcular o peso total do resíduo sólido contido no vegetal fresco.

DOSSIÊ TÉCNICO
5 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT
Para se calcular o volume final de tintura-mãe a ser obtido, multiplicar o valor do resíduo sólido contido no vegetal fresco por dez (10). O volume do líquido extrator a ser adicionado será equivalente ao volume final de tintura-mãe a ser obtido subtraído do volume de água contido no vegetal fresco (ANVISA, 2011).
A relação droga/insumo inerte deve ser na proporção 1:10 (p/V) (10%), e como método de extração a tintura-mãe pode ser preparada por maceração ou percolação (ANVISA, 2011).
MACERAÇÃO PERCOLAÇÃO Vegetal utilizado Fresco ou dessecado. Dessecado. Pré-processo Para o vegetal fresco: determinar o resíduo sólido para obtenção do título alcoólico do líquido extrator e cálculo do volume total de TM a ser preparado. Para o vegetal dessecado: seguir as orientações da respectiva monografia. - Processo O vegetal (fresco ou dessecado) deve ser dividido e deixado em contato com 85% do volume total do líquido extrator por 15-20 dias em vidro âmbar. Durante esse período o recipiente deve ser agitado diariamente. Após o período de contato do vegetal com o líquido extrator, deve-se prensar o resíduo, realizar a filtração. Juntar o líquido resultante desta operação, àquele anteriormente filtrado. Acrescentar ao resíduo de prensagem quantidade suficiente de líquido extrator, que deve ser misturado e prensado novamente, em seguida, filtrar e completar o volume final a ser obtido. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenado. A droga vegetal dessecada deve ser finamente dividida e tamisada em tamis 40 ou 60. O vegetal tamisado deve ser adicionado em vidro âmbar e bem vedado, por um período de 4 horas, com o líquido extrator em quantidade equivalente a 20% do peso da droga para umedecer o pó. O conteúdo resultante deve ser transferido para percolador de capacidade ideal. Acrescenta-se volume suficiente de líquido extrator para obtenção da quantidade almejada de TM. Deixar em contato por 24 horas. Em seguida, deve-se percolar, à velocidade de 8 gotas/minuto para cada 100 g da droga. O líquido obtido deve ser misturado e caso necessário adiciona-se quantidade suficiente de líquido extrator para completar o volume. O produto resultante é deixado em repouso por 48 horas, depois, filtrado e armazenado. Conservação Vidro âmbar, bem fechado, ao abrigo da luz e à temperatura ambiente. A TM também deve ser armazenada fora do alcance de odores fortes e de fontes de energia eletromagnética como transformadores, micro-ondas e computadores. Prazo de validade Deve ser determinado, caso a caso.
Quadro 1 – Preparação de TM de origem vegetal
Fonte: (ANVISA, 2011; BRASIL, 1997; CADERNO, 2009; TICHAVSKY, 2007)
Agrohomeopatia

2.1.1 Drogas de origem vegetal
Para o uso de plantas no preparo de medicamentos homeopáticos, a Farmacopeia Homeopática Brasileira destaca algumas características como (ANVISA, 2011):
Não possuir contaminação e sinais de deterioração; Se utilizar plantas inteiras, estas devem ser coletadas no período de floração; Para folhas, deve se atentar o uso destas, após o desenvolvimento completo e antes da floração. Para folhas jovens, podem se usadas após a eclosão dos brotos; Brotos, no momento da eclosão; Utilizar flores antes do desabrochar total; Para caule e ramos podem ser utilizados, porém apenas após o desenvolvimento das folhas, mas antes da floração; Utilizar cascas de plantas resinosas, apenas na fase de desenvolvimento de das folhas e brotos. Já as cascas de plantas não resinosas são utilizadas para plantas jovens; Madeira ou lenho de plantas jovens desenvolvidas; As raízes de plantas anuais ou bi-anuais devem ser utilizadas apenas no final do período vegetativo, já as raízes de plantas perenes, devem ser usadas antes de completar seu ciclo vegetativo; Para frutos e sementes em sua maturidade.
2.2 Tintura-mãe de origem animal
Quando utilizado são utilizados produtos biológicos, como insetos, fungos, vírus entre outros nas preparações medicamentosas de uso homeopático, o produto obtido é conhecido como bioterápico (ANVISA, 2011; HOMEOPATIA, 2004) ou nosódio (CADERNO, 2009; HOMEOPATIA, 2004).
Na agrohomeopatia os “nosódios de pragas (percevejo, lagarta, formiga, besouros, etc.), fungos (antracnose, ferrugem, etc.) e vírus”, são bastante utilizados (HOMEOPATIA, 2004).
Para o preparo de tintura-mãe de origem animal a Farmacopeia Homeopática Brasileira revela que utiliza-se como droga: o “animal vivo, recém sacrificado ou dessecado”, podendo ser utilizada o “animal inteiro, parte ou secreção” (ANVISA, 2011).
Como insumo inerte utilizam-se:
Etanol (65 a 70% (p/p)); Mistura de etanol, água e glicerina (1:1:1); Mistura de água e glicerina (1:1); Ou outro especificado na respectiva monografia (ANVISA, 2011).
Para o preparo de tintura-mãe na relação droga/insumo inerte: 1:20 (p/V) (5%) utiliza-se o processo de maceração (ANVISA, 2011).
Na maceração a droga animal (fragmentado ou não, conforme a monografia) deve ficar em contato entre 15 e 20 dias com quantidade suficiente de líquido extrator em vidro âmbar. Após o período de contato da droga com o líquido extrator, deve-se realizar filtração “[...] sem promover a expressão. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente” (ANVISA, 2011).
Semelhante à tintura-mãe de origem vegetal a TM de origem animal também deve ser conservada em vidro âmbar, protegida da luz e do calor, além de ser armazenada fora do alcance de odores fortes e de fontes de energia eletromagnética (ANVISA, 2011; TICHAVSKY, 2007). O prazo de validade também deve ser determinado caso a caso (ANVISA, 2011).

Figura 4 – Exemplo de preparo de Tintura-mãe de origem animal
Fonte: (HOMEOPATIA, 2004)
3 APLICAÇÃO NAS PLANTAS
Os medicamentos agrohomeopáticos devem ser preparados a partir da tintura-mãe de origem vegetal ou animal pelo método hanemanniano, método korsakoviano ou pelo método de fluxo contínuo, de acordo com os procedimentos estabelecidos pela Farmacopeia Homeopática Brasileira (ANVISA, 2011). Porém, o método mais utilizado para o preparo de medicamento agrohomeopáticos é o hanemanniano.
Para aplicar o medicamento homeopático nas plantas o método mais comum é o uso de regador ou pulverizados (CADERNO, 2009; HOMEOPATIA, 2004; TICHAVSKY, 2007).

7 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT
Figura 4 – Exemplo de preparo de Tintura-mãe de origem animal
Fonte: (HOMEOPATIA, 2004)
3 APLICAÇÃO NAS PLANTAS
Os medicamentos agrohomeopáticos devem ser preparados a partir da tintura-mãe de origem vegetal ou animal pelo método hanemanniano, método korsakoviano ou pelo método de fluxo contínuo, de acordo com os procedimentos estabelecidos pela Farmacopeia Homeopática Brasileira (ANVISA, 2011). Porém, o método mais utilizado para o preparo de medicamento agrohomeopáticos é o hanemanniano.
Para aplicar o medicamento homeopático nas plantas o método mais comum é o uso de regador ou pulverizados (CADERNO, 2009; HOMEOPATIA, 2004; TICHAVSKY, 2007).
Figura 5 –Aplicação de medicamento homeopático na plantação de tangelo
Fonte: (OSPINA, 2011)
No quadro 2 é apresentado o método de como preparar o medicamento para a aplicação nas plantas.

MÉTODO DE APLICAÇÃO DOS PREPARADOS AGROHOMEOPÁTICOS Diluir 6mL do medicamento homeopático na potência desejada, em 1 L de álcool; Por meio de agitação a solução é homogeneizada; Retirar 100 mL da solução homogeneizada de medicamento homeopático e álcool; A solução retirada deve então ser colocada no pulverizador com 20 L de água.

Quadro 2 – Passo a passo de aplicação dos preparados agrohomeopáticos
Fonte: (CADERNO, 2009; HOMEOPATIA, 2004)

Figura 6 – Exemplo de forma de aplicação da agrohomeopatia
Fonte: (HOMEOPATIA, 2004)
3.1 Recomendações para aplicação
Rezende (2003 apud ROSSI, 2009) recomenda os seguintes cuidados ao manipular, armazenar e usar medicamentos homeopáticos:
1- Usar vidro de cor âmbar (escura). Se usar vidro claro (vidro comum) manter sempre envolvido com papel escuro. As tinturas e preparados homeopático devem ficar sempre no escuro.
2- Não colocar em lugares com cheiro forte, nem usar naftalina em casa (a naftalina é tóxica).
3- Não deixar em cima de aparelhos elétricos (televisão, geladeira, etc.)
4- Esterilizar os frascos de vidros a serem usados.
5- Usar água pura e limpa e álcool de cereais.
6- Água pura e limpa pode ser a água destilada, ou a água fervida por 30 (trinta) minutos no mínimo.
7- Não usar vasilhas de metal ou alumínio.

8- Não reutilizar frascos plásticos, ainda que seja com a mesma homeopatia.
9- Deve ser usado pulverizador (bomba) novo que nunca tenha sido usado agrotóxicos, e que fique separado destinado somente às homeopatias. Que seja marcado/identificado/pintado (REZENDE, 2003 apud ROSSI, 2009).
Pode-se ainda indicar os seguintes cuidados em relação à aplicação: Tichavsky (2007) sugere que o preparo de grandes quantidades de medicamentos agrohomeopáticos sejam preparados na noite anterior à aplicação; De forma geral, são utilizados medicamentos nas potências de 5 ou 6CH (CADERNO, 2009); A pulverização deve ser realizada “sempre de manhã, nas primeiras horas do dia, tão logo haja visibilidade no meio rural” (CADERNO, 2009). Tichavsky (2007) esclarece que alguns medicamentos homeopáticos, como o sulphur, pode promover queimaduras nas plantas, quando aplicado ao Sol; Não aplicar o medicamentos homeopáticos em dias chuvosos (TICHAVSKY, 2007); “Ao mudar de homeopatia, lavar cuidadosamente o pulverizador com água. Na última lavagem usar álcool de modo que em todas as paredes internas do pulverizador o álcool tenha tido contato e tenha enxaguado” (CADERNO, 2009).
4 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DA AGROHOMEOPATIA
4.1 Redução da população de lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)
Almeida et al. (2003) informam que a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) “é a principal praga da cultura do milho no Brasil” e sugerem que os preparados homeopáticos Spodoptera 30CH e Euchlaena 6CH podem reduzir “a população de S. frugiperda nos estádios de quatro, seis e oito folhas completamente desenvolvidas, com nível satisfatório de controle”.
No artigo de Almeida et al. (2003) os preparados homeopáticos foram aplicados da seguinte forma:
A diluição utilizada foi de dez gotas de cada preparado homeopático em 500 mL de água. A aplicação nas plantas foi feita via pulverização, [...]. Cada preparado foi aplicado com pulverizadores distintos, para evitar que resíduos de um preparado interferissem nos tratamentos seguintes. A [frequência] de aplicação foi de quatro dias até as plantas atingirem o estádio de oito folhas completamente desenvolvidas, inclusive no tratamento testemunha, que foi pulverizado somente com água (ALMEIDA et al., 2003).
4.2 Controle de pragas
Para o controle de bicho-de-fruta, lagartas, pulgões, de formigas, vaquinha de feijão e cigarrinha, recomenda-se preparar a tintura-mãe de acordo com o método descrito para tintura-mãe de origem animal e em seguida, preparar as dinamizações e pulverizar as plantas (HOMEOPATIA, 2004).
4.3. Preparo de bioterápico para tratar doenças de folhas
Recomenda-se “para doenças das folhas utilizar o preparado de cinza vegetal (tem que ser feito a partir das folhas da plantação)” (HOMEOPATIA, 2004). E preparar a tintura-mãe de origem vegetal, as dinamizações e pulverizar as plantas.
4.4 Sulphur nas potências 3-6 CH
Segundo Tichavsky (2007) o uso do medicamento sulphur na potência de 3 a 6 CH pode ser aplicado para início das atividades agrohomeopáticas em qualquer tipo de terreno, além de facilitar a ação de outros medicamentos homeopáticos.

4.5 Biopreparado da terra nas potências de 3-6 CH
O biopreparado do próprio terreno pode ser utilizado nas potências entre 3 a 6 CH e também pode ser utilizado para iniciar atividades agrohomeopáticas, com o objetivo de promover a desintoxicação e equilíbrio da fertilidade da terra (TICHAVSKY, 2007).
Para o biopreparado da terra Tichavsky (2007) recomenda prepara a tintura-mãe com amostras da terra em solução hidroalcoólica em recipiente adequado por 2 semanas, após esse período, realizar filtração e a dinamização até a potência desejada (TICHAVSKY, 2007).
4.6 Complexo de calcareas nas potências 3-6 CH
Outro exemplo de medicamento que pode ser utilizado para iniciar a agrohomeopatia no cultivo é o complexo de calcareas, formado por calcarea carbonica, calcarea sulphurica, calcarea phosphorica e calcarea fluorica, nas potências 3-6 CH pode ser utilizado para fortalecer e estimular o crescimento das plantas (TICHAVSKY, 2007).

4.7 Controle da pinta preta do tomateiro
A pinta preta do tomateiro é considerada uma das principais doenças das folhas e frutos do tomateiro, causada pelo fungo Alternaria solani (ROLIM et al., 2005). Rolim et al. (2005), sugerem “a eficiência de controle de pinta preta do tomateiro pela aplicação de bioterápico feito com o próprio patógeno A. solani, nas dinamizações CH30 e CH60 e dos preparados Phosphorus CH30 e Staphysagria CH30”.
No artigo apresentado por Rolim et al. (2005) cada 0,20mL dos medicamentos homeopáticos diluídos em 100mL de água podem ser pulverizados “na planta toda até o ponto antes do escorrimento”. Cada medicamento homeopático utilizado foi aplicado em tomateiros diferentes.
4.8 Controle de ácaro vermelho do tomateiro
O ácaro vermelho promove diminuição de produtividade de diversas culturas, como no cultivo de tomate, abacate, café, manga, nogueira e chá (FLECHTMANN, 1979 apud ROLIM; HOJO; ROSSI, 2005).
Conforme o estudo de Rolim, Hojo e Rossi (2005) sugere, os medicamentos homeopáticos Staphysagria CH30 e Thuja occidentalis CH200, controlam de forma satisfatória o ácaro vermelho no tomateiro. Ressalte-se que as preparações Staphysagria CH30 e Thuja occidentalis CH200, foram aplicadas cada um em plantas diferentes.
De acordo Rolim, Hojo e Rossi (2005) revelam, as preparações homeopáticas podem ser pulverizadas (0,3mL/L), duas vezes ao dia, durante doze dias.
4.9 Carbo vegetabilis na potência 100CH
Arenales (1998 apud ROSSI et al., 2006) explica que o Carbo vegetabilis auxilia no “re-equilíbrio de plantas submetidas a geadas e a quebra de dormência de algumas sementes”.
Rossi et al. (2006) sugerem que o Carbo vegetabilis na potência 100CH “foi responsável por equilibrar as mudas produzidas em ambiente estressante”, pois teriam promovido o aumento da “massa seca da parte aérea produzida à sombra e a quantidade de mudas desenvolvidas no campo após 15 dias do transplante”.
Para o tratamento, o Carbo vegetabilis 100CH foi aplicado após diluição na “na proporção de 0,5mL por litro de água destilada, sendo aplicado via pulverização até ponto de escorrimento”, a aplicação foi a partir dos sete dias após emergência, três vezes por semana até o 28º dia (ROSSI et al., 2006).

4.10 Arnica montana na potência 6 CH
Ressalte-se no estudo apresentado por Grisa et al. (2007) que a Arnica montana na potência 6 CH não apresenta influência significativa no aumento de número de folhas ou na altura da planta.
No entanto, de acordo com Grisa et al. (2007) a Arnica montana nas potências 6 CH pode ser utilizado no cultivo orgânico de alfaces, proporcionando aumento do peso de matéria seca da parte aérea contribuindo para um “incremento produtivo da alface”.
4.11 Aumento do teor de óleo essencial nas plantas de menta
Conforme os resultados apresentados no artigo de Bonato, Proença e Reis (2009) sugerem o Sulphur 6CH e Arsenicum album 6, 12, 24 e 30CH aumentam o teor de óleo essencial nas plantas de menta. Porém, o mesmo estudo indica que o Arsenicum album nas dinamizações 24 e 30CH, aumentam a biomassa fresca (BONATO; PROENÇA; REIS, 2009).
Bonato, Proença e Reis (2009) informam que 250mL de cada medicamento homeopático foi aplicado semanalmente por 98 dias em vasos distintos com menta.

5 MATÉRIA AGROHOMEOPÁTICA BÁSICA
De acordo com Tichavsky (2007), para atender especificamente cada cultivo é necessário a consulta do repertório ou da matéria agrohomeopática que revela quais medicamentos homeopáticos disponíveis.
Tichavsky (2007) informa detalhes de diversos policrestos, ou seja, medicamentos de ação ampla, utilizados na agrohomeopatia, como: a Arnica montana, Calcarea carbônica, Carbo vegetabilis, Chamomilla, Ferrum phosphoricum, Kali carbonicum, Magnesia carbônica, Natrum muriaticum, Nitri acidum, Phosphorus, Pulsatila nigricans, Silicea terra e Sulphur.
5.1 Indicações
Segue um resumo das indicações de diversos policrestos indicados por Tichavsky (2007):

a) Arnica montana
Para traumatismos físicos, seja por cortes, podas ou causas naturais; Problemas de adaptação das plantas no caso de mudanças bruscas de temperatura; Traumatismos mecânicos, derrames de seiva, cortes de ramas ou raízes.
b) Calcarea carbonica
Contribui para a rigidez do tronco, das folhas e na consistência da epiderme das plantas e dos frutos; Mantém a acidez da planta em seus limites; Importante para o metabolismo hídrico.
c) Carbo vegetabilis
Relacionado com os processos de decomposição de húmus e a capacidade de absorção de nutrientes; Aumenta a resistência da planta ao frio e geadas; Aumenta a resistência à deficiência hídrica, mudanças de temperatura das plantas que sofreram ataque de insetos desfolhadores; Previne a queda prematura e ausência de frutos ou flores; Auxilia no crescimento das plantas cultivadas em solos muito compactados.

d) Chamomilla
Aumento da absorção de nitrogênio; Descontaminação de solos e plantas no caso de sobrefertilização; Estimula o crescimento.
e) Ferrum phosphoricum
Combate à podridões em geral; Melhora na circulação de líquidos nas extremidades das plantas.
f) Kali carbonicum
Combate à danos nas raízes; Ao aplicar na epiderme seca é utilizado tratamento de: falta de crescimento, deformações promovidas pelas atividades de insetos, fragilidade do tronco ou das folhas, raízes danificadas, murchamento em altas temperaturas, pontos vermelhos e amarelos nas folhas, flores malformadas, pétalas descoloridas, ausentes ou deformados, floração retardada, excessiva, defeituosa e ausente.
g) Magnesia carbonica
Estimula a floração; Aumenta a sensibilidade da planta à baixas temperaturas.

h) Natrum muriaticum
Equilíbrio nutricional de fósforo e potássio; Melhora na absorção de nutrientes; Para casos em que a suspenção da fertilização afeta a nutrição da planta; Excesso de salinidade no solo.
i) Nitri acidum
Contaminação por mercúrio; Quando a calcarea carbonica não gera resultados.
j) Phosphorus
Desenvolvimento de novos tecidos, brotos e folhas; Deficiências nutricionais; Excesso de cálcio, cobre, ferro, magnésio, manganésio, molibdênio e zinco.
k) Pulsatila nigricans
Estimulação de tecidos; Mau odor.
l) Silicea terra
Estimulação do crescimento; Contra ataques de mofos ou outros fungos.
m) Sulphur
Facilita a ação de outros medicamentos; Contaminação do solo pelo uso agrotóxicos; Manejo de doenças virais, bacteriológicas e as causadas por fungos; Crescimento e estimulação do cultivo de cebola e alho.

5.2 Medicamentos incompatíveis, antídotos e complementares
O quadro 3 apresenta uma relação de medicamentos homeopáticos incompatíveis, antídotos e complementares em relação aos policrestos indicados por Tichavsky (2007).
MEDICAMENTOS INCOMPATÍVEIS MEDICAMENTOS ANTÍDOTOS MEDICAMENTOS COMPLEMENTARES Arnica montana Acidum aceticum Camphora e ignatia amara Apis, bryonia, calcarea carbónica, hypericum perforatum, ledum palustre, natrum suphuricum, psorinum, rhus toxicodendron, spigelia, sulphur, acid sulhuricum e veratrum album Calcarea carbonica Baryta carbónica, bryonia, kali bicromica, natrum carbonicum, nitric acid e sulphur Bismuthium, bryonía, camphora, china, coffea, digitalis, hepar sulphur, iodum, ipeca, mezereum, nitric acid, nicric sulphuricum, nux vomica, sepia e sulphur Argentum nítricum, belladona, bufo rana, chamomila, china, cina, cuprum, dulcamara, graphitis, lachesis, lycopodium, podophylium, pulsatilla, rhus toxicodendron, silicea terra, spigelium e teucrum Carbo vegetabilis Carbo animalis e creosotum Ambarum, arsenicum, camphora, causticum, cina, coffea, dulcamara ferrum metallicum, lachesis, mercurius vivus, natrum muriaticum e nitro spiritus dulcis Aesculum, arsenicum album, china offinalis, cicuta aquatica, cistus canadiensis, crotalus horribilis, drosera, kali carbonica, lycopodium clavatum, acidum muriaticum, phospohorus, sepia succus e veratrum album Chamomilla Causticum, nux vomica, phosphorus e zincum metallicum Aconitum, allium cepa, alumina, borax, camphora, causticum, china, coffea, cocculus, colocynthis, conium maculatum, ignatia amara, mercurius, nux vomica pulsatilla e valeriana - Ferrum phosphoricum Natrum muriaticum Arnica, arsenicum, belladona, china, ipeca, pulsatilla e veratrum Kali muriaticum, natrum muriaticum Kali carbonicum - Camphora, coffea, dulcamara e nitgro spiritus dulces Acidum nitricum, arsenicum iodatum, bromium, china, colocynthis, carbo vegetabilis, lycopodium, natrum carbonicum, natrum muriaticum, nux vomica, phosphorus e sepia Magnesia carbonica - Arsenicum bryonia, chamomilla, colocynthis, mercurium, nux vomica, pulsatilla e rheum Lycopodium e rhus toxicodendron Natrum muriaticum - Argentum nitricum, arsenicum, camphora, carbo vegetabilis, conium, nux vomica, phosphorus e sepia apis, belladona, bryonia, calcaria phosphorica, capsicum, hina, ferrum phosphoricum, ignatia amara, kali carbonicum, lycopodium, natrum sulphuricum, podophylium, sépia e thuja occidentalis Nitri acidum Lachesis Hepar sulphur, calcarea carbónica, mercurium e mezereum Arsenicum álbum e caladium.

Phosphorus Apis, causticum, chamomilla, rhus toxicodendron Arsenicum, calcarea carbónica, camphora, chamomilla, chloroformium, coffea, mezereum, nux vomica, psorinum, sépia e therebinthiniae oleum Aconitum, alium cepa, arsenicum, arsenicum yodatum, bryonia, calcarea carbónica, carbo vegetabilis, china, cistus canadensis, comocladia dentata, cuprum, ipeca, kali bicromicum, kali carbonicum, kreosotum, lachesis, lepidium bonarense, lycopodium, nux vomica, opium, petroleum, pulsatilla, sanguinaria, sepia, silicea terra e sulphur Pulsatilla nigricans Acidum aceticum Aconitum napellus, ammonium carbonicum, amonium muriaticum, arsenicum, amphora, china officinalis, cicuta aquatica, coffea, ferrum metallicum, ignatia amara, ipecacuanha e senega Apis, bryonia, calcarea carbónica, hypericum perforatum, ledum palustre, natrum suphuricum, psorinum, rhus toxicodendron, spigelia, sulphur, acid sulhuricum e veratrum album Silicea terra Mercurium e nux vomica Calcaria suplhurica, camphora, acid fluoricum, hepar sulphur e sulphur Baryta carbonica, causticum, gelsemium, ignatia amara, kali bicromica, kali carbónica, ledum, mercurium, natrum carbonicum, natrum muriáticum, nux vomica, petroleum, phosphorus, psorinum, pulsatilla, ruta graveolens, sepia, thuja, sulphur e teucrum Sulphur Nux vomica e natrum carbonicum Aconitum, arsenicum, causticum, chamomilla, china, coffea, conium, hypericum, mercurium, pulsatila, rhus toxicodendron, sepia, silicea terra e thuja Aloe e aconitum
Quadro 3 – Incompatibilidade, antídotos e complementaridade dos medicamentos homeopáticos
Fonte: (TICHAVSKY, 2007)
6 LEGISLAÇÕES
Recomenda-se o acesso às seguintes legislações:
Instrução Normativa nº 3, de 11 de abril de 2007. Dispõe sobre a “Lista de Referencias Bibliográficas Para Avaliação de Segurança e Eficácia de Medicamentos

Dinamizados”. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Portaria n° 1.180, de 19 de agosto de 1997, aprova a segunda edição da Farmacopeia Homeopática Brasileira (Parte I). Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Portaria nº 1.015, de 20 de julho de 2011. Aprova o Regimento Interno da Comissão da Farmacopeia Brasileira e revoga o Anexo da Portaria Nº 782, de 27 de junho de 2008. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
RDC n° 151, de 17 de junho de 2003, aprova o Fascículo 1 da Parte II, da 2ª Edição da Farmacopéia Homeopática Brasileira, em anexo, elaborado pela Comissão

nº 12, de 20 de janeiro de 2000. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
RDC n° 37 de 6 de julho de 2009 que trata da admissibilidade das Farmacopeias estrangeiras. Disponível em: <3http: admissibilidade="" armacop="" connect="" da="" das="" estrangeiras..pdf="" f4b7ce0043a1849c869feed956f63ca1="" ias="" portal.anvisa.gov.br="" rata="" wcm="" wps="">. Acesso em: 28 jun. 2012.
Resolução n° 39, de 02 de setembro de 2011, que aprova a Farmacopeia Homeopática Brasileira, terceira edição e dá outras providências. Disponível em:
. Acesso em: 28 jun. 2012.
7 FORNECEDORES DE INSUMOS HOMEOPÁTICOS E TINTURAS
Segue abaixo alguns fornecedores de insumos homeopáticos e tinturas:
Laboratório H&N Cristiano
Telefone: 11 2979.9868
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Laboratório Schraiber
Rua Maria Catur, 208, Vila Cretti
CEP 06317-290 Carapicuíba – SP
Telefone: (11) 4184.4522
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Natural Pharma Produtos Farmacêuticos Ltda
Rua Floresta Clube, 229, São João Clímaco
CEP 04256-320 São Paulo – SP
Telefone: (11) 2948-8300
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Opção Fênix Distribuidora de Insumos Ltda.
Rua Presidente Bernardes, 95, Vila Bancária
CEP 02757-000 - São Paulo – SP
Telefone: (11) 3922-2600
E-mail:
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Pharma Nostra Comercial Ltda
Rua Aquidabã, 1.144, Méier
CEP 20720-290 Rio de Janeiro – RJ
Fone (21) 2141-1555 Fax (21) 2141-1555
E-mail:
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Quimer Ervas e Especiarias
R. Andaraí, 799, V. Maria
CEP , 02117-001 São Paulo – SP
Telefone: (11) 2955-8800
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.

Conclusões e recomendações
Conclusões e recomendações
Para o preparo de medicamentos homeopáticos deve-se seguir as orientações farmacotécnicas determinadas pela Farmacopeia Homeopática Brasileira e as legislações vigentes.
Sugere-se acessar o site www.respostatecnica.org.br e realizar a busca em “Busca Avançada” no Banco de Respostas, utilizando o código do Dossiê “5435”, deixando marcado apenas a opção “Dossiês Técnicos” para encontrar o arquivo disponível que trata da Farmacotécnica Homeopática.
Ressalta-se que as legislações indicadas podem passar por atualização, e que a procura por eventuais alterações é de responsabilidade do cliente. Lembrando que devem ser consideradas as legislações estaduais e municipais, quando houver, devendo ser obedecida a que for mais restritiva.
Recomenda-se providenciar o contato com as instituições abaixo indicadas que poderão fornece-lhe outras informações.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
Setor de Indústria e Abastecimento Trecho 5, Área Especial 57, Bloco E, 1° andar, sala 4
CEP 71205-050 Brasília – DF
Telefone: 0800-642-9782
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia
Rua das Palmeiras, 90, Botafogo
CEP 22.270-070 Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 2253-8317
E-mail:
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Associação Brasileira de Agroecologia – ABA
Estrada da Aldeia, km 5,5, Aldeia dos Camarás
CEP 54792-992 Camaragibe – PE
E-mail:
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Associação de Agricultura Orgânica – AAO
Av. Francisco Matarazzo, 455, Prédio do Fazendeiro, Sala 24, Parque da Água Branca
CEP 05001-970 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3875-2625
E-mail:
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Associação Brasileira dos Distribuidores e Importadores de Insumos Farmacêuticos
Rua Afonso Celso, 1221, Cj 61, Vila Mariana
CEP São Paulo – SP
Telefone: (11) 5071-1681
E-mail:
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas – ABFH
Rua Dr. Neto de Araújo 397, A Conjunto 01Y, Vila Mariana
CEP 04111-001 São Paulo – SP
Telefone: (11) 5574-5278
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais – ANFARMAG
Rua Vergueiro 1855, 12° andar, Vila Mariana

CEP 04101-000 São Paulo – SP
Telefone: (11) 2199-3499
E-mail:
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Centro de Estudos Avançados em Homeopatia – CESAHO
Av. Carlos Martins Sodero, 269, Vila Independência
CEP 13418-385 Piracicaba – SP
Telefone: (19) 3435-2514
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil – CONFAEAB
Av. W3 Norte, Quadra 516, Bloco A, Salas 502/503
Telefone: (61) 3349-1001 / 3349-5009
CEP 70770-515 Brasília – DF
E-mail:
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – CONFEA
Av. W/3, SEPN 508, Bloco A.
CEP 70740-541 Brasília – DF
Telefone: (61) 2105-3700
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Conselho Federal de Farmácia – CFF
SHCGN-CR 712/713, Bloco G, Loja 30
CEP 70760-670 Brasília – DF
Telefone: (61) 2106-6552
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
Esplanada dos Ministérios, Bloco D
CEP 70043-900 Brasília – DF
Telefone: (61) 3218-2828
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
Rede Regional de Agroecologia Mantiqueira-Mogiana
Site: . Acesso em: 28 jun. 2012.
O SBRT não se responsabiliza pelos serviços a serem prestados pelas entidades/profissionais indicados. A responsabilidade pela escolha, o contato e a negociação caberão totalmente ao cliente, já que o SBRT apenas efetua indicações de fontes encontradas em provedores públicos de informação.

Referências
Referências
ALMEIDA, A.A. et al. Tratamentos homeopáticos e densidade populacional de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) em plantas de milho no campo. Rev. Bras. de Milho e Sorgo, Sete Lagoas, v. 2, n. 2, p. 1-8, 2003. Disponível em: . Acesso: 28 jun. 2012.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Farmacopeia Homeopática Brasileira. 3ª edição. Brasília: ANVISA, 2011. Disponível em:
. Acesso em: 28 jun. 2012.
AZEVEDO, P. Agrohomeopatia: Homeopatia aplicada à agricultura e pecuária. [200-?]. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
BOAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS. Fazendo Tintura-Mãe. [S.I.], 2009 .Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
BONATO, C.M.; PROENÇA, G.T.; REIS, B. Homeopathic omeopathic drugs Arsenicum album and Sulphur affect the growth and essential oil content in mint (Mentha arvensis L.). Acta Scientiarum. Agronomy, Maringá, v. 31, n. 1, p. 101-105, 2009. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
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BRASIL. Agência Nacional De Vigilância Sanitária. Portaria n° 1.180, de 19 de agosto de 1997, aprova a segunda edição da Farmacopéia Homeopática Brasileira (Parte I). Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 04 set. 1997. Disponível em: . Acesso em: 28 jul. 2012.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa Nº 64, de 18 de dezembro de 2008, aprova o Regulamento Técnico para os sistemas orgânicos de produção animal e vegetal. Diário Oficial da União, Brasília, 19 dez. 2008. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
CADERNO de Homeopatia – Instruções práticas geradas por agricultores sobre o uso da homeopatia no meio rural. Viçosa: Produtores Orgânicos da Região da Vertente do Caparaó, 2009. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
CASBRITO. Como são apresentados os medicamentos homeopáticos. [S.I.], 2010. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
GRISA, S. et al. Crescimento e produtividade de alface sob diferentes potências do medicamento homeopático arnica montana. Rev. Bras. de Agroecologia, Cidade, v. 02, n. 02, out., 2007. Disponível em: . Acesso em: 28jun. 2012.

HOMEOPATIA Simples – alternativa para pequenos agricultores. Maringá: Grupo de Estudos de Homeopatia na Agricultura Alternativa, 2004. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
LORENZETTI, E.R. Agrohomeopatia – uma nova ferramenta ao alcance do agricultor. [S.I.], [200-?]. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
OSPINA, L.M. Agro homeopatía: manejo homeopático de plagas en arboles de tangelo . Dra. Liliana María Ospina L. MVH UDCA-FICH. [S.I.], 2011. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
ROLIM, P.R.R. et al. Preparados homeopáticos no controle da pinta preta do tomateiro. Hortic. Bras., Brasília, v. 23, n. 2, Suplemento - CD Rom, ago., 2005. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
ROLIM, P.R.R.; HOJO, H.; ROSSI, F. Controle de ácaro vermelho do tomateiro por preparações homeopáticas. In: 45°CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 2005, Fortaleza, Anais... Fortaleza: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Universidade Federal do Ceará (UFC), 2005. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
ROSSI, F. et al. Aplicação do medicamento homeopático Carbo vegetabilis e desenvolvimento das mudas de alface. Cultura homeopática, São Paulo, n. 17, p. 14-17, out./nov./dez. 2006. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
ROSSI, F. Fundamentos da agrohomeopatia. In: I ENCONTRO BRASILEIRO DE HOMEOPATIA NA AGRICULTURA, 2009, Campo Grande. Anais... Campo Grande: Associação Médico Veterinária Homeopática Brasileira, 2009. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.
TICHAVSKY, M. R. Manual de Agrohomeopatía. Monte Rei, 2007. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2012.

Fonte:Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - http://www.respostatecnica.org.br

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