O QUE É A ANTROPOSOFIA ?

antroposofia.jpg

















Antroposofia


A Antroposofia, do grego "conhecimento do ser humano", introduzida no início do século XX pelo austríaco Rudolf Steiner, pode ser caracterizada como um método de conhecimento da natureza do ser humano e do universo, que amplia o conhecimento obtido pelo método científico convencional, bem como a sua aplicação em praticamente todas as áreas da vida humana. O índice da home page deste site (em www.sab.org.br) dá uma idéia dessas áreas e da abrangência da Antroposofia. Para mais informações sobre Steiner, siga um dos seguintes links:


Damos a seguir uma lista de aspectos para caracterizar a Antroposofia e para distingui-la de outros conjuntos de idéias, filosofias e práticas:
1. Abrangência. Ela cobre toda a vida humana e a natureza - daí suas aplicações em praticamente todas as áreas da vida. A mais popular dessas realizações práticas, a Pedagogia Waldorf, que desde 1919 representa uma revolução em matéria de educação, tem seus resultados visíveis em mais de 1.000 escolas no mundo inteiro (25 no Brasil, veja o Diretório de Escolas Waldorf na América Latina) e pode ser examinada por qualquer um – basta visitar uma delas.
2. Edifício conceitual. Ela é apresentada sob forma de conceitos que se dirigem à capacidade de pensar e à sede de conhecimento e compreensão do ser humano moderno.
3. Espiritualismo. Por seu método ela chega ao fato de que o universo não é constituído apenas de matéria e energia físicas, redutíveis a processos puramente físico-químicos. Ela descobre um mundo espiritual, estruturado de forma complexa em vários níveis. Por exemplo, os seres humanos têm um nível de "substância" espiritual, não-física, mais complexa do que a das plantas e dos animais, daí sua distinção em relação a eles. Ela também descreve seres puramente espirituais, que não têm expressão física, e que atuam em vários níveis diferentes de espiritualidade ( acione aqui para o interessante artigo de Raul Guerreiro a esse respeito). Alguns desses seres estão em níveis acima dos da constituição humana, mas nem por isso deixam de ser compreensíveis por um pensar abrangente e perceptíveis conscientemente por meio de uma observação direta supra-sensorial.
Para a Antroposofia a substância física é uma condensação da "substância" espiritual, não-física. É, portanto, um estado do "ser" espiritual. Se formos tanto ao microcosmo das "partículas" atômicas e sub-atômicas, como ao macrocosmo das estrelas e galáxias, começamos a penetrar diretamente no mundo não-físico. Nesse sentido, a Antroposofia representa um monismo: para ela não existe o paradoxo do espírito atuar na matéria; ele é a origem de tudo.
4. Antropocentrismo. Ela parte da compreensão do ser humano para ele entender não só a si próprio como a todo o universo. Para ela, o ser humano gerou, na sua evolução, o mundo dos animais. Estes são especializações evolutivas do ser humano, que representa a razão de ser do universo físico, dele também dependendo a evolução do mundo espiritual.
5. Desenvolvimento de órgãos de percepção supra-sensorial. A Antroposofia demostra que o mundo espiritual pode ser observado com tanta (na verdade, maior) clareza com que se observa o mundo físico. Para isso, é necessário que se desenvolvam individualmente órgãos de percepção que jazem latentes em todos os seres humanos, sendo nesse sentido indicados exercícios de meditação individual. Aquilo que se denomina normalmente de "intuição" já é, para a Antroposofia, uma percepção espiritual. No entanto, ela não é consciente e nem auto-controlada, como devem ser as observações espirituais adequadas ao homem moderno, que deseja absorver idéias com a compreensão de seu pensamento, fazer observações próprias e não ter crenças e crendices.
A meditação antroposófica baseia-se na atividade do pensamento consciente, que deve conservar sua clareza, ser totalmente controlado e ser desenvolvido a ponto de não depender de conceitos e imagens provenientes do mundo físico. Veja um texto sobre meditação e exercícios colaterais e o texto de uma palestra sobre meditação de H. Zimmermann, um dos diretores da Sociedade Antroposófica Geral, do Goetheanum. Veja também o texto de uma palestra de Steiner onde ele enfatiza a necessidade de se manter o pensamento consciente em qualquer ato cognitivo, inclusive na vidência supra-sensorial.
6. Desenvolvimento da consciência, da auto-consciência, da individualidade e da liberdade. A Antroposofia preconiza que essas quatro características humanas (a primeira temos parcialmente em comum com os animais) devem ser radicalmente preservadas e mesmo desenvolvidas.
7. Cosmovisão aberta. Toda a obra de R.Steiner (ele publicou 40 livros e deu cerca de 6.000 palestras agrupadas em 270 volumes) e de seus continuadores está publicada. Não há absolutamente nada de secreto na Antroposofia.
8. Perspectiva histórica. A Antroposofia fornece uma grandiosa perspectiva para a evolução da Terra e do ser humano, abrangendo todo o passado histórico e pré-histórico. Através dela pode-se conceitualmente compreender muito do que foi transmitido na antigüidade através de imagens como as dos mitos antigos e os relatos no Velho e Novo Testamentos (em particular, do ser cósmico Cristo e sua manifestação), passando pela filosofia grega, os movimentos heréticos, a Idade Média, a Renascença e até os movimentos materialistas modernos. Assim, ela resgata a continuidade histórica, mostrando como o ser humano atual é a conseqüência de uma linha de acontecimentos espirituais e físicos desde os primórdios do universo. Uma introdução a essa perspectiva pode ser encontrada em Lanz, R. Passeios através da História à Luz da Antroposofia. São Paulo: Editora Antroposófica 1985.
9. Renovação da pesquisa científica. A Antroposofia indica como ampliar a pesquisa científica tornando-a mais humana e mais coerente com a natureza, tendo obtido ótimos resultados no desenvolvimento de medicamentos, na compreensão dos animais e plantas, etc. Nesse sentido, ela deve ser considerada como uma evolução do método científico estabelecido por Goethe. Em particular, sua Teoria das Cores foi estendida e melhor conceituada a partir de pesquisas científicas feitas e publicadas por antropósofos.
10. Desenvolvimento moral. A Antroposofia recomenda um desenvolvimento moral que deve ser feito pessoalmente, fundamentado no conhecimento da essência do ser humano e do universo. Para ela, o desenvolvimento moral baseado em um amor altruísta é a missão do ser humano na presente Terra. As atitudes morais devem preservar a liberdade individual, isto é, não devem ser baseadas em imposições exteriores de mandamentos, dogmas e leis, mas irradiar do amor e do conhecimento individuais em plena liberdade.
- - - - - - - - -
O que a Antroposofia não é:
a) Não é um movimento ou edifício místico de idéias. O misticismo é essencialmente baseado em sentimentos e em visões imagéticas sem que sejam acompanhados de um pensamento cognitivo; é transmitido em forma de imagens e metáforas. A Antroposofia é fruto de observações permeadas por um pensamento consciente, e é transmitida sob forma de conceitos, dirigida à busca por compreensão de fatos, fenômenos e idéias que caracteriza o ser humano contemporâneo.
b) Não é uma religião. Ela não tem cultos. Ela é cultivada individualmente, em grupos de estudo abertos e nas instituições onde é levada à prática.
c) Não emprega mediunismo. O desenvolvimento e o uso de órgãos de percepção supra-sensível devem ser feitos em plena consciência de vigília, preservando a autoconsciência e a individualidade.
d) Não é sexista, racista ou nacionalista. Pelo contrário, ela mostra que a essência de cada ser humano, o que ela denomina de Eu Superior, e cuja evolução é a nossa missão na presente Terra, não tem sexo, nem raça, nem religião e nem nacionalidade.
e) Não é moralista. Não há regras de conduta para aqueles que adotam a Antroposofia como princípio de vida. Cada um deve estabelecer suas próprias regras de conduta consciente, de acordo com o conhecimento e não a partir de impulsos inconscientes ou seguindo tradições cegamente.
f) Não é dogmática. Rudolf Steiner referiu-se várias vezes ao fato de que não se deveria acreditar naquilo que ele expôs, e sim tomá-lo como hipótese de trabalho à espera de comprovação pessoal. Em particular, deve-se sempre verificar que o que ele transmitiu confere com aquilo que se observa na natureza, forma um todo coerente, e não contradiz fatos científicos (atenção, devem-se distinguir fatos científicos de teorias e julgamentos baseados nesses fatos, com os quais obviamente podem haver contradições). Em uma palestra proferida em Milão em 21/9/1911 (no volume GA-130 do catálogo geral), Steiner disse:
"Muitas coisas que eu disse hoje somente podem ser controladas por meio da pesquisa oculta. Mas, meus queridos amigos, peço a vocês que não acreditem nessas coisas e as verifiquem com os fatos que acontecem na História e com todas as experiências que tiverem. Estou tranqüilo em saber que, quanto mais as examinarem, tanto melhor pode-las-ão confirmar. Na época do intelectualismo, eu não apelo à sua fé em uma autoridade, mas ao seu exame intelectual."
Ele também afirmou que a Antroposofia era adequada para a sua época, e deveria ser dinâmica e acompanhar a evolução da constituição humana, que não permanece estática.
g) Não é uma seita, e muito menos secreta. Ninguém que estuda a Antroposofia recebe indicações sectárias ou secretas; tudo está publicado e os grupos de estudo, incluindo os Ramos da Sociedade Antroposófica no Brasil, podem ser freqüentados por qualquer pessoa.
h) Não é uma sociedade fechada. Qualquer pessoa pode tornar-se membro da Sociedade Antroposófica Geral, diretamente ou por meio dos Ramos da Sociedade Antroposófica no Brasil. A admissão na Sociedade não depende de etnia, religião, nível sócio-econômico e educação.
i) Não é Teosofia. Rudolf Steiner iniciou suas atividades públicas dando palestras sobre os resultados de suas próprias observações dos mundos espirituais para membros da Sociedade Teosófica, no início do século XX. Em sua autobiografia, ele cita que foi o único grupo de pessoas da época interessado em uma transmissão conceitual das realidades esotéricas. Ele tornou-se Secretário Geral do ramo alemão daquela sociedade, onde permaneceu até 1912. Por divergências profundas para com as idéias propagadas pelos dirigentes da mesma, ele saiu dela e fundou em 1913 a Sociedade Antroposófica. Basta ler algumas de suas obras para perceber-se que suas contribuições jamais basearam-se nos escritos teosóficos; obviamente, no início de suas atividades públicas sobre assuntos esotéricos ele usou a terminologia teosófica, mas logo acabou por desenvolver sua própria, mais adequada para a época e para um enfoque conceitual ocidental.
Gostaríamos de adicionar uma última observação sobre uma palavra que dá margem a muitos mal-entendidos e pode despertar preconceitos. Steiner emprega a palavra oculto em um sentido bem específico. Ele quer com isso referir-se ao que não está acessível aos nossos sentidos físicos. Se considerarmos os 5 sentidos usuais, talvez agregando ainda o do calor, essa sua expressão não deve despertar estranheza: com esses sentidos não se pode observar certas atividades interiores do ser humano, como a volição, os sentimentos e os pensamentos. Em particular, a ciência moderna está praticamente reduzida em sua parte experimental à detecção de impulsos visuais, diretamente ou através de resultados de medidas exibidos por aparelhos. Obviamente, ninguém nunca viu nossos impulsos de vontade, nossos sentimentos e pensamentos. Se aparelhos, como na ressonância magnética, detetam alguma reação física do organismo àquelas atividades (chamadas por Steiner de atividades anímicas), certamente não se está detectando elas próprias, e sim conseqüências delas em nosso organismo. Ninguém dirá que o aparelho "sente" como nós sentimos; os nossos sentimentos são, portanto, ocultos no sentido de Steiner - apesar de ninguém duvidar que eles existam! Da mesma forma, aquilo que dá vida a um ser vivo é oculto: podemos perceber sua manifestação através do próprio ser, mas a "força" que é a essência da vida não é perceptível a nossos sentidos físicos. Uma contribuição fundamental de Steiner foi chamar a atenção para o fato de que esse "oculto", não-físico, pode ser investigado e conceituado com a mesma clareza com que se investigam os fenômenos físicos, se bem que com outros métodos e com outros órgãos de percepção (que também são "ocultos", ao contrário de, por exemplo, nossos olhos). É por isso que ele denominou um de seus livros básicos de "A Ciência Oculta" (Geheimwissenschaft; em nossa opinião, no sentido de "A Ciência do Oculto", isto é, do não-perceptível fisicamente), publicado pela Editora Antroposófica.
Para os que se interessam em estudar uma introdução à Antroposofia, recomendamos o livreto de Rudolf Lanz,Noções Básicas de Antroposofia, (na íntegra neste site) publicado pela Editora Antroposófica. Veja também o artigo "Uma introdução antroposófica à constituição humana", que serve de introdução a alguns dos conceitos básicos da Antroposofia, e é usado pelo autor como texto para as primeiras palestras de seu curso de introdução à Antroposofia. Para uma palestra de Steiner sobre a importância de se preservar o pensamento consciente, principalmente em observações clarividentes, acione aqui.
A Escola Waldorf Rudolf Steiner de São Paulo tem em sua biblioteca a obra publicada (Gesamtausgabe, GA) quase completa de Rudolf Steiner, tanto no original em alemão quanto em traduções em várias línguas, incluindo o português. A biblioteca do Espaço Cultural da Sociedade Antroposófica tem todas as obras de Steiner e suas traduções em várias línguas, bem como muitos livros de seguidores de Steiner.

"A Antroposofia é um caminho de conhecimento que deseja levar o espiritual da entidade humana para o espiritual do universo. Ela aparece no ser humano como uma necessidade do coração e do sentimento, e deve encontrar sua justificativa no fato de poder proporcionar a satisfação dessa necessidade. A Antroposofia só pode ser reconhecida por uma pessoa que nela encontra aquilo que, a partir de sua sensibilidade, deve buscar. Portanto, somente podem ser antropósofos pessoas que sentem como uma necessidade de vida certas perguntas sobre a essência do ser humano e do universo, assim como se sente fome e sede."
(Trad. de V.W.Setzer)
"Anthroposophie ist ein Erkenntnisweg, der das Geistige im Menschenwesen zum Geistigen im Weltenall führen möchte. Sie tritt im Menschen als Herzens- und Gefühlsbedürfnis auf. Sie muss ihre Rechtfertigung dadurch finden, dass sie diesem Bedürfnis Befriedigung gewähren kann. Annerkennen kann Anthroposophie nur derjenige, der in ihr findet, was er aus seinem Gemüte heraus suchen muss. Anthroposophen können daher nur Menschen sein, die gewisse Fragen über das Wesen des Menschen und der Welt so als Lebensnotwendigkeit empfinden, wie man Hunger und Durst empfindet."
Rudolf Steiner, Anthroposophische Leitsätze, Dornach, 17/2/1924 (GA 26)
----
Agradecemos a Bernardo Kaliks algumas sugestões para o aprimoramento deste texto, incorporadas em 7/3/99.

BIOGRAFIA DE RUDOLF STEINER


Nota: Os títulos dos livros de R.Steiner foram traduzidos a partir dos títulos originais em alemão, podendo não coincidir com títulos das edições em português. Para localizá-los, use o número GA (Gesamtausgabe, catálogo geral).
  
1861Nascimento em 27/02, em Donji Kraljevec (Baixo Kralevec – acione o vínculo Rudolf Steiner no topo direito dessa página), na região chamada Medjimurje, Croácia, entre a Hungria e a Slovênia (*), filho de um funcionário da estrada de ferro. Pais vieram da Áustria. Infância e juventude em várias cidades da Áustria.
1872-1879Ginásio e colégio em Wiener-Neustadt (perto de Viena).
1875-1889Atividade de professor particular, muitas vezes para seus próprios colegas de classe, especialmente em matemática e ciências.
1879-1883Estudos de graduação na Escola Politécnica de Viena (Wiener Technische Hoschschule). Estudo profundo de Goethe.
1882-1897Editor das obras científicas de Goethe para a edição "Deutsche National Literatur" de J.Kürschner. Os 5 volumes estão no GA 1a-e. Veja o artigo "O Pensamento Científico de Goethe".
1884-1890Professor particular dos 4 filhos de uma família de Viena, principalmente de um que era hidrocéfalo, e que mal sabia ler; consegue ajudá-lo a ponto de ele terminar seus estudos, ingressar e formar-se médico, tendo morrido na 1a. Guerra Mundial.
1886Atividade na edição "Duquesa Sophia" das obras completas de Goethe. Publicação de Linhas básicas de uma teoria de conhecimento de Goethe com especial atenção para Schiller (GA 2)
1888Editor da Revista Alemã (Deutsche Wochenschrift), em Viena (GA 31). Palestra no Insituto Goethe de Viena: "Goethe como pai de uma nova estética" (em GA 30).
1890-1897Colaborador do Arquivo Schiller-Goethe em Weimar. Edição das obras científicas de Goethe.
1891Doutorado em Filosofia na Universidade de Rostock, Alemanha. Publicação da tese ampliada: Verdade e Ciência – Prelúdio para uma Filosofia da Liberdade (GA 3).
1894Encontro com Haeckel; início de correspondência com ele (GA 38). Publicação do que considerou sua obra mais importante, e a que iria durar: A Filosofia da Liberdade (GA 4).
1895Publicação de Friedriech Nitzsche, um lutador contra seu tempo (GA 5).
1897Mudou-se para Berlim, onde foi o editor (até 1900) da Revista de Literatura (Magazin für Literatur, em GA 31), onde coloca-se decisivamente contra o anti-semitismo, e da Folha Teatral (Dramaturgische Blätter) com O.E.Hartleben (GA 29-32). Atividades na Sociedade Dramatical Livre (Freie dramatischen Gesellschaft), na Liga Giordano Bruno, e em outras. Publicação de A Cosmovisão de Goethe (GA 6).
1899-1904Professor na Escola de Formação para Trabalhadores (Arbeiter-Bildungsschule) de Berlim, fundada por W. Liebeknecht.
1900Início da atividade de conferencista sobre temas antroposóficos por convite da Sociedade Teosófica em Berlim; em suas palestras no âmbito da Sociedade Teosófica transmite apenas os resultados de suas próprias pesquisas esotéricas. Publicação de Concepções de vida e de mundo no séc. XIX, amplida em 1914 para Enigmas da filosofia em sua história, apresentada como esboço (GA 18)
1901Publicação de A mística no início da vida espiritual dos novos tempos, e sua relação com a cosmovisao moderna (GA 7)
1902Assume a Secretaria Geral da Sociedade Teosófica Alemã. No mesmo dia, dá uma palestra com o título "Uma Antroposofia". Publicação de O cristianismo como fato místico e os mistérios da antiguidade (GA 8)
1902-1912Intensa atividade de conferencista em Berlim e em toda a Europa, estabelecendo as bases da Antroposofia. Marie von Sievers torna-se sua constante colaboradora.
1903Fundação da revista Luzifer, posteriormente Luzifer-Gnosis (GA 10-12, 34).
1904Publicação de Teosofia – Introdução ao conhecimento supra-sensível e ao destino do ser humano (GA 9)
1905Primeiros escritos sobre organização social trimembrada (GA 34). Publicação de Como se adquirem conhecimentos dos mundos superiores (GA 10), Crônica do Akasha (GA 11) e Os passos do conhecimento superior (GA 12)
1906Encontro com Edoudard Schuré; Marie von Sievers havia se encarregado da tradução das obras deste.
1907Organiza o congresso mundial da Sociedade Teosófica, em Munique, onde introduz pela primeira vez atividades artísticas.
1910Publicação de A ciência oculta, um esboço (GA 13)
1910-1913Os seus 4 Dramas de Mistério são encenados pela primeira vez, um em cada ano, em Munique (GA 14).
1911Publicação de A direção espiritual do ser humano e da humanidade (GA 15).
1912Introdução das novas artes de expressão corporal, a Euritmia (GA 277a), e da Arte da Fala (GA 281). Publicação de Um caminho para o auto-conhecimento do ser humano, em 8 meditações (GA 16) e doCalendário da Alma (em GA 40).
1913Separação da Sociedade Teosófica e fundação da Sociedade Antroposófica. Publicação de O limiar do mundo espiritual (GA 17).
1913-1923Construção do 1o. Goetheanum em Dornach, Suíça, uma verdadeira obra de arte em madeira. Várias construções em Dornach com projeto seu.
1914Casamento com Marie von Sievers (daí por diante Marie Steiner). Publicação de Enigmas da filosofia em sua história, apresentada como esboço (GA 18).
1914-1924Em palestras em Dornach, Berlim e em muitas cidades em toda a Europa, dá as indicações para uma renovação em muitas áreas da atividade humana: arte, pedagogia, ciências, vida social, medicina, farmacêutica, terapias, agricultura, arquitetura, teologia.
1916Publicação de Sobre os enigmas dos seres humanos (GA 20).
1917Publicação de Sobre os enigmas da alma (GA 21).
1918Publicação de A espiritualidade de Goethe em sua manifestação no "Fausto" e no seu "Conto da cobra verde e do lírio branco"
1919Intensa atividade de escritor e conferencista, principalmente no sul da Alemanha, sobre suas idéias de organização social, a Trimembração do Organismo Social, com a publicação de Os pontos centrais da questão social (GA 23), artigos no GA 24 e palestras nos GAs 328-341. No outono europeu, fundação da Escola Livre Waldorf (Freie Waldorfschule) em Stuttgart (GA 293-295), dirigida por ele até sua morte; essa escola existe até hoje, na Haussmanstrasse.
1920Primeiro curso para médicos (Ciência espiritual e medicina, GA 312), iniciando a aplicação no que viria a se tornar a Medicina Antroposófica.
1921Fundação do semanário Das Goetheanum, com suas contribuições regulares (GA 36, 260a). Essa publicação, em forma de tabloide, continua a ser editada até hoje. Fundação da primeira clínica Antroposófica, em Arlesheim, Suíça, por Ita Wegman, existente até hoje (Ita Wegman Klinik).
1922Fundação do movimento de renovação religiosa Comunidade de Cristãos, por sacerdotes sob sua orientação. Publicação de Cosmologia, religião e filosofia (GA 25). Na noite da passagem para o ano 1923 o Gotheanum é incendiado criminosamente. No dia seguinte, continua suas palestras na marcenaria anexa.
1923Início do projeto e confecção de modelos para o 2o. Goetheanum , que iria ser construído depois de sua morte, agora em concreto aparente. No Congresso de Natal, fundação da nova Sociedade Antroposófica Geral ("Allgemeine Anthroposophische Gesellschaft"), agora sob sua direção.
1923-1925Escreve semanalmente sua autobiografia Minha vida (GA 28), que ficaria inconcluída (cobre sua vida até 1907). Colaboração com a Dra. Ita Wegman no livro sobre medicina antroposófica, Fundamentos para uma ampliação da arte médica segundo os conhecimentos da ciência espiritual (GA 27), único livro seu em co-autoria.
1924Curso sobre agricultura em Koberwitz (Fundamentos da Agricultura Biodinâmica – vida nova para a terra,GA 327), dando origem à agricultura biodinâmica. Curso sobre Pedagogia Curativa (GA 317), dando origem a esse ramo de aplicação da Antroposofia. Depois de intensa atividade de palestras e cursos nos últimos anos, e uma última em 28/09 para os membros da Sociedade, início da doença fatal.
1925Morte em Dornach em 30/03. Toda sua obra foi publicada, incluindo seus livros e cerca de 6.000 palestras, compreendendo mais de 350 volumes.

(*) A informação sobre o local exato de nascimento de Steiner foi fornecida por Marioe9425711@student.tuwien.ac.at, a quem agradecemos.
Vínculos

RUDOLF STEINER - UMA APRESENTAÇÃO OWEN BARFIELDImprimir

[Tradução feita por Valdemar W. Setzer , a partir da versão ao lado publicada na revista eletrônica Southern Cross Review de março de 2002, do artigo "Introducing Rudolf Steiner", editado pela Anthroposophical Society in America em 1995.]
Rudolf Steiner nasceu em 27 de fevereiro de 1861 em Kraljevec (atual Iugoslávia), filho de um funcionário ferroviário subalterno. Com a idade de 18 anos entrou para a Escola Politécnica de Viena, onde estudou matemática, ciências, literatura, filosofia e história, desenvolvendo um interesse especial por Goethe. Três anos mais tarde, ainda em Viena, ele foi contratado para editar as obras científicas de Goethe para a enciclopédia literária Kurschner's Nationalliteratur; de 1890 a 1897, no Arquivo de Goethe e Schiller em Weimar, trabalhou na edição de praticamente toda a obra científica de Goethe publicada ou não até então. Sua autobiografia conta como nessa época ele gozava da amizade de várias personalidades eminentes, tais como Ernst Haeckel, o dogmático expoente da evolução darwinista, e o historiador Hermann Grimm. Foi também durante esse período que ele concluiu seu doutoramento na universidade de Rostock, com uma tese que foi posteriormente revista e publicada sob o título de Wahrheit und Wissenschaft ( Verdade e Ciência, São Paulo: Ed. Antroposófica, 1985).

Durante os próximos 4 anos Steiner envolveu-se profundamente na vida intelectual de Berlim - sociedades dramáticas e literárias, revistas, etc. - enquanto começava a sua atividade de palestrante, que duraria toda a sua vida, dando cursos sob os auspícios do Movimento Educacional dos Trabalhadores.
Foi somente na virada do século que veio à luz o seu verdadeiro gênio, incapaz de expressar-se por meio daqueles meios, mas que vinha progressivamente amadurecendo dentro dele. O momento histórico era tal que a mente ocidental tinha atingido o materialismo mais profundo, e havia poucos que estavam dispostos a simplesmente ouvir o que ele tinha a dizer. Dignos de nota dentre esses poucos encontravam-se os membros da Sociedade Teosófica, que estavam trabalhando na fundação de uma seção alemã. Steiner tornou-se membro, passando a ser seu diretor (sob a condição de que estaria livre para divulgar os resultados de sua própria pesquisa espiritual, independentemente de estarem ou não de acordo com as linhas da Sociedade) e assim permaneceu durante alguns anos, até que o sensacionalismo e a trivialidade, que ele sentiu estarem corroendo o impulso sadio que havia levado à fundação da Sociedade, obrigaram-no a separar-se dela de vez.
Os dez anos seguintes de sua vida são melhor vistos como a primeira fase do Movimento Antroposófico, e em 1913 a sociedade que leva esse nome foi fundada pelos seus seguidores em München, onde seus 4 Dramas de Mistério foram posteriormente escritos e produzidos. Não há espaço aqui para abordar a diferença entre a Sociedade Antroposófica Geral, que ele pessoalmente fundou em dezembro de 1923, pouco mais de 2 anos antes de sua morte em 30 de março de 1925. É suficiente dizer que, de 1902 até o fim de sua vida, ele devotou todas suas energias (escrevendo cerca de 40 livros e dando nada menos que 6.000 palestras) ao cultivo e disseminação da Antroposofia - que ele também denominou deCiência Espiritual - e, finalmente, às questões da Sociedade Antroposófica, que ele esperava fosse tornar-se o germe de uma comunidade mundial de almas humanas.
Basta de aparências. Quanto à substância de seus ensinamentos e de sua vida, eu não posso encará-lo de outro modo do que uma figura central - talvez, no âmbito humano, afigura central - na sofrida transição da humanidade daquilo que me aventurei a chamar de "participação original" para a "participação final". A fase crucial naquela transição foi, e de fato é, o hábito inveterado do ser humano moderno de vivenciar a matéria vazia de espírito, e conseqüentemente de conceber o espírito como menos real e, finalmente, totalmente irreal. Essa vivência, para o bem ou para o mal, reside nos fundamentos da ciência e tecnologia modernas, e é diariamente confirmada e arraigada pela predominância das mesmas em todas as áreas da vida e do pensamento. Portanto, a redenção da ciência é uma condição sine qua non para a transição. A obra científica de Goethe, adequadamente entendida, estendeu-se bem longe no sentido de atingir essa redenção, e Steiner saudou-a por essa razão e trabalhou no sentido de desenvolvê-la ainda mais. Vemos Goethe atingindo e aplicando o que ele denominou de "pensamento objetivo", uma atividade e uma vivência que transcende o abismo entre sujeito e objeto, e portanto suplanta aquela cisão da matéria do espírito à qual me referi. A redenção da ciência pressupõe a redenção do próprio pensamento.

Mas Goethe recusou-se a pensar sobre o "pensamento objetivo", que havia aplicado com tanta eficácia. Por outro lado, Steiner fez precisamente isso e em seus primeiros escritos, por exemplo em Verdade e Ciência e A Filosofia da Liberdade (São Paulo: Ed. Antroposófica, 2000), conseguiu inclusive transcender, epistemologicamente, a crucial dicotomia. O pensamento de outros, tais como Hegel e os filósofos naturalistas na Alemanha, bem como Coleridge na Inglaterra, tomaram a mesma direção, mas nenhum deles tinha atingido sua meta de maneira tão contundente ou tão completa. Coleridge pôde escrever sobre "órgãos de espírito", com uma função latente análoga à de nossos órgãos de sentido mais imediatamente disponíveis, e Goethe pôde aplicar seu pensamento objetivo de modo a complementar a causalidade com a metamorfose. Mas nenhum deles conseguiu levar a cognição do espírito além do "espírito-como-fenomenologicamente-aparente" na natureza externa; foi em Steiner que a mente e o método ocidentais atingiram, pela primeira vez, a cognição do espírito puro. Os outros foram todos apóstolos da Imaginação, em seu melhor sentido; Steiner foi o único dos níveis mais profundos que ele próprio denominou de Inspiração e de Intuição, mas que podem ser concebidos em conjunto com sendo a Revelação - como Revelação na forma apropriada a esta era - como um modo de cognição, para a qual a base numênica [N.T.: referente ao objeto em si, independente da observação sensorial] da existência é acessível diretamente, e não somente por meio de sua manifestação fenomenológica, à qual mesmo o passado remoto pode tornar-se um livro aberto.
Parece que, em qualquer ponto do tempo, quando a consciência humana é chamada a tomar uma nova direção inteiramente diferente, para se obter uma real transição, é necessária uma semente que sobrevive do passado, a fim de dar abrigo ao tenro germe do futuro. Aristóteles, o pai da ciência moderna, carregou dentro de si os seus 20 anos sob Platão de modo a poder efetivamente abandoná-los. Nos primeiros anos do cristianismo, aqueles em que ainda restava algo da velha percepção espiritual é que eram os melhor adaptados para compreender o significado cósmico da vida e da morte do Cristo. O gnosticismo cumpriu sua tarefa antes de ser rejeitado pela Igreja. O próprio Steiner, como criança, trouxe consigo ao mundo um vestígio da relíquia da velha clarividência, a antiga participação "original". Biografias e sua própria autobiografia dão testemunho disso. E é relatado sobre ele, com credibilidade, que ele tomou passos deliberados para eliminá-la, nem mesmo rejeitando o auxílio do álcool, de modo a limpar o terreno para a nova clarividência que estava em seu destino tanto predizer quanto desenvolver.

De fato, Rudolf Steiner não era meramente um filósofo com uma cultura fenomenal, claro e expressivo, mas também era um Homem Predestinado; em minha opinião esse fato é a causa do lamentável retardamento de seu reconhecimento. Em comparação, não somente com seus contemporâneos, mas com a história geral da mente ocidental, a sua estatura é quase excessiva demais para ser suportada. Por que deveríamos aceitar que um único ser humano seria capaz de todas essas revelações, independente de quão relevantes elas possam ser? Mas há também o outro lado da moeda. Se suas revelações são aceitas, elas produzem uma carga de responsabilidade para a humanidade que é por si própria quase indescritível. É fácil falar do macrocosmo e do microcosmo, mas para o ser humano microcósmico, não somente supor, mas realizar-se a si próprio como tal, implica numa grandeza de espírito, uma capacidade de mente e coração, que somente podemos considerar como sendo super-humana, em lugar de meramente humana. As capacidades mentais reveladas no trabalho da vida de Steiner, mesmo para aqueles que rejeitam suas descobertas, e as qualidades de coração e de vontade que são testemunhadas por todos que tiveram relacionamento pessoal com ele, podem nos garantir, por meio desse exemplo, que a estatura do microcosmo não está, ou pelo menos pode não estar no futuro, fora do alcance do ser humano tal como o conhecemos. Nele observamos, de fato começando a ocorrer, a transição do homo sapiens para o homo imaginans et amans.

O JOVEM STEINE


JOSÉ TADEU ARANTES

(A ser publicado pela revista Ensino, provavelmente em outubro de 1999)
Numa época em que os horizontes individuais se estreitavam e a cultura e a atividade humanas se tornavam cada vez mais segmentadas, Rudolf Steiner (1861-1925) deu contribuições importantes em domínios tão diversos como a filosofia, a pedagogia, a medicina, a agricultura, a arquitetura e as artes plásticas. E criou a Antroposofia, um sistema abrangente, que integra conhecimentos do mundo espiritual e do mundo material e oferece orientações originais e criativas para os mais variados campos de atuação do homem. Suas obras científicas, artísticas e espirituais e os sucessos da medicina e pedagogia antroposóficas conquistaram seguidores em todo o planeta. Não é preciso ser um deles para reconhecer sua genialidade. Steiner era um gênio na acepção da palavra. Seus talentos floresceram na infância e deram frutos até o fim de sua vida.
Uma interessante biografia de Steiner foi escrita por seu seguidor Johannes Hemleben (*). É nela que nos baseamos para traçar este retrato do gênio em sua época de infância e juventude. Ele nasceu no dia 27 de fevereiro de 1861, na cidade de Kraljevec, hoje pertencente à Sérvia. Mas era um austríaco, tanto étnica quanto culturalmente. Seus pais, Johann e Franziska, eram originários da Áustria. E ele morou em Kraljevec apenas um ano e meio. Porque, já em 1862, seu pai, um funcionário da estrada de ferro, foi transferido para Moedling, perto de Viena. E, meio ano mais tarde, transferido novamente para Pottschach, outra cidade austríaca.
O pequeno Steiner viveu até os oito anos nesta última localidade, cercada de montanhas majestosas e paisagens verdejantes. Sua atenção dividia-se, então, entre a natureza maravilhosa e o mundo tecnológico. Porque a família morava no edifício da estação de trens e ele cresceu vendo o vai-e-vem dos comboios e ouvindo o toque nervoso do telégrafo. Depois de brigar com o professor da escola, o pai decidiu ocupar-se pessoalmente de sua educação, ensinando-o a ler e escrever enquanto executava suas tarefas na estrada de ferro. Steiner era o primeiro filho do casal, mas logo ganhou a companhia de um irmão e uma irmã.
Quando tinha oito anos, uma nova transferência do pai arrastou a família para a aldeia de Neudörfl. Os altos cumes dos Alpes, antes tão próximos, tornaram-se marcos distantes no horizonte. Mas a Serra da Rosália, em cuja encosta ficava a aldeia, forneceu ao pequeno Steiner uma abundante cota de natureza. Em suas florestas, ele podia colher amoras, framboesas e morangos, com os quais complementava o pão com manteiga do jantar. E, a uma hora de marcha, havia uma fonte de água gasosa, que ele visitava diariamente na época das férias. As condições econômicas da família eram as mais modestas. O próprio Steiner referiu-se a elas com humor, anos mais tarde, dizendo que seus pais estavam dispostos a sacrificar até o último tostão pelo bem-estar dos filhos, mas que havia cada vez menos desses últimos tostões.
Em Neudörfl, ele passou a freqüentar a escola, como outros garotos de sua idade. E, aos nove anos, teve o seu primeiro contato com a geometria. Foi uma revolução interior. A existência puramente espiritual dos entes geométricos o deixou literalmente encantado. Muito tempo depois, ele diria que, na geometria, havia encontrado a felicidade pela primeira vez.
A geometria forneceu a Steiner uma espécie de justificativa para o que ele mesmo experimentava. Pois, desde antes dos oito anos, começara a vivenciar o dom da clarividência. Para ele, o mundo espiritual.era tão real quanto o mundo sensorial. E, ao lado das coisas "que se enxergam", percebia a presença daquelas "que não se enxergam". Isso representava uma profunda certeza interior. Mas ele precisava provar para si mesmo que sua experiência não era fruto da ilusão. A indiscutível existência dos entes geométricos ofereceu-lhe, indiretamente, essa "prova".
O pequeno Steiner viveu uma dessas experiências inusuais numa sala da estação de Neudörfl. Sozinho, ele percebeu abrir-se uma porta que não pertencia ao mundo físico. Dela saiu uma mulher, que chegou até o meio da sala e disse algo como "procure, agora e no futuro, fazer por mim tudo o que você puder". A entidade fez ainda alguns gestos impressionantes. E desapareceu. Alguns dias mais tarde, o menino soube que, no exato momento em que aquele estranho episódio acontecia, uma pessoa íntima da família se suicidava.
Fenômenos como esse são até hoje encarados com desconfiança. Na inculta e preconceituosa Europa Central do final do século 19, então, nem se fala. Apesar da pouca idade, Steiner percebeu que, se contasse sua experiência, ele se tornaria alvo de deboches – ou até de coisa pior. Demonstrando um auto-controle que seria surpreendente até mesmo num adulto, ele se calou e só comunicou essa vivência infantil muitos anos mais tarde.
O episódio da estação foi apenas a primeira experiência propiciada por uma clarividência que, em Steiner, era perfeitamente natural. Uma faculdade psíquica como essa pode produzir efeitos desastrosos numa pessoa mal estruturada. Intuitivamente, o garoto logo percebeu que, se quisesse manter a lucidez e integrar o seu dom numa vida psíquica saudável, precisava construir uma sóbria e sólida visão da realidade. As ferramentas para isso eram as matemáticas, as ciências naturais e a filosofia.
O menino teve a felicidade de encontrar, em seu professor e no padre da igreja local, não apenas incentivadores caloroso. Mas também pessoas esclarecidas, que influenciaram fortemente sua própria evolução intelectual. Esse padre reuniu, certa vez, os alunos mais adiantados e explicou-lhe longamente o sistema planetário de Copérnico, os movimentos de translação e rotação da Terra, a inclinação do eixo terrestre e as estações do ano – assuntos que, ainda naquela época, muitos religiosos consideravam tabus. A Steiner, ofereceu um ensinamento extra sobre os eclipses do Sol e da Lua. O entusiasmo causado por essas informações reverberou durante dias na mente do menino.
A partir dos 10 anos, Steiner passou a freqüentar o liceu da cidade vizinha de Wiener-Neustadt. O trajeto até lá era feito normalmente de trem. Mas as freqüentes interrupções no serviço ferroviário obrigavam-no, muitas vezes, a fazer o percurso a pé. Isso significava uma hora de marcha, com tempo bom. Ou uma caminhada bem mais lenta e difícil, com neve até os joelhos, nos dias de inverno.
Esses esforços físicos não intimidavam o rapaz. O que o deixava aturdido eram os estímulos sensoriais da cidade grande. Ele se refugiava, então, no mundo puramente ideal da matemática, onde seu espírito se sentia em casa. Em pouco tempo, dominou sozinho o cálculo integral. E, combinando o que aprendia em aula com suas iniciativas como autodidata, adquiriu também notáveis conhecimentos em geometria descritiva e estatística. Quanto à geometria propriamente dita, ele afirmaria mais tarde que estava "completamente doido por ela". A escola soube reconhecer o seu talento e atribuiu-lhe uma nota que jamais havia sido dada.
Aos 14 anos, Steiner adquiriu um exemplar de A crítica da razão pura, de Kant – uma obra filosófica difícil, que muito intelectual adulto não teria coragem de encarar. Como não tinha tempo de ler em casa, pois precisava realizar os deveres escolares e ajudar no trabalho doméstico, resolveu fazê-lo durante as aborrecidas aulas de história. Desmontou o livro de Kant e colou cuidadosamente cada uma de suas páginas entre as folhas do manual escolar. Fingindo acompanhar as exposições do professor, estudou metodicamente a filosofia kantiana.
Kant estreitara drasticamente o horizonte cognitivo da humanidade, considerando cognoscível apenas aquilo que podia ser apreendido pelos sentidos. Steiner, que conhecia o mundo espiritual até melhor do que o mundo sensorial, sabia, por experiência própria, que essa posição era, no mínimo, insuficiente. Todo o grande trabalho intelectual de sua juventude – desenvolvido a partir dos 21, quando editou e comentou os escritos científicos de Goethe – foi pautado pela necessidade de construir uma teoria do conhecimento alternativa à de Kant. Foi com base nela que ele pode, mais tarde, edificar sua antroposofia.
Mas, aos 14 anos, a atenção de Steiner ainda estava intensamente mobilizada pelo estudo das matemáticas e das ciências naturais. Bem como pela leitura da história, da doutrina e do simbolismo cristãos. Para custear sua educação, começou a dar aulas particulares, tendo, como alunos, tanto estudantes mais jovens quanto seus próprios colegas de classe. Aos 18 anos, graduou-se com distinção no liceu, recebendo o conceito "exemplar".
Por pressão do pai, que queria fazer dele engenheiro, Steiner se matriculou na Escola Politécnica de Viena. Enquanto as aulas não começavam, prosseguiu sua investigação pessoal da filosofia. Tendo completado o estudo de Kant, vendeu seus velhos livros escolares e, com o dinheiro recebido, comprou uma série de obras dos grandes filósofos do idealismo alemão: Fichte, Hegel, Schelling e seguidores. A questão que o motivava era a atividade cognitiva do "eu" humano. Por experiência própria, ele estava convencido de que o "eu" era espírito e vivia num mundo de seres espirituais. O processo de conhecimento construía uma ponte que ligava esse domínio supranatural à natureza.
Steiner continuava a manter em segredo os seus dons paranormais. Apenas com duas pessoas, ele compartilhou, nessa época, suas experiências. O primeiro era um homem do povo, com mais de 40 anos, que colhia ervas medicinais no campo para vendê-las às farmácias vienenses. Chamava-se Felix Koguzki. O jovem Steiner o conheceu no trem. Era uma pessoa simples, que nada sabia de ciências e filosofia. Possuia, porém, uma sabedoria inata, elementar e criativa. E uma experiência profunda tanto do mundo natural quanto do mundo espiritual. Steiner tornou-se amigo desse colhedor de ervas, junto do qual sentia estar na presença de uma alma muito antiga, que lhe trazia o saber instintivo de uma época intocada pela civilização.
O segundo interlocutor era ainda mais misterioso. Não conhecemos sequer o seu nome. Sabemos apenas que, sob o disfarce de uma profissão modesta, exercia conscientemente uma missão espiritual. Era grande conhecedor de ciências e filosofia e exerceu uma influência profunda na evolução do pensamento de Steiner. Este já havia estabelecido sua grande meta: religar a ciência e a espiritualidade, reintroduzir Deus na ciência e a natureza na religião, e, a partir disso, fecundar de novo a vida e a arte. Seu mestre oculto indicou-lhe o caminho a seguir para alcançar esse objetivo.
O adversário a ser combatido era a visão de mundo materialista e reducionista, que dominava o pensamento científico e toda a consciência intelectual da segunda metade do século 19. Se quisesse vencer esse modo de pensar, Steiner devia começar por conhecê-lo a fundo e reconhecer a parcela limitada de verdade que existia nessa cosmovisão. Só então estaria capacitado a falar ao homem moderno nos termos que ele era capaz de compreender.
Steiner mergulhou ainda mais fundo no estudo das ciências da natureza. E na vibrante atividade dos círculos intelectuais e artísticos vienenses. Aos 19 anos, conheceu um outro homem, que exerceria uma influência decisiva em sua vida: Karl Julius Schröer, poeta e erudito, que lecionava literatura alemã na Escola Politécnica de Viena. Schröer estava trabalhando na edição e comentário da segunda parte do Fausto, de Goethe. Por meio dele, Steiner travou contato com a obra e o pensamento do grande poeta alemão.
A conexão de Schröer com a herança goethiana era tão profunda que, quando conversava com seu professor, por horas a fio, Steiner tinha a sensação de que uma terceira entidade se fazia presente: o espírito do próprio Goethe. Foi por indicação de Schröer que, em 1882, ele foi convidado a editar os escritos científicos goethianos. Steiner os publicou em cinco livros, acompanhados por comentários que mostram o quanto havia progredido em sua própria reflexão filosófica.
Em oposição às idéias científicas de sua época, que concebiam a natureza como um mecanismo frio e sem alma, constituído apenas por matéria em movimento, Goethe (1749-1832) vira o mundo natural como uma uma totalidade viva e orgânica, impregnada de espírito. Essa visão de mundo vinha ao encontro de tudo aquilo que Steiner havia descoberto por experiência própria. Sua grande tarefa foi tornar explícito e sistemático esse pensamento que, na obra de Goethe, é apenas insinuado. Não é exagero dizer que ele a realizou de maneira magistral. Com a edição do último volume dos escritos goethianos se encerrou, em 1897, a etapa inicial de sua vida. Ele estava pronto para voar muito alto, com suas próprias asas.
(*) Johannes Hemleben. Rudolf Steiner. São Paulo: Ed. Antroposófica.

LISTA DA OBRA COMPLETA DE RUDOLF STEINER (GA - GESAMTAUSGABE)



RUDOLF STEINER - LISTA DA OBRA COMPLETA (GA - GESAMTAUSGABE)
E O ACERVO DA BIBLIOTECA DA
ESCOLA WALDORF RUDOLF STEINER DE SÃO PAULO
Parte I - GA 1 a 169
Versão 2.2 - 28/04/98
(para desviar para a Parte II, com GA 170 a 354, acione aqui; o endereço da EWRS está no fim da lista)
(to jump to Part II, with GA 170 a 354 please click here)

OBS: 1. Esta lista baseou-se inicialmente na base de dados fornecida pela biblioteca da EWRS-SP. Corrigimos e completamos as entradas usando oKatalog des Gesamtwerkes, 1997/1998, Rudolf Steiner Verlag, Haus Duldeck, CH-4143 Dornach, Suíça. Os títulos não encontrados nesse catágolo foram marcados com (?). 2. Cada título é precedido pelo número de tombo daquela biblioteca. Quando ela tem vários exemplares de mesmo título, indicamos esse fato abrindo uma linha com os números de tombo das duplicatas. 3. Deslocamos para o primeiro título de cada GA o original em alemão; os restantes são os outros títulos (separatas, traduções), ordenados por língua, na seguinte ordem: alemão, português, espanhol, francês, italiano e inglês. 4.Completamos a lista da GA com títulos sem exemplares naquela biblioteca; indicamos esse fato com número de tombo 0000. 5. Colocamos, somente no original da GA e não nas traduções, a data da publicação da obra ou das palestras proferidas. No caso de palestras, a data é  precedida do número de palestras seguido de V (de "Vorträge"), e da cidade onde ela foram proferidas. Quando são várias cidades não indicadas no catálogo completo, indicamos por vS (de "in verschiedenen Städten"). 6. Note-se que muitos títulos correspondem à publicação de palestras como separatas do volume correspondente da GA, o que era muito comum anos atrás;  indicamos esse fato com um [S] no fim da entrada. 7. Os volumes traduzidos e publicados pela Editora Antroposófica (acione aqui para desviar para seu catálogo) estão marcados com [EA].

 1. GA 1-47: Obras escritas por R.Steiner (Schriften - Written works)

!.1 GA 1-28: Livros (Werke - Books)

GA 1
3638 GOETHES NATURWISSENSCHAFTLICHE SCHRIFTEN - eingeleitet und kommentiert von R.Steiner. 1884-97.
Dupl: 3644 3645
3391 OBRA CIENTÍFICA DE GOETHE, A. Introdução e comentários de R.Steiner. [EA]
Dupl: 3392 
GA 1a-e
0000 J.W.Goethe: Naturwissenschaftliche Schriften. Mit Einleitungen, Fussnoten und Erläuterungen im Text herausgegeben von Rudolf Steiner (5 Bände). 1884-97.
3862 SPRÜCHE IN PROSA. 1897. [S]
GA 2
3653 GRUNDLINIEN EINER ERKENNTNISTHEORIE DER GOETHESCHEN WELTANSCHAUUNG, mit besonderer Rücksicht auf Schiller. 1886.
Dupl: 3654 5345
3365 LINHAS BÁSICAS PARA UMA TEORIA DO CONHECIMENTO NA COSMOVISAO DE GOETHE. [EA]
3372 METHODO SCIENTIFICO DE GOETHE, O; E A UNICA CRÍTICA POSSIVEL DOS CONCEITOS ATOMÍSTICOS
3439 ÚNICA CRITICA POSSIVEL DOS CONCEITOS ATOMÍSTICOS, A [S]
3339 GNOSEOLOGIA; CONCEPCIÓN GOETHEANA DEL MUNDO
GA 3
3906 WAHRHEIT UND WISSENSCHAFT. Vorspiel einer "Philosophie der Freiheit". 1892.
Dupl: 3907
3440 VERDADE E CIÊNCIA; PRELÚDIO PARA UMA FILOSOFIA DA LIBERDADE. [EA]
Dupl: 3441
3443 VERDADE E SCIENCIA; PRELUDIO DE UMA PHILOSOPHIA DA LIBERDADE 
GA 4
3816 PHILOSOPHIE DER FREIHEIT, DIE. Grundzüge einer modernen Weltanscahuung. 1884.
Dupl: 3817 3818
3324 FILOSOFIA DA LIBERDADE, A. [EA]
Dupl: 3325
3326 FILOSOFIA DE LA LIBERTAD, LA
Dupl: 3327
3405 PHILOSOPHY OF FREEDOM, THE (THE PHILOSOPHY OF SPIRITUAL ACTIVITY)
GA4a.
0000 Dokumente zur "Philosophie der Freiheit". Faksimile der Erstausgabe 1894 mit den handschriftlichen Eintragungen für die Neuausgabe 1918 und weitere Materialien.
GA 5
3332 FRIEDRICH NIETZCHE , EIN KÄMPFER GEGEN SEINER ZEIT. 1895.
Dupl: 3585
GA 6
3646 GOETHES WELTANSCHAUUNG. 1897.
GA 7
0000 Die Mystik im Aufgange des neuzeitlichen Geistesleben und ihr Verhältnis zur modernen Weltanschauung. 1901.
3380 MISTICI, I
3294 ELEVEN EUROPEAN MYSTICS
GA 8
3512 CHRISTENTUM ALS MYSTISCHE TATSACHE UND DIE MYSTERIEN DES ALTERTUMS, DAS. 1902.
3261 CRISTIANISMO COMO FATO MISTICO E OS MISTERIOS DA ANTIGUIDADE, O [EA]
Dupl: 3262
3263 CRISTIANISMO COMO HECHO MISTICO Y LOS MISTERIOS DE LA ANTIGUIDAD
3264 CRISTIANISMO Y LOS MISTERIOS DE LA ANTIGUIDAD, EL
3386 MYSTÈRE CHRÉTIEN EL LES MYSTÈRES ANTIQUES, LE
3395 OCCULT MYSTERIES OF ANTIQUITY, THE
GA 9
3867 THEOSOPHIE. EINFUBRUNG IN ÜBERSINNLICHE WELTERKENNTNIS UND MENSCHENBESTIMMUNG. 1904.
Dupl: 3868 3869 3870 3871 3872
3430 TEOSOFIA; INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO SUPRA-SENSÍVEL DO MUNDO E DO DESTINO HUMANO. [EA]
Dupl: 3431 0801
3434 THEOSOPHIE: ÉTUDE SUR LA CONNAISSANCE SUPRA-SENSIBLE ET LA DESTINÉE HUMAINE
3432 TEOSOFIA; INTRODUZIONE ALLA CONOSCENZA SOPRA-SENSIBILE DEL MONDO E DEL DESTINO UMANO
GA 10
3545 WIE ERLANGT MAN ERKENNTNISSE DER HOHEREN WELTEN? 1904-05.
Dupl: 3546 3547
3256 INICIAÇÃO OU COMO SE ADQUIRE O CONHECIMENTO DOS MUNDOS SUPERIORES, A [EA]
Dupl: 3257 3356
3250 COMO SE ADQUIERE EL CONOCIMIENTO DE LOS MUNDOS SUPERIORES
3251 COMO SE ALCANZA EL CONOCIEMIENTO DE LOS MUNDOS SUPERIORES
3420 RESULTS OF SPIRITUAL INVESTIGATION
GA 11
3455 AUS DER AKASHA-CHRONIK. 1904-08.
8003 CRÔNICA DO AKASHA, A. A GENESE DA TERRA E DA HUMANIDADE: UMA LEITURA ESOTÉRICA [EA]
3232 ATLÁNTIDA Y LEMURIA
3265 CRÓNICA DEL AKASHA, LA
GA 12
0000 Die Stufen der höheren Erkenntnis. 1905-08.
3518 DURCH DEN GEIST ZUR WIRKLICHKEITS-ERKENNTNIS DER MENSCHENRÄTSEL (?)
Dupl: 3519 3520 3521 3522 3523
3344 GRAUS DO CONHECIMENTO SUPERIOR, OS [EA]
Dupl: 010109
GA 13
3598 GEHEIMWISSENSCHAFT IM UMRISS, DIE. 1910.
Dupl: 3599 3600 3601
3242 CIÊNCIA OCULTA, A. ESBOÇO DE UMA COSMOVISÃO SUPRASENSORIAL [EA]
Dupl: 3243 3244 3245
3246 CIENCIA OCULTA, LA; UN BOSQUEJO
3421 SCIENCE OCULTE, LA
GA 14
3777 Vier Mysteriendramen: Die Pforte der Einweihung - Die Prüfung der Seele - Der Hüter der Schwelle - Der Seelen Erwachen. 1910-13.
3662 HÜTER DER SCHWELLE, DER. Seelenvorgänge in szenischen Bildern. 1912. [S]
3813 PFORTE DER EINWEIHUNG, DIE. Ein Rosenkreuzermysterium (1910) [S]
3829 PRÜFUNG DER SEELE, DIE. Szenisches Lebensbild as Nachspiel zur "Pforte der Einweihung". 1911. [S]
3831 QUELLENWUNDER, DAS: EIN MARCHEN AUS DEM MYSTERIENDRAMA (?)
3847 SEELEN ERWACHEN, DER. Seelische und geitige Vorgänge in szenischen Bildern. 1912. [S]
10851PORTAL DA INICIAÇÃO - UM MISTÉRIO ROSA-CRUZ, O [S] [EA]
3335 GATES OF KNOWLEDGE, THE; WITH AND ADDITIONAL CHAPTER ENTITLED PHILOSOPHY AND THEOSOPHY [S]
3407 PORTAL OF INITIATION, THE; A ROSICRUCIAN MYSTERY [S]
GA 15
3615 GEISTIGE FÜHRUNG DES MENSCHEN UND DER MENSCHHEIT, DIE. 1911.
3273 DIREÇÃO ESPIRITUAL DO HOMEM E DA HUMANIDADE, A [EA]
Dupl: 3274 3275
3427 SPIRITUAL GUIDANCE OF MAN AND HUMANITY
GA 16
3525 EIN WEG ZUR SELBSTERKENNTNIS DES MENSCHEN. 1912.
Dupl: 3526
3345 GUIA PARA EL CONOCIMIENTO DE SI MISMO
3438 UNA VIA PER L'UOMO ALLA CONOSCENZA DI SE STESSO
GA 17
3846 SCHWELLE DER GEISTIGEN WELT, DIE. 1913.
3364 LIMIAR DO MUNDO ESPIRITUAL, O. EXPLANAÇÕES AFORÍSTICAS.
5948 EVOLUÇÃO SOB O PONTO DE VISTA DO VERDADEIRO, A; PARTE DA OBRA: O LIMIAR DO MUNDO ESPIRITUAL
8005 LIMIAR DO MUNDO ESPIRITUAL. CONSIDERAÇÕES AFORÍSTICAS. [EA]
GA 18
3833 RÄTSEL DER PHILOSOPHIE IN IHRER GESCHICHTE ALS UMRISS DARGESTELLT, DIE. 1914.
3318 L'EVOLUZIONE DELLA FILOSOFIA
GA 20
3756 VOM MENSCHENRÄTSEL. 1916.
GA 21
3849 VON SEELENRÄTSEL. 1917.
GA 22
9805 GOETHES GEISTESART IN IHRER OFFENBARUNG DURCH SEIN "FAUST" UND DURCH DAS "MÄRCHEN VON DER SCHLANGE UND DER LILIE". 1918.
3643 GOETHES GEHEIME OFFENBARUNG (?)
3299 L'ESPRIT DE GOETHE D'APRES FAUST EL LE CONTE DU SERPENT VERT
GA 23
3690 Kernpunkte der Sozialen Fragen in den Lebensnotwendigkeiten der Gegenwart und Zukunft, Die. 1919.
3230 ASPECTO TERNARIO DEL ORGANISMO SOCIAL, EL
3390 NUEVA ORDEM SOCIAL, EL
3435 THREEFOLD SOCIAL ORDER, THE
3436 TOWARDS SOCIAL RENEWAL; BASIC ISSUES OF THE SOCIAL QUESTION
GA 24
0000 Aufsätze über die Dreigliederung des Sozialen Organismus und zur Zeitlage. 1915-21.
3487 ASPEKTE DER WALDORF-PÄDAGOGIK (?)
3584 FREIE SCHULE DREIGLIEDERUNG (?)
3414 QUE URGE, O (?)
GA 25
3698 KOSMOLOGIE, RELIGION UND PHILOSOPHIE. 1922.
GA 26
3474 ANTHROPOSOPHISCHE LEITSÄTZE. Der Erkenntnisweg der Anthroposophie - Das Michael Mysterium. 1924-25.
Dupl: 3475
3513 CHRISTUSWIRKEN IN MENSCHENTATEN
9571 MÁXIMAS ANTROPOSÓFICAS - O MISTERIO DE MICAEL [S]
GA 27
3651 GRUNDLEGENDES FÜR EINE ERWEITERUNG DER HEILKUNST nach geisteswissenschaftlichen Erkenntnissen (mit Dr. Ita Wegman). 1925.
Dupl: 3652
3293 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA UMA AMPLIAÇÃO DA ARTE DE CURAR
GA 28
3734 MEIN LEBENSGANG. 1923-25.
Dupl: 3735 3736 3737

1.2 GA 29-36: Coletâneas de ensaios e artigos (Gesammelte Aufsätze - Collection of articles)

GA 29
3624 GESAMMELTE AUFSÄTZE ZUR DRAMATURGIE. 1889-19.
GA 30
0000 Methodische Grundlagen der Anthroposophie. Gesammelte Aufsätze zur Philosophie, Naturwissenschaft, Ästhetik und Seelenkunde. 1884-1901.
3641 GOETHE ALS VATER EINER NEUEN ÄSTHETIK [S]
3655 HAECKEL UND SEINE GEGNER [S]
3340 GOETHE COMO FUNDADOR DE UMA NUEVA ESTETICA [S]
5935 ARTE E ESTÉTICA SEGUNDO GOETHE; GOETHE COMO FUNDADOR DE UMA ESTÉTICA NOVA [S] [EA]
GA 31
3625 GESAMMELTE AUFSÄTZE ZUR KULTUR- UND ZEITGESCHICHTE. 1887-1901.
GA 32
3626 GESAMMELTE AUFSÄTZE ZUR LITERATUR. 1884-1902.
3447 WALDORF EDUCATION FOR ADOLESCENCE; SUPPLEMENTARY COURSE - THE UPPER SCHOOL (?)
GA 33
3502 BIOGRAPHIEN UND BIOGRAPHISCHE SKIZZEN. 1894-1905.
GA 34
0000 Luzifer-Gnosis. Grundelegende Aufsätze zur Philosophie und Berichte aus der Zeitschrift "Luzifer" und "Luzifer-Gnosis". 1903-08.
3553 ERZIEHUNG DES KINDES VOM GESICHTSPUNKTE DER GEISTESWISSENSCHAGT [S]
Dupl: 3554 3555
3605 GEISTESWISSENSCHAFT UND SOZIALE FRAGE. 1905-06. [S]
3940 WIE KARMA WIRKT [S]
5945 REINKARNATION UND KARMA. WIE KARMA WIRKT [S]
3241 CIÊNCIA ESPIRITUAL E QUESTÃO SOCIAL; TRES ENSAIOS. [S] [EA]
3248 COMO ATUA O CARMA. [S] [EA]
3278 EDUCAÇÃO DA CRIANÇA SEGUNDO A CIÊNCIA ESPIRITUAL, A [EA]
Dupl: 3279 3280 3281
3417 REENCARNAÇÃO E CARMA  À LUZ DAS MODERNAS CONCEPÇÕES DA CIÊNCIA NATURAL; TEXTOS ESCOLHIDOS. [EA]
8002 COMO ATUA O CARMA, O PASSADO E O FUTURO NO TEAR DO PROPRIO DESTINO
3286 EDUCACIÓN DEL NINO A LA LUZ DE LA ANTROPOSOFIA
GA 35
3815 PHILOSOPHIE UND ANTHROPOSOPHIE. Gesammelte Aufsätze. 1904-23.
3747 MENSCHLICHE LEBEN VOM GESICHTSPUNKTE DER GEISTSWISSENSCHAFT, DAS [S]
8f6 MATÉRIA, FORMA E ESSÊNCIA. O CAMINHO COGNITIVO DA FILOSOFIA À ANTROPOSOFIA. [EA]
3277 DRAMA COGNITIVO, O
3322 FILOSOFIA Y ANTROPOSOFIA 
GA 36
0000 Der Goetheanumgedanke inmitten der Kulturkrisis der Gegenwart. Gesammelte Aufsätze aus der Wochenschrift "Das Goetheanum". 1921-25.
3485 APHORISMEN (?)
3487 ASPEKTE DER WALDORF-PÄDAGOGIK (?)
3639 GOETHE-STUDIEN UND GOETHEANISTISCHES DENKMETHODEN (?)
3848 VOM SEELENLEBEN:  SPRACHE UND SPRACHGEIST. 1922-23.
GA 37
7566 KONSTITUTION DER ALLGEMEINEN ANTHROPOSOPHISCHEN GESSELLSCHAFT UND DER FREIEN HOCHSCHULE FÜR GEISTESWESSENSCHAFT, DIE

1.3 GA 38-47: Publicações do espólio (Veröffentlichungen aus dem Nachlass - Publications of the estate)

GA 38
0000 Briefe Band I: 1881-90.
GA 39
0000 Briefe Band II: 1890-1925.
GA 40
3908 WAHRSPRUCHWORTE. (1906-25)
Dupl: 3909
3587 GEBETE FÜR MUTTER UND KINDER [S]
3910 WAHRSPRUCHWORTE, RICHTSPRUCHWORTE, WAHRSPRÜCHE UND WIDMUNGEN [S]
3237 CALENDÁRIO ANTROPOSÓFICO DA ALMA
3444 VERSOS E MEDITAÇÕES; DANÇA DOS PLANETAS; DOZE HARMONIAS - O ZODÍACO
3514 CREDO
3397 ORACIONES PARA MADRES Y NINOS
GA 41
(Não existe.)
GA 42
(V. GA 264-268)
GA 43
0000 Bühnenbearbeitungen - ainda não publicado.
3231 ASSEMBLÉIA DE NATAL 1923-24, A; A FUNDAÇÃO DA SOCIEDADE ANTROPOSÓFICA (?)
GA 44
3531 ENTWÜRFE, FRAGMENTE UND PARALIPEMENA ZU DEN VIER MYSTERIENDRAMEN. 1910-13.
GA 45
3466 ANTHROPOSOPHIE. Ein Fragmet aus dem Jahre 1910.
GA 46-50
(Não existem.)

2. GA 51-354: Palestras (Vorträge - Lectures)

2.1  GA 51-84: Palestras públicas (Öffentliche Vorträge - Public lectures)

2.1.1 GA 51-67: Palestras públicas proferidas em Berlim, na "Casa dos Arquitetos" ( Die Berliner öffentliche Vortragsreihen - "Architektenhaus-Vorträge" - The Berlin public lectures at the "House of Architects") - 1917/18

GA 51
3887 ÜBER PHILOSOPHIE, GESCHICHTE UND LITERATUR. Darstellung an der Arbeiterbildungsschule und der "Freien Hoschschule" in Berlin. 1901-05.
3843 SCHILLER UND UNSER ZEITALTER [S]
GA 52
3859 SPIRITUELLE SEELENLEHRE UND WELTBETRACHTUNG. 18 V Berlin 06/09/03-08/12/04.
GA 53
0000 Ursprung und Ziel des Menschen. Grundbegriffe der Geisteswissenschaft. 23 V Berlin 29/09/04-08/06/05.
3647 GROSSEN EINGEWEIHTEN, DIE (?)
3648 GRUNDBEGRIFFE DER THEOSOPHIE, DIE. (?)
3842 SCHILLER UND DIE GEGENWART. [S]
GA 54
3913 WELTRÄTSEL UND DIE ANTHROPOSOPHIE, DIE. 22 V Berlin 05/10/05-03/05/06.
3949 ZEICHEN UND SYMBOLE DES WEIHNACHTSFESTES. 3 V Berlin 19/12/04 14/1205 17/12/06. [S - GA 92, 54, 96].
GA 55
3543 ERKENNTNIS DES ÜBERSINNLICHEN IN UNSERER ZEIT UND DEREN BEDEUTUNG FUER DAS HEUTIGE LEBEN, DIE. 13 V Berlin 11/10/06-26/4/07, Köln 01/12/06.
3503 BLUT IST EIN GANZ BESONDERER SAFT. 1 V Berlin 25/10/06. [S]
3425 SIGNIFICADO OCULTO DE LA SANGRE, El.
GA 56
3542 ERKENNTNIS DER SEELE UND DES GEISTES, DIE. 13 V Berlin, München 10/10/06-14/05/08.
GA 57
0000 Wo und wie findet man den Geist? 18 V Berlin 15/10/08-6/05/09.
3593 GEHEIMNIS DER MENSCHLICHEN TEMPERAMENTE, DAS [S]
8007 MISTÉRIO DOS TEMPERAMENTOS, O: AS BASES ANÍMICAS DO COMPORTAMENTO HUMANO. [EA]
3378 MISTERIO DE LOS TEMPERAMENTOS, EL
3331 FOUR TEMPERAMENTS, THE 
GA 58
3761 METAMORPHOSEN DES SEELENLEBENS - Pfade der Seelenerlebnisse I. 9 V Berlin 14/10-09/12/09, München 05/12/09, 14/03/10.
Dupl: 3762
3371 METAMORFOSIS DE LA VIDA ANÍMICA, LAS
GA 59
0000 METAMORPHOSEN DES SEELENLEBENS - Pfade der Seelenerlebnisse II. 9 V Berlin 20/01-12/05/10.
3489 AUSDRUCKSFÄHIGKEIT DES MENSCHEN IN SPRACHE, LACHEN UND WEINEN, DIE 3 V Berlin 1919-10. [S]
3699 KRANKHEIT UND ENTWICKLUNGSGESCHEHEN(?)
3811 PFADE DER SEELENERLEBNISSE [S]
GA 60
3483 ANTWORTEN DER GEISTESWISSENSCHAFT AUF DIE GROSSEN FRAGEN DES DASEINS. 15 V Berlin 20/10/10-16/03/11.
GA 61
0000 Menschengeschichte im Lichte der Geitesforschung. 16 V Berlin 19/10/11-28/03/12.
3637 GLUCK, SEIN WESEN UND SEIN SCHEIN, DAS. [S]
3694 KOPERNIKUS UND SEINE ZEIT. [S]
3755 MENSCHENGESCHICHTE, GEGENWART UND ZUKUNFT IM LICHTE DER GEISTESWISSENSCHAFT (?)
3899 VERBORGENEN TIEFEN DES SEELENLEBENS, DIE
3914 WENDEPUNKTE DES GEISTESLEBENS. 6 V de GA 60, 61. [6]
GA 62
0000 Ergebnisse der Geistesforschung. 14 V Berlin 31/10/12-10/04/13
3676 IRRTUMER DER GEISTESFORSCHUNG (?)
3942 WIE WIDERLEGT MAN GEISTESFORSCHUNG? (?)
5938 INTERPRETAÇÃO DOS CONTOS DE FADAS
3266 CUENTOS A LUZ INVESTIGACIÓN ESPIRITUAL, LOS
3406 POETRY AND MEANING OF FAIRY TALES, THE
GA 63
3603 GEISTESWISSENSCHAFT ALS LEBENSGUT. 12 V Berlin 30/10/13-23/04/14.
GA 64
3841 SCHICKSALTRAGENDER ZEIT, AUS. 14 V Berlin 29/10/14-23/04/15, Nürnberg 12/03/15, München 28/11/15.
3915 WELTBILD DES DEUTSCHEN IDEALISMUS, DAS. [S]
GA 65
0000 Mitteleuropäischen Geistesleben, Aus dem. 14 V Berlin 02/12/15-15/04/16.
3583 FICHTES GEIST MITTEN UNTER UNS. [S]
3636 GESUNDES SEELENLEBEN UND GEISTESFORSCHUNG. [S]
GA 66
0000 Geist und Stoff, Leben und Tod. 7 V Berlin 15/02-31/03/17
GA 67
0000 Ewige in der Meschenssele. Unsterblichkeit und Freiheit, Das. 10 V Berlin 24/01-20/04/18.

2.1.2 GA 68-84: Palestras e cursos públicos fora de Berlim (Öffentliche Vorträge ausserhalb Berlins und Hochschulkurse - Public lectures outside of Berlin and ) - 1906-1924

GA 68-71
(Palestras em diferentes cidades, ainda não publicadas. Öffentliche Vorträge vS 1906-18, Herausgabetermin noch nicht feststehend)
GA 69 (?)
3604 GEISTESWISSENSCHAFT UND NATURWISSENSCHAFT IN IHREM VERHÄLTNIS ZU LEBENSRÄTSELN (?)
GA 72
0000 Freiheit - Unsterblichkeit - Soziales Leben. Vom Zusammenhang des Seelisch-Geitigen mit dem Leiblichen des Menschen. 10 V Basel, Bern 18/10/17-11/12/18.
GA 73
3538 ERGÄNZUNG HEUTIGER WISSENSCHAFTEN DURCH ANTHROPOSOPHIE, Die. 8 V Zürich 5-14/11/17, 08-17/10/18.
GA 74
3819 PHILOSOPHIE DES THOMAS VON AQUINO, DIE. 1920. 3 V Dornach 22-24/05/20.
Dupl: 3820
GA 76
3496 BEFRUCHTENDE WIRKUNG DER ANTHROPOSOPHIE AUF DIE FACHWISSENSCHAFTEN, DIE. Dornach 03-10/4/21.
GA 77a
0000 Aufgabe der Anthroposophie gegenüber Wissenschaft und Leben, Die (Darmtädter Hochschulkurs). Darmstadt 27-30/07/21.
GA77b
0000 Kunst und Anthroposophie. Der Goetheanum-Impuls. Dornach 21-27/08/21.
GA 78
3468 ANTHROPOSOPHIE - IHRE ERKENNTNISWURZELN UND LEBENSFRÜCHTE. Mit einer Einleitung über den Agnostizismuis als Verderber echten Menschentums.
8 V Stuttgart 29/08-6/9/21.
Dupl: 3469
GA 79
0000 Die Wirklichkeit der Höheren Welten. Einführung in die Anthroposophie. 8 V Kriatiania (Oslo) 25/11-02/12/21.
3402 PATHS TO KNOWLEDGE OF HIGHER WORLDS
GA 80
(Palestras em diversas cidades 1922, ainda não publicado)
3916 WESEN DER ANTHROPOSOPHIE, DAS (?)
GA 81
0000 Erneuerungs-Impulse für Kultur und Wissenschaft (Berliner Hochschulkurs). 7 V Berlin 06-11/03/22, Dornach 18/03/22.
GA 82
0000 Damit der Mensch ganz Mensch werde. Die Bedeutung der Anthroposophie in Geistesleben der Gegenwart (Haager Hochschulkurs). 6 V Den Haag, 07-12/04/22.
GA 83
3917 WESTLICHE UND ÖSTLICHE WELTGEGENSÄTZLICHKEIT - Wege zu ihrere Verständigung durch Anthroposophie.. 10 V Wien, 01-12/6/22.
Dupl: 3918
GA 84
3946 WAS WOLLTE DAS GOETHEANUM UND WAS SOLL DIE ANTHROPOSOPHIE? 11 V Basel 09/04 Dornach 14-22/04 Prag 27, 30/04, Wien 27, 29/09/23 Paris 26/05/24.
Dupl: 3947

2.2 GA 85-263: Palestras e ciclos de palestras para membros da Sociedade Antroposófica (Vorträge vor Mitgliedern der Anthroposophischen Gesellschaft - Lecture for memeber of the Anthroposophic Society)

2.2.1 GA 85-244: Palestras e ciclos sobre temas antroposóficos em geral (Vorträge und Vortragszyklen allgemein-anthroposophischen Inhalts - Lectures and cycles on general Anthroposophic contents)

GA 85-92
(Notas de membros e aulas particulares 1901-05 sobre Cristologia, Mitologia e Cosmologia, ainda não publicadas.)
GA 90 (?)
3568 ESOTERIK UND WELTGESCHICHTE IN DER GRIECHISCHEN UND GERMANICHEN MYTHOLOGIE (?)
GA 93
3866 TEMPELLEGENDE UND DIE GOLDENE LEGENDE als symbolischer Ausdruck vergangener und zukünftiger Entwickelungsgeheimnisse des Menschen, Die. 1904-14.
3429 TEMPLE LEGEND, THE; FREEMASONRY & RELATED OCCULT MOVEMENTS
GA 93a
3649 GRUNDELEMENTE DER ESOTERIK. 31 V Berlin 26/09-05/11/05.
GA 94
3697 KOSMOGONIE. Populärer Okkultismus. Das Johannes-Evangelium. Die Theosophie an Hand des Johannes-Evangeliums. 18 V Paris 25/05-14/06/06, 14 V Leipzig 28/06-11/07/06, 3 V Berlin 19, 26/02, 05/03/06, 8 V München 27/10-06/11/06 resp.
3298 L'ÉSOTERISME CHÉTIEN; ESQUISSE D'UNE COSMOGONIE PSYCHOLOGIQUE
GA 95
0000 Vor dem Tore der Theosophie (Zyklus 1). 14 V Stuttgart 22/08-04/09/06.
GA 96
3775 MYSTERIEN DES GEISTES, DES SOHNES UND DES VATERS, Die. Eine Osterbetrachtung. 3 V München 17/03 Berlin 25/03, 01/04/07.
3893 URSPRUNGSIMPULSE DER GEISTESWISSENSCHAFT. Christliche Esoterik im Lichte neuer Geist-Erkenntnis. 20 V Berlin 29/01/06-12/06/07. [S]
3948 ZEICHEN UND SYMBOLE DES WEIHNACHTSFESTES. 3 V Berlin 19/12/04, 14/12/05, 17/12/06. [S, GA 92, 56, 96]]
Dupl: 3949.
3894 VATERUNSER, DAS. Eine esoterische Betrachtung. Berlin 28/01/07. [S]
3399 PAI NOSSO, O; CONSIDERAÇÕES ESOTERICAS
Dupl: 34
8010 ORIGENS DO PAI NOSSO, AS [EA]
3240 CHRISTMAS
3426 SIGNS AND SYMBOLS OF THE CHRISTMAS FESTIVAL
GA 97
5927 CHRISTLICHE MYSTERIUM, DAS. Die Wahrheitssprache der Evangelien. Luzifer und Christus. Alte Esoterik und Rosenkreuzertum. Erkenntnisse und Lebensfrüchte der Geisteswissenschaft. 31 V vS 09/02/06-17/03/07.
GA 98
3785 NATUR- UND GEISTWESEN: IHR WIRKEN IN UNSERER SICHTBAREN WELT. 18 V vS 05/11/07-14/06/08.
3812 PFINGSTEN - DAS FEST DER FREIEN INDIVIDUALITÄT. Das Pfingstfest des seelischen Zusammnestrebens und des Arbeitens an der Vergeistigung der Welt. 3 V Köln 07-09/06/98, Hamburg 15/05/10. [S]
3889 ÜBER DAS ZUSAMMENWIRKEN UNSERER SICHTBAREN WELT MIT GEISTIGEN WESENHEITEN. (?)
3423 SERES ELEMENTARES E SERES ESPIRITUAIS [S] [EA]
3442 VERDADE DOS GNOMOS, ONDINAS, SILFOS E SALAMANDRAS, A [S]
3387 NATALE, PASQUA, PENTECOSTE (?)
GA 99
3873 THEOSOPHIE DES ROSENKREUZERS, DIE (Zyklus 2). 14 V München 22/05-06/06/07
Dupl: 3875
3433 TEOSOFIA DEL ROSACRUZ, LA
GA 100
3750 MENSCHEITSENTWICKELUNG UND CHRISTUS-ERKENNTNIS. Theosophie und Rosenkreuzertum. Das Johannes Evangelium. 22 V Kassel 16-29/06 Basel 16-25/11/07 resp.
GA 101
3781 MYTHEN UND Sagen. Okkulte Zeichen und Symbole. 16 V Berlin, Stuttgart, Köln 13/09-29/12/07.
3919 WEINHACHT - Eine Betrachtung aus der Lebensweisheit (Vitaesophia). 1 V Berlin 13/12/07. [S]
3396 OCCULT SIGNS AND SYMBOLS
GA 102
3661 HEREINWIRKEN GEISTIGER WESENHEITEN IN DEN MENSCHEN, DAS. 13 V Berlin 06/01-11/06/08.
3511 Ostern, das Mysterium der Zukunft. CHRISTENTUM HAT BEGONNEN ALS RELIGION, ABER ES IST GRÖSSER ALS ALLE RELIGIONEN, DAS. 2 V Berlin 13/04, 13/05/08. [S]
3803 OSTERN - DAS MYSTERIUM DER ZUKUNFT [S]
GA 103
3683 JOHANNES EVANGELIUM, DAS (Zyklus 3). 12 V Hamburg 18-31/05/08.
3314 EVANGELIO SEGÚN SAN JUAN, EL
3342 GOSPEL OF ST. JOHN, THE
GA 104
3486 APOKALYPSE DES JOHANNES, DIE (Zyklus 6). 13 V Nürnberg 17-30/06/08.
8001 APOCALIPSE DE JOÃO, O
3224 APOCALYPSE, THE
GA 104a
0000 Aus der Bilderschrift der Apokalypose des Johannes - Teilnehmerauzeichnungen von vier Vorträgen. München 22/04-15/05/07, 12 V Kristiania (Oslo) 09-21/05/09.
GA 105
3920 WELT, ERDE UND MENSCH, deren Wesen und Entwickelung sowie ihre Spiegelung in dem Zusammnhang zwischen ägyptischem Mythos und gegenwärtiger Kultur (Zyklus 4). 11 VB Stuttgart 04-16/08/08.
GA 106
3453 ÄGYPTISCHE MYTHEN UND MYSTERIEN (Zyklus 5). 12 V Leipzig 02-14/09/08.
GA 107
3609 GEISTESWISSENSCHAFTLICHE MENSCHENKUNDE (Zyklus A). 19 V Berlin 19/10/08-17/06/09.
3489 AUSDRUCKSFÄHIGKEIT DES MENSCHEN IN SPRACHE, LACHEN UND WEINEN, DIE. 3 V Berlin, 1909-10. [S]
3510 CHRISTUSTAT UND DIE WIDERSTREBENDEN GEISTIGEN MÄCHTE, DIE: LUZIFER, AHRIMAN, ASURAS. Berlin, 22/03/09. [S] 10919 INFLUÊNCIAS LUCIFÉRICAS, ARIMÂNICAS E ASÚRICAS SOBRE O HOMEM [S]
3235 BEING OF MAN AND HIS FUTURE EVOLUTION, THE 
GA 108
3494 BEANTWORTUNG VON WELT- UND LEBENSFRAGEN DURCH ANTHROPOSOPHIE, Die. 21 V vS 14/03/08-21/11/09.
3826 PRAKTISCHE AUSBILDUNG DES DENKENS, DIE. 1 V Karlsruhe 18/01/09. [S]
Dupl: 3827
3282 EDUCAÇÃO PRÁTICA DO PENSAMENTO, A [S] [EA]
Dupl: 3283 5939
GA 109
3828 PRINZIP DER SPIRITUELLEN ÖKONOMIE IM ZUSAMMENHANG MIT WIEDERVERKÖRPERUNGSFRAGEN, DAS. Ein Aspekt der Geitigen Führung der Menscheit. 23 V vS 21/01-15/06/09. (Inkl. Theosophie und Okkultismus des Rosenkreuzers. 10 V Budapest)
GA 110 Geistige Hierarchien und ihre Widerspiegelung in der physischen Welt. Tierkreis, Planeten, Kosmos (Zyklus 7). 10 V Düsseldorf 12-22/04/09.
3359 JERARQUÍAS ESPIRITUALES Y SU REFLEJO EN EL MUNDO FÍSICO, LAS
3428 SPIRITUAL HIERARCHIES AND THEIR REFLECTION IN THE PHYSICAL WORLD. ZODIAC, PLANETS AND COSMOS, THE
GA 111 (?)
(Não existe)
GA 112
3682 JOHANNES-EVANGELIUM, DAS im Verhältnis zu den drei anderen Evangelien, besonders zu dem Lukas-Evangelium (Zyklus 8). 14 V Kassel 24/06-07/09.
3308 EVANGELHO SEGUNDO JOÃO, O [EA]
3247 COMENTARIOS AL EVANGELIO DE SAN JUÁN
3341 GOSPEL OF ST. JOHN, THE
GA 113
3802 ORIENT IM LICHTE DES OKZIDENTS, DER. DIE KINDER DES LUZIFER und DIE BRÜDER CHRISTI (Zyklus 9). 9 V München 23-31/08/09.
GA 114
3727 LUKAS-EVANGELIUM, DAS (Zyklus 10). 10 V Basel 15-26/09/09.
3309 EVANGELHO SEGUNDO LUCAS, O [EA]
Dupl: 3310
3313 EVANGELIO SEGÚN SAN LUCAS, EL
GA 115
3482 ANTHROPOSOPHIE, PSYCHOSOPHIE, PNEUMATOSOPHIE. 12 V Berlin 23-27/10/09, 01-04/11/10, 12-16/12/11.
3449 WISDOM OF MAN, OF THE SOUL AND OF THE SPIRIT, THE; ANTHROPOSOPHY, PSYCHOSOPHY, PNEUMATOSOPHY.
GA 116
3507 CHRISTUS-IMPULS UND DIE ENTWICKELUNG DES ICH-BEWUSSTSEINS, DER (Zyklus 17). 7 V Berlin 25/10/09-08/05/10.
3352 IMPULSO DEL CRISTO Y LA CONCIENCIA DEL YO, EL
Dupl: 3353
GA 117
3876 TIEFEREN GEHEIMNISSE DES MENSCHHEITSWERDENS IM LICHTE DER EVANGELIEN, DIE. 12 V vS 11/10-26/12/09.
3410 PROFUNDOS SECRETOS DEL DESARROLLO HUMANO
GA 118
3536 EREIGNIS DER CHRISTUS-ERSCHEINUNG IN DER ÄTHERISCHEN WELT, DAS. 16 V vS 25/01-13/04/10.
3597 GEHEIMNISSE DES WELTENALLS, DIE. KOMETARISCHES UND LUNARISCHES. [S]
GA 119
5943 MAKROKOSMOS UND MIKROKOSMOS. Die grosse und die kleine Welt. Seelenfragen, Lebesfragen, Geistesfragen. 11 V Wien 21-31/03/10.
GA 120
3795 OFFENBARUNGEN DES KARMA, DIE (Zyklus 12). 11 V Hamburg, 16-28/05/10.
3366 MANIFESTAÇÕES DO CARMA, AS [EA]
3367 MANIFESTACIONES DEL KARMA, LAS
3368 MANIFESTATIONS OF KARMA, THE
GA 121
3767 MISSION EINZELNER VOLKSSEELEN IM ZUSAMMENHANG MIT DER GERMANISCHE-NORDISCHEN MYTHOLOGIE, Die (Zyklus 13). 11 V Kristiania (Oslo) 07-17/06/10
Dupl: 3767
3374 MISSÃO DAS ALMAS DOS POVOS, A [EA]
3216 ALMAS NACIONALES Y SU MISIÓN; SU RELACIÓN CON LA MITOLOGIA GERMANO-NÓRDICA 
GA 122
3596 GEHEIMNISSE DER BIBLISCHEN SCHÖPFUNGSGESCHICHTE, DIE. Das Sechstagewerk im 1. Buch Moses (Zyklus 14). 11 V München 16-26/08/10.
3336 GÉNESIS; LOS SECRETOS DEL RELATO BÍBLICO DE LA CREACIÓN
Dupl: 3337 
GA 123
3731 MATTHÄUS-EVANGELIUM, DAS (Zyklus 15). 12 V Bern 01-12/09/10.
3311 EVANGELHO SEGUNDO MATEUS, O [EA]
Dupl: 3312
3316 EVANGELHO SEGÚN SAN MATEO, EL
GA 124
3580 EXKURSE IN DAS GEBIET DES MARKUS-EVANGELIUMS. 13 V Berlin 17/10/10-10/06/11 (Zylus 30), München 12/12/10, Hannover 18/12/10, Koblenz 02/02/11.
GA 125
3921 WEGE UND ZIELE DES GEISTIGEN MENSCHEN. Lebesfragen im Lichte der Geisteswissenschaft. 14 V vS 23/01-27/12/10.
3685 JULZEIT UND DIE CHRISTFESTSTIMMUNG, DIE. 1 V Stuttgart 27/12/`10. [S]
3689 KARMISCHE WIRKUNGEN (?)
3922 WEIHNACHTSFEST IM WANDEL DER ZEITEN, DAS. Weihnachten - ein Inspirationsfest. 2 V Berlin 22/12/10, 21/12/11. [S]
GA 126
3798 OKKULTE GESCHICHTE. Esoterische Betrachtungen kermischer Zusammenhänge von Persönlichkeiten und Ereignissen der Weltgeschichte (Zyklus 16). 6 V Stuttgart 27-31/12/10, 01/01/11..
Dupl: 3799
3394 OCCULT HISTORY; HISTORICAL PERSONALITIES AND EVENTS IN THE LIGHT OF SPIRITUAL SCIENCE
GA 127
3769 MISSION DE NEUEN GEISTESOFFENBARUNG, DIE. Das Christus-Ereignis als Mittelpunktsgeschehen der Erdenevolution. 16 V vS 05/01-26/12/11.
3532 ERBSÜNDE UND GNADE. Eine Esoterische Betrachtung. 1 V München 03/05/11. [S]
Dupl: 3533
GA 128
3527 EINE OKKULTE PHISIOLOGIE. 9 V Prag 20-28/03/11, 28/03/11.
3328 FISIOLOGIA OCULTA, A [EA]
Dupl: 10111
GA 129
0000 Weltenwunder, Seelenprüfungen und Geistesoffernbahrungen (Zyklus 18). 10 V München 18-27/08/11, 28/08/11.
GA 130
0000 Das esoterische Christentum und die geistige Führung der Menschheit. 23 V vS 1911-12.
5344 ÄTHERISATION DES BLUTES, DIE. 1 V Basel 01/10/11. [S]
3305 ETERIZAÇÃO DO SANGUE, A. A INTERVENÇÃO DO CRISTO ETÉRICO NA EVOLUÇÃO TERRESTRE. [S] [EA]
3259 CRISTIANISMO ROSACRUZ, EL
GA 131
3680 VON JESUS ZU CHRISTUS (Zyklus 19). 11 V Karlsruhe 04-14/10/11.
Dupl: 3681
3360 DE JESUS A CRISTO [EA]
Dupl: 3361
GA 132
3579 EVOLUTION VOM GESICHTSPUNKTE DES WAHRAFTIGEN, DIE (Zyklus 35). 5 V Berlin 31/10-05/12/11.
5948 EVOLUÇÃO SOB O PONTO DE VISTA DO VERDADEIRO, A; PARTE DA OBRA: O LIMIAR DO MUNDO ESPIRITUAL
3317 EVOLUCIÓN DESDE EL PUENTO DE VISTA DE LO VERDADERO, LA
GA 133
3674 IRDISCHE UND DER KOSMICHE MENSCH, DER (Zyklus 36). 9 V Berlin 23/10/11-20/06/12.
Dupl: 3675
GA 134
0000 Die Welt der Sinne und die Welt des Geistes (Zyklus 20). 6 V Hannover 27/12/11-01/01/12.
3385 MUNDO DE LOS SENTIDOS Y EL MUNDO DEL ESPIRITU, EL
3451 WORLD OF THE SENSES AND THE WORLD OF THE SPIRIT, THE
GA 135
3944 WIEDERVEKÖRPERUNG UND KARMA und ihre Bedeutung für die Kultur der Gegenwart. 5 V Berlin, Stuttgart 23/01-05/03/12.
3516 WIE KOMMT MAN ZUR ERKENNTNIS WIEDERHOLTER ERDENLEBEN? ÜBUNGEN UND BEISPIELE (?)
3418 REECARNACIÓN Y KARMA Y SU SIGNIFICADO PARA LA CULTURA ACTUAL
3419 REINCARNATION AND KARMA; THEIR SIGNIFICANCE IN MODERN CULTURE 
GA 136
0000 Die geistigen Wesenheiten in den Himmelskörpern und Naturreichen (Zyklus 21). 10 V Helsingfors 03-14/04/12.
3424 ENTIDADES ESPIRITUAIS CONTIDAS NOS CORPOS CELESTES E NOS REINOS DA NATUREZA. Helsingfors, 1912
3295 ENTIDADES ESPIRITUALES EN LOS CUERPOS CELESTES Y EN LOS REINOS DE LA NATURALEZA, LAS
Dupl: 3296
GA 137
0000 Der Mensch im Lichte von Okkultismus, Theosophie end Philosophie (Zyklus 22). 10 V Kristiania (Oslo) 02-12/06/12.
GA 138
0000 Von der Initiation. Von Ewigkeit und Augenblick. Von Geisteslicht und Lebensdunkel (Zyklus 23). 8 V München 25-31/08/12.
GA 139
3729 MARKUS-EVANGELIUM, DAS (Zyklus 23). 10 V Basel 15-24/09/12.
10850 EVANGELHO SEGUNDO MARCOS, O - CONSIDERAÇÕES ESOTÉRICAS SOBRE O MISTÉRIO DO GÓLGOTA [EA]
3315 EVANGELIO SEGÚN SAN MARCOS, EL
3343 GOSPEL OF ST. MARK, THE
GA 140
3797 OKKULTE UNTERSUCHUNGEN ÜBER DAS LEBEN ZWISCHEN TOD UND NEUER GEBURT. Die lebendige Wechselwirking zwischen Lebenden und Toten. 20 V vS 1912-13.
3724 LEBENDIGE WECHSELWIRKUNG ZWISCHEN LEBENDEN UND TOTEM, DIE. [S]
3446 VISIONES DEL MUNDO SPIRITUAL (?)
GA 141
3722 LEBEN ZWISCHEN DEM TODE UND DER NEUEN GEBURT IM VERHÄLTNIS ZU DEN KOSMISCHEN TATSACHEN, Das (Zyklus 37). 10 V Berlin 05/11/12-01/04/13.
Dupl: 3723
GA 142
3500 BHAGAVAD GITA UND DIE PAULUSBRIEFE, DIE (Zyklus 25). 5 V Köln 28-31/12, 01/01/13.
3234 BHAGAVAD GITA AND THE EPISTLES OF PAUL, THE
GA 143
3537 ERFAHRUNGEN DES ÜBERSINNLICHEN. DIE drei WEGE DER SEELE ZU CHRISTUS. 14 V vS 11/01-29/12/12.
3790 NERVOSITÄT UND ICHHEIT. 1 V München 17/01/12.
3217 AMOR, PODER, SABEDORIA. NERVOSISMO E AUTO-EDUCAÇÃO. [EA] (?)
3389 NERVOSISMO E AUTO-EDUCAÇÃO. AMOR, PODER, SABEDORIA. [EA]
Dupl: 8009
GA 144
3776 MYSTERIEN DES MORGENLANDES UND DES CHRISTENTUMS, DIE (Zyklus 26). 4 V Berlin 03-07/02/13.
GA 145
3923 WELCHE BEDEUTUNG HAT DIE OKKULTE ENTWICKLUNG DES MENSCHEN FÜR SEINE HULLEN - PHYSISCHEN LEIB, ÄTHERLEIB, ASTRALLEIB - UND SEIN SELBST? (Zyklus 27). 10 V Den Haag 20-29/03/13.
Dupl: 5947
GA 146
3800 OKKULTEN GRUNDLAGEN DER BHAGAVAD GITA, DIE (Zyklus 28). 9 V Helsingfors 28/05-05/06/13.
3333 FUNDAMENTOS OCULTOS DE DEL BHAGAVAD GITA, LOS 
GA 148
3456 AUS DER AKASHA-FORSCHUNG. DAS FUNFTE EVANGELIUM. 18 V vS 1913-14.
3586 FÜNFTE EVANGELIUM, DAS
3415 QUINTO EVANGELHO, O; SEGUNDO A CRÔNICA DE AKASHICA
5944 QUINTO EVANGELHO, O; Kristiania, Oslo, 1-5/10/13. [S] [EA]
3416 QUINTO EVANGELHO, EL; SEGÚN LA CRÓNICA DEL AKASHA
3321 FIFTH GOSPEL, THE
GA 149
3506 CHRISTUS UND DIE GEISTIGE WELT. VON DER SUCHE NACH DEM HEILIGEN GRAL (Zyklus 31). 6 V Leipzig 28/12/13-02/01/14.
GA 150
3924 WELT DES GEISTES UND IHR HEREINRAGEN IN DAS PHISISCHE DASEIN, DIE. Das Einwirken der Toten in die Welt der Lebenden. 10 V vS 12/01-23/12/13.
3691 KINDESKRAFT UND EWIGKEITSKRAFT. Ein Weihnachtsgabe. 1 V Berlin 23/12/13. [S]
GA 151
3746 MENSCHLICHE UND DER KOSMICHE GEDANKE, DER (Zyklus 33). 4 V Berlin 20-23/01/14.
GA 152
0000 Vorstufen zum Mysterium von Golgatha. 10 V vS 1913-14.
3508 CHRISTUS-IMPULS IM ZEITENWESEN UND WALTEN IM MENSCHEN, DER
3768 MICHAEL-IMPULS UND DAS MYSTERIUM VON GOLGOTHA, DER. [S]
3354 IMPULSO MICAÉLICO Y EL MISTERIO DEL GOLGOTA, EL
3379 MISTERIO DEL GÓLGOTA Y SUS ETAPAS PREPARATORIAS, EL
GA 153
0000 Inneres Wesen des Menschen und Leben zwischen Tod und neuer Geburt (Zyklus 32). 6 V Wien 09-14/04/14.
3617 GEISTIGE SUCHEN IN DER GEGENWART - TOD UND UNSTERBLICHKEIT, DAS (?)
GA 154
3552 WIE ERWIRBT MAN SICH VERSTÄNDNIS FÜR DIE GEISTIGE WELT? Das Einfliessen geitiger Impulse aud der Welt der Verstorbenen. 7 V vS 17/04-26/05/14.
GA 155
0000 Chritus und die menschliche Seele. Über den Sinn des Lebens. Theosophische Moral. Anthroposophie und Christentum (Zyklus 34). 10 V Kopenhagen 23, 24/5, Norrköping 28-30/05/12, 12-16/07/14.
3874 THEOSOPHISCHE MORAL. [S]
3883 ÜBER DEN SINN DES LEBENS. [S]
3382 MORAL ANTROPOSÓFICA, A
3383 MORAL TEOSÓFICA, A. [EA]
3215 ALCANCE DE LA ETICA ANTROPOSÓFICA
3260 CRISTO Y EL ALMA HUMANA
GA 156
3801 OKKULTES LESEN UND OKKULTES HÖREN. 11 V Dornach 3-7/10, 12-26/12 Basel 27/12/14.
3497 WIE BEKOMMT MAN DAS SEIN IN DIE IDEENWELT HINEIN? [S]
3588 WEIHNACHTSFEST DES ERNEUTEN CHRISTUS-VERSTANDNISSES, DAS. Das Kosmische Christur und die GEBURT DER CHRISTUS-ERKENNTNIS IN UNS. 2 V Dornach 26/12/14 Basel 27/12/14. [S]
3950 ZEITEN DER ERWARTUNG - NEUEN FORMEN DER ALTEN SCHÖNHEIT AUS DER WELT DES GEISTES (?)
GA 157
3751 MENSCHENSCHICKSALE UND VÖLKERSCHICKSALE (Zyklus 39 Zeitbetrachtungen). 14 V Berlin 01/09/14-06/07/15.
3925 WESEN DES CHRISTUS-IMPULSES UND SEINES DIENENDEN MICHAELISCHEN GEISTES, DAS. [S]
GA 157a
0000 Schicksalsbildung und Leben nach dem Tode (Zyklus 40). 7 V Berlin 16/11-21/12/15.
GA 158
3954 ZUSAMMENHANG DES MENSCHEN MIT DER ELEMENTARISCHEN WELT, DER. Kalewala - Olaf Astespmn - Das russische Volkstum - Die Welt als Ergebnis von Gleichgewichtswirkungen. 7 V vS 1912-14.
3926 WELTEN-NEUJAHR: DAS ERWACHEN DER MENSCHENSELE AUS DEM GEISTESSCHLAF DER FINSTERN ZEIT. [S]
GA 159
3594 GEHEIMNIS DES TODES, DAS. Wesen und Bedeutung Mitteleuropas und die europäischen Voksgeister. 15 V vS 31/01-19/06/15.
3509 CHRISTUS IM VERHÄLTNIS ZU LUZIFER UND AHRIMAN. Die dreifache Wesensgestaltung. 1 V Linz 18/05/15.
3623 GEMEINSAMKEIT ÜBER UNS - CHRISTUS IN UNS. 1 V Düsseldorf 15/06/15. [S]
GA 160
(Não existe)
GA 161
3927 WEGE DER GEISTIGEN ERKENNTNIS UND DER ERNEUERUNG KÜNSTLERISCHER WELTANSCAHUUNG. 13 V Dornach 09/01-02/05/15.
3524 ECHTE KUNST GEHT ZURUCK AUF DIE GEHEIMNISSE DER INITIATION, DIE. [S]
3664 ICH, VON AUSSEN WAHRNEHMBAR, ALS SPRACHE UND GESANG, ALS SCHÖPFERISCHE PHANTASIE, ALS INNENLEBEN, DAS. [S]
3732 MEDITATION UND KONZENTRATION -  DIE DREI ARTEN DES HELLSEHENS. [S]
GA 162
0000 Kunst- und Lebesnfragen im Lichte der Geisteswissenschaft. 13 V Dornach 23/05-08/08/15.
3492 BAUM  DES LEBENS UND DER BAUM DER ERKENNTNIS DER GUTEN UND DES BÖSEN, DER (Die Zweiheit von Baum der Erkenntnis und vom Baum des Lebens). [S]
3834 REICH DER SPRACHE - DIE SPRACHE ALS SPIEGELUNG DES LEBENS HÖHERER WESEN, DAS (?)
3895 VELORENE EINKLANG ZWISCHEN SPRECHEN UND DENKEN, DER (?)
GA 163
3955 ZUFALL, NOTWENDIGKEIT UND VORSEHUNG. Imaginative Erkenntnis und Vorgänge nach dem Tode. 8 V Dornach 23-30/08-04-06/09/15.
GA 164
3928 WERT DES DENKENS FÜR EINE DEN MENSCHEN BEFRIEDIGENDE ERKENNTNIS, DER Das Verhältnis der Geisteswissenschaft zur Naturwissenschaft. 11 V Dornach 20/08-09/10/15.
GA 165
3618 GEISTIGE VEREINIGUNG DER MENSCHHEIT DURCH DEN CHRISTUS-IMPULS, DIE. 13 V 1 vS 19/12/15-16/01/16.
3881 ÜBER ALTE WEIHNACHTSSPIELE UND EINE VERKLUNGENE GEISTESSTRÖMUNG DER MENCHHEIT. [S]
GA 166
0000 Notwendikeit und Freiheit im Weltgeshcehen und im menschlichen Handeln (Zyklus 41). 5 V Berlin 25/01(?)-08/2/16.
GA 167 Gegenwärtiges und Vergangenes im Menschengeiste (Zyklus 42). 12 V Berlin 13/02-30/05/16.
GA 168
3898 VERBINDUNG ZWISCHEN LEBENDEN UND TOTEN, DIE. 8 V vS 16/02-03/12/16.
3687 WIE KANN DIE SEELISCHE NOT DER GEGENWART ÜBERWUNDEN WERDEN? Soziales Menschenverständnis - Gedankenfreiheit - Geist Erkenntnis. 1 V Zürich 10/10/16. [S]
3689 KARMISCHE WIRKUNGEN. Einzelschicksale und Menscheitskarma. 7 V Berlin 06/06-18/07/16. [S]
3252 COMO SUPERAR A NECESSIDADE ANÍMICA DE NOSSA ÉPOCA [S]
5936 CARÊNCIAS DA ALMA EM NOSSA ÉPOCA - COMO SUPERÁ-LAS? [S] [EA]
GA 169
3929 WELTWESEN UND ICHHEIT (Zyklus 43). 7 V Berlin 06/06-18/07/16.

Escola Waldorf Rudolf Steiner de São Paulo
R. Job Lane, 900
04639-001 São Paulo, Brazil
Tel. +55-11-523-6655 FAX: +55-11-246-9863

Fonte:http://www.sab.org.br/portal/

SOBRE A ANTROPOSOFIA

Antroposofia (do grego sabedoria humana) foi fundada por Rudolf Steiner, que, de 1902 a 1912, foi presidente da Sociedade Teosófica da Alemanha.1 O rompimento com a Teosofia foi por estes não tratarem Jesus Cristo ou o Cristianismo como algo especial, porém ele aceitou conceitos hinduístas como karma e reencarnação na Antroposofia.1
Segundo Steiner, a Antroposofia é a "ciência espiritual". A Antroposofia é uma filosofia e uma prática que foi erigida por Rudolf Steiner. Ele a apresenta como um caminho para se trilhar em busca da verdade que preenche o abismo historicamente criado desde a escolástica entre fé e ciência. Na visão de Steiner, a realidade é essencialmente espiritual; ele queria treinar as pessoas para superar o mundo material e entender o mundo espiritual através do eu espiritual, de nível superior. Há um tipo de percepção espiritual que opera de forma independente do corpo e dos sentidos corporais.1
Steiner coloca que, ao se pensar sobre o pensar começamos a fazer acesso a uma consciência diferente da cotidiana. A primeira experiência que podemos ter de um conceito que não encontra correspondente nas percepções do mundo é a vivência do próprio Eu. É a primeira instância de uma experiência no puro pensar. A partir daí muito mais pode ser vivenciado no puro pensar, vários conceitos que não encontram correspondentes em percepções físicas, mas para isso Steiner diz ser necessário ampliar a capacidade de nossa consciência e apresenta exercícios para tal.
A base epistemológica da antroposofia está contida na obra A Filosofia da Liberdade, assim como em sua tese de doutorado, Verdade e ciência. Estes e vários outros livros de Steiner anteciparam a gradual superação do idealismo cartesiano e do subjetivismokantiano da filosofia do século XX. Assim como Edmund Husserl e Ortega y Gasset, Steiner foi profundamente influenciado pelos trabalhos de Franz Brentano, e havia lido Wilhelm Dilthey em detalhe. Por meio de seus primeiros livros, de cunho epistemológico e filosófico, Steiner tornou-se um dos primeiros filósofos europeus a superar a ruptura entre sujeito e objeto que Descartes, a física clássica, e várias forças históricas complexas gravaram na mente humana ao longo de vários séculos.

Definição de Steiner

Steiner definiu a antroposofia como "um caminho de conhecimento para guiar o espiritual do ser humano ao espiritual do universo." O objetivo do antropósofo é tornar-se "mais humano", ao aumentar sua consciência e deliberar sobre seus pensamentos e ações; ou seja, tornar-se um ser "espiritualmente livre".
Steiner ministrou vários ciclos de palestras para médicos, a partir dos quais surgiu um movimento de medicina antroposófica que se espalhou pelo mundo e agora inclui milhares de médicos, psicólogos e terapeutas, e que possui seus próprios hospitais e universidades médicas. Outras vertentes práticas da antroposofia incluem: a arquitetura orgânica (a sede da Sociedade Antroposófica Geral — veja Seção "Ligações externas", o Goetheanum, em Dornach, Suíça, é uma amostra dessa arquitetura), a agricultura biodinâmica, a educação infantil e juvenil (pedagogia Waldorf), a farmácia antroposófica, que é uma extensão da homeopática (Wala, Weleda, Sirimim), a nova arte da euritimia ("o movimento como verbo e som visíveis"), e a pedagogia curativa e terapêutica social, em que se destacam os centros denominados Vilas Camphill.
A obra completa de Steiner, toda publicada, contém cerca de 350 volumes com seus livros e ciclos com as mais de 6.000 palestras que foram estenografadas. (Veja Seção "Ligações externas".)
Segundo Steiner, a humanidade habita o planeta Terra desde sua criação, existindo sob a forma de espíritos e assumindo diversas formas. Atualmente, estaríamos vivendo no Período Pós-Atlântida, que começou com o afundamento da Atlântida em 7227 a.C.. O período Pós-Atlântida se divide em sete épocas, sendo a atual a época Euro-Americana, que durará até o ano de 3573. Após esta era, os homens vão recuperar os poderes de clarividência que tinham no período anterior aos gregos antigos.1

Ligações externas

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antroposofia



Comentários